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Castelo de Longroiva

Castelo de Longroiva
Castelo de Longroiva
Castelo de Longroiva, Portugal
Informações gerais
Património de Portugal
Classificação  Monumento Nacional
DGPC 71169
SIPA 6489
Geografia
País Portugal
Localização Longroiva
Coordenadas 40° 57′ 50″ N, 7° 12′ 31″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Castelo de Longroiva, na Beira Interior, localiza-se na freguesia e povoação de Longroiva, município de Meda, distrito da Guarda, em Portugal.[1]

Erguido ao sul do rio Côa, em posição dominante sobre a vila, constitui-se em importante testemunho da arquitetura templária na região, inscrevendo-se na Região de Turismo Douro Sul.

O Castelo de Longroiva está classificado como Monumento Nacional desde 1943.[2]

História

Antecedentes

Acredita-se que a primitiva ocupação humana de seu sítio remonte a um castro pré-romano, erguido entre os séculos IV e II a.C..

À época da ocupação romana, esta povoação denominou-se Longóbriga, quando teria sido fortificada. O mesmo o teriam feito os Visigodos e os Muçulmanos, que a ocuparam posteriormente.

O castelo medieval

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, esta povoação e seu castelo encontram-se relacionados entre os domínios legados ao Mosteiro de Guimarães, em testamento, por Flâmula Rodrigues, sobrinha de Mumadona Dias (960). Os estudiosos associam esta doação a uma ação de repovoamento encetada pelo pai da doadora, Rodrigo Tedoniz, acreditando remontar a esta fase a primitiva feição do castelo.

Após a reconquista definitiva das terras da Beira por Fernando Magno, o inventário dos bens do Mosteiro de Guimarães, no ano de 1059, relaciona o Castelo de Longroiva. Estes domínios integraram os do Condado Portucalense, e conseqüentemente os do reino emancipado de Portugal. Neste período, ocorreu um expressivo surto de povoamento na região, atribuído a D. Egas Gosendes de Baião, que se acredita tenha outorgado uma Carta de Foral a Longroiva desde 1126, e posteriormente, a Fernão Mendes de Bragança (esposo da infanta Sancha Henriques e, portanto, cunhado de D. Afonso Henriques), que teria doado estes domínios de Longroiva à Ordem dos Templários (1145), sendo Mestre Hugo Martonio (ou Hugo Martins, em português). É a esta, sob a orientação do Mestre Gualdim Pais, que se deve a atual feição do castelo (1176).

D. Dinis (1279-1325) concedeu foral à vila, e, em 1304, mandou fazer alguns reparos no castelo. Ainda em seu reinado, diante da extinção da Ordem, os domínios da povoação e seu castelo foram incorporados ao patrimônio da Ordem de Cristo (1319).

No reinado de D. Manuel (1495-1521), uma Visitação de 1505 nos permite conhecer alguns detalhes deste monumento à época:

  • a sua praça de armas havia sido quase que inteiramente tomada pelo Paço do comendador da Ordem de Cristo; e
  • na torre de menagem, ao centro da praça de armas, defendida por um hurdício (galeria de madeira que, no topo dos muros, permitia o ataque vertical sobre o inimigo), rasgava-se a janela mainelada, em estilo manuelino, que chegou aos nossos dias.

Este soberano concedeu Foral Novo à vila (1510). Nessa fase, Frei Garcia de Melo fez executar obras onde existiam os seus aposentos (1517), escasseando as informações a partir de então, acreditando-se que tenha perdido importância para o Castelo de Trancoso.

Do século XVIII aos nossos dias

Vista para a freguesia e castelo de Longroiva, Portugal.

No século XVIII, uma descrição do castelo referia que com relação ao paço "novo" do comendador, as suas casas "encontravam-se já destelhadas e em ruína", a cisterna, que abastecia a guarnição, entupida, e as portas do castelo, que no passado haviam defendido o acesso, não possuíam já qualquer grade ou portão de madeira.

No século XIX, o castelo foi transformado em pedreira local, desmantelando-se, para esse fim, as suas muralhas. Em 1855 foi extinto o Concelho de Longroiva. Nesse período, provavelmente a partir da extinção das ordens religiosas (1834), a sua praça de armas passou a ser utilizada como cemitério da vila, função que perdura até aos nossos dias.

O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 18 de Agosto de 1943. A intervenção do poder público colocou a descoberto as antigas cisternas e procedeu a pequenos trabalhos de consolidação das ruínas.

Atualmente podem ser observados a entrada da casa Templária para o castelo, estando o resto da construção em estado de degradação. O cemitério subsiste na praça de armas.

Características

Erguido na cota mais alta do terreno, onde ocupa uma área de 555 hectares, o castelo apresenta planta trapezoidal com traços do estilo românico e gótico. A sua muralha encontra-se bastante degradada, sem apresentar merlões nem adarve.

A torre de menagem divide-se internamente em três pavimentos e é rasgada por frestas em arco recto, encimada por merlões e seteiras cruciformes. Nela se destaca, em uma das faces, uma janela mainelada em estilo manuelino. Uma lápide com inscrição epigráfica indica a data de 1174, o que revela ser esta uma das primeiras erguidas em Portugal.

Na praça de armas abriam-se duas cisternas.

Galeria

Referências

Ligações externas

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