Cerco de Alexandria (47 a.C.)
Cerco de Alexandria foi a série de escaramuças e batalhas travadas entre as forças de Júlio César, que apoiava Cleópatra VII, contra as forças de Arsínoe IV e Ptolemeu XIII em Alexandria, no Egito Ptolemaico, entre 48 e 47 a.C. Nesta época, César estava travando a sua própria guerra civil contra as forças dos Optimates, os legalistas que defendiam o Senado Romano, liderados por Pompeu. ContextoDepois da Batalha de Farsalo (48 a.C.), entre as forças de César e Pompeu, o exército deste acabou dispersando ou se entregou a César. O próprio Pompeu, porém, escapou para Anfípolis e, de lá, para o Reino Ptolemaico no Egito. Ele acabou sendo assassinado ao desembarcar por Áquila e Lúcio Septímio, antigos soldados de seu exército, seguindo o conselho do eunuco Potino e Teódoto de Quio,[1][2][3] conselheiros do faraó Ptolemeu XIII, que aprovou a ideia por achar que a morte de seu maior adversário iria agradar Júlio César. EventosCésar ficou horrorizado com o assassinato do grande general romano e chorou por seu antigo aliado e genro. Ele exigiu o dinheiro que o pai de Ptolemeu, Ptolemeu XII, havia tomado emprestado de Roma e concordou em ajudar a resolver o conflito entre Ptolemeu XIII e sua irmã (e co-regente) Cleópatra VII. César escolheu esta ao invés do irmão e o prendeu. Áquila depois se juntaria a Potino para combater César e, depois de ter recebido o comando de todo o exército deste, marchou para Alexandria com cerca de 20 000 soldados e 2 000 cavaleiros. César, que estava na cidade, não tinha forças suficientes para resistir e enviou embaixadores para iniciar negociações, mas eles foram assassinados por Áquila, que queria acabar com qualquer chance de reconciliação. Suas forças continuaram a marcha e ocuparam a maior parte da cidade. Enquanto isso, Arsínoe, a irmã mais nova de Ptolemeu XIII e Cleópatra, escapou da cidade e se juntou a Áquila. Em 47 a.C., os dois entraram em conflito e ela mandou o eunuco Ganimedes executar Áquila e entregou-lhe o comando de suas forças.[4][5][6][7] O novo comandante conseguiu algumas vitórias contra César no começo, que tinha sob seu comando apenas os legionários da VI Ferrata que levou consigo e uma pequena milícia italiana que estava na cidade desde 55 a.C. por causa de problemas anteriores, mas rapidamente os principais oficiais da corte egípcia perderam a confiança em Ganimedes. Sob o pretexto de quererem a paz, eles negociaram com César uma troca de Arsínoe por Ptolemeu XIII, que foi solto logo em seguida,[8] mas a guerra não terminou. Reforços para os romanos chegaram sob a liderança de Mitrídates de Pérgamo e Antípatro, o Idumeu, da Judeia. A difícil Batalha do Nilo, travada na margem oeste do Nilo, encerrou a disputa com a vitória final de César (e Cleópatra) depois que Ptolemeu se afogou tentando cruzar o rio. ConsequênciasA coroa de Ptolemeu passou para seu irmão mais novo, Ptolemeu XIV, e para Cleópatra, que reinaram como co-regentes. César e Cleópatra celebraram sua vitória com uma procissão triunfal sobre o rio Nilo no mesmo ano e os dois, segundo os relatos, viajaram por dois meses pelo Egito antes de César retomar sua guerra civil. Apesar do relacionamento ter resultado em um filho (Ptolemeu XV), eles nunca se casaram.[9] Arsínoe foi paradeada por Roma como prisioneira, banida para o Templo de Ártemis, em Éfeso, e depois executada por ordens de Cleópatra e Marco Antônio. Referências
Bibliografia
Ligações externas
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