Cirque du Soleil
Cirque du Soleil (em português, Circo do Sol) é uma companhia multinacional de entretenimento, sediada na cidade de Montreal, Canadá. Foi fundada em junho de 1984 na cidade de Baie-Saint-Paul pelos artistas de rua Guy Laliberté e Gilles Ste-Croix, sendo atualmente a maior companhia circense do mundo. CriaçãoO Cirque de Soleil foi fundado em Baie-Saint-Paul em 1984 pelos artistas de rua Guy Laliberté e Daniel Gauthier, em resposta a um apelo feito pelo Commissariat général aux célébrations 1534-1984 do governo de Quebec pela celebração do 460° aniversário da descoberta do Canadá pelo explorador francês Jacques Cartier (1491-1557). Em 2000, Guy Laliberté comprou a parte do circo referente a Gauthier, que atualmente é o dono da área de ski Le Massif no rio São Lourenço. Atualmente o Cirque du Soleil é dirigido por Guy Laliberté, proprietário de 95% do patrimônio da companhia e presente na lista de bilionários da revista Forbes. Le Grand Tour du Cirque du Soleil fez grande sucesso em 1984, e após dois anos de fundação, Laliberté contou com a ajuda de Guy Caon, do National Circus School, para recriar a arte circense de modo particular. Cada espetáculo do Cirque du Soleil é a síntese da inovação do circo, contando com enredo, cenário e vestuário próprios, bem como música ao vivo durante as apresentações. De 1990 a 2000, o Cirque expandiu-se rapidamente, passando de um show com 73 artistas em 1984, para mais de 3.500 empregados em mais de 40 países, com 15 espetáculos apresentados simultaneamente e lucro anual estimado em US$800 milhões. HistóriaObjetivando a carreira de artista performático, o fundador do Cirque du Soleil Guy Laliberté iniciou uma turnê pela Europa como músico e artista de rua. Quando retornou ao Canadá, em 1967, aprendeu a arte de cuspir fogo. Ficou empregado por apenas três dias em um projeto de construção de uma hidrelétrica, e manteve-se com seu seguro desemprego. Ajudou a organizar, então, um bazar de verão, juntamente com seus amigos Daniel Gauthier e Gilles Ste-Croix. Gauthier e Ste-Croix estavam, na ocasião, coordenando um albergue de artistas: performáticos, denominado Le Balcon Vert. Em 1979, Ste-Croix decidiu realizar uma turnê com seu grupo. Apesar do talento dos artistas, a trupe não tinha fundos para tornar o projeto uma realidade, e o grupo decidiu convencer o governo de Quebec a financiar o projeto. Os três criaram então o Les Échassiers de Baie-Saint-Paul. Empregando diversos artistas, o Les Échassiers fez uma excursão por Quebec durante o verão de 1980. Apesar de bem recebido pelo público em geral, Les Échassiers foi um fracasso. No outono de 1981, os fundadores da trupe obtiveram melhores resultados, o que inspirou Laliberté e Ste-Croix a organizarem uma feira em Baie-Saint-Paul. Esse festival, denominado La Fête Foraine, ofereceu oficinas para ensinar a arte circense ao público. De modo curioso, os próprios habitantes barraram o festival. Em 1983, o governo de Quebec doou ao grupo US$1,5 milhão para que o grupo organizasse uma produção no ano seguinte como parte das comemorações do 450º aniversário de Quebec. Laliberté denominou a sua criação de Le Grand Tour du Cirque du Soleil. Le Grand Tour du Cirque du SoleillO grupo apresentou em 11 cidades de Quebec, durante treze semanas. A primeira apresentação ocorreu mediante inúmeras dificuldades. Utilizando uma tenda emprestada, Laliberté teve que lidar com a insatisfação dos artistas europeus pela inexperiência do circo de Quebec. No entanto, os problemas foram resolvidos e o Le Grand Tour du Cirque du Soleil foi um sucesso. Com apenas US$60 mil, Laliberté pediu ajuda ao governo canadense para fornecer fundos para um segundo ano de apresentação. Porém, o governo da província de Quebec estava resistente. Com a intervenção do premier de Quebec René Lévesque, o governo da província cedeu ao pedido. La magie continueApós conseguir fundos com o governo canadense para um segundo ano de apresentação, Laliberté deu passos para renovar o Cirque. Para tanto, ele contou com a ajuda de Guy Caron, do National Circus School, como diretor artístico do Cirque du Soleil. Ambos queriam uma música forte e emocionante do início ao fim do espetáculo, além de contar com o método do Circo de Moscou de contar uma história durante as apresentações. A ausência do picadeiro e do uso de animais nas apresentações têm como objetivo, na concepção dos criadores, trazer o espectador mais próximo da performance. Para auxiliá-los na criação do próximo espetáculo, Laliberté e Caron contrataram Franco Dragone, outro instrutor do National Circus School, que estava trabalhando na Bélgica. Quando entrou na trupe, no ano de 1985, Dragone trouxe um pouco da sua experiência com a comédia Dell'arte. Daí em diante, Dragone dirigiu todos os espetáculos do Cirque, exceto o Dralion, dirigido por Guy Caron. Em 1986, a companhia passou por sérios problemas financeiros. Em Toronto, o grupo apresentou para apenas 25% da capacidade total de espectadores depois de já não possuirem verbas para manter adequadamente os shows. Gilles Ste-Croix, vestido em uma fantasia de macaco, caminhou pelas ruas de Toronto como forma de divulgar os trabalhos do circo. Uma parada na cidade de Niagara Falls, em Ontário, tornou-se igualmente problemática, deixando o Cirque com US$750 mil de débito. Diversos fatores impediram a falencia do circo nesse ano. O grupo Desjardins, instituição financeira sem fins lucrativos, ou espécie de Cooperativa de Crédito financiou o Cirque du Soleil na ocasião, cobriu US$200 mil em cheques. O financista Daniel Lamarre, que trabalhou para uma das maiores firmas de relação pública de Quebec, representou a firma gratuitamente. Além disso, o governo de Quebec garantiu a Laliberté a quantia suficiente para se manter no ano seguinte. O Circo funciona todos os dias das 6h30 às 21h30.[2] Cirque RéinventéEm 1987, Laliberté foi convidado a apresentar no Festival de Artes de Los Angeles, porém ainda encontrava-se com problemas financeiros. Se o show não fosse bem recebido pelo público, eles não teriam dinheiro para retornar à Montreal. No entanto, o festival foi um sucesso, e atraiu a atenção de empresas de entretenimento, como a Columbia Pictures, que teve interesse de gravar um vídeo sobre o Cirque du Soleil. Laliberté, insatisfeito com a proposta, recusou-a. Tal produção daria à Columbia Pictures muitos direitos autorais. Esse é um dos motivos que fazem com que o Cirque du Soleil seja independente e privado até hoje. Diferenças artísticas fizeram com que Guy Caron deixasse a companhia em 1988, além de discussões a respeito da aplicação do dinheiro oriundo da primeira turnê de sucesso do Cirque. Laliberté queria usá-lo na expansão do Cirque e iniciar a produção de um segundo espetáculo, enquanto Guy objetivava economizar, e destinar parte da verba para o National Circus School. Laliberté solicitou que Gilles Ste-Croix tornasse diretor artístico substituto. Ste-Croix, que encontrava-se afastado do Cirque desde 1967, aceitou o convite. A companhia encontrou novos problemas internos, incluindo uma tentativa frustrada de acrescentar um terceiro sócio, Normand Latourelle, que permaneceu apenas seis meses na companhia. Nos fins de 1989, o Cirque du Soleil encontrava-se novamente endividado. No mesmo ano, o Cirque decidiu restabelecer o espetáculo Le Cirque Réinventé, porém a ideia foi logo abandonada. Laliberté e Ste-Croix decidiram então produzir um novo show com base nas ideias propostas por Caron antes da sua saída. Originalmente com o nome de Eclipse, eles renomearam o show para Nouvelle Experiénce. Franco Dragone retornou, apesar de relutante. Tinha a intenção de retornar somente se tivesse total controle da criação dos espetáculos. Sua primeira medida foi a retirada da cortina que separava atores e plateia, fazendo com que ambos sentissem fazer parte de um grande show. Dragone criou um ambiente em que o artista mantivesse em seu personagem durante toda a apresentação. Apesar de Dragone possuir total controle sobre a criação, Laliberté supervisionou toda a produção. Inspirado na obra "La Chasse au Météore", de Júlio Verne, foi criado o conceito de que cada artista representava parte das jóias espalhadas ao redor da Terra. Nouvelle Expérience tornou-se o espetáculo mais popular do Cirque du Soleil até aquele momento e foi apresentado até 1987. A produção permaneceu por alguns anos no The Mirage Resort and Hotel em Las Vegas. No fim de 1990, o Cirque tornou-se novamente lucrativo e encontrava-se preparado para iniciar uma nova produção. Espetáculos
Turnês no Formato TendaO Cirque du Soleil inicia alguns de seus shows no formato de turnê por um longo período até serem modificados, se necessário, para se apresentarem em arenas. A infra-estrutura que viaja com cada show pode facilmente ser chamada de uma vila móvel; inclui a Grande Tenda (Big Top), a tenda de entrada, a tenda artística, além de cozinha, escritórios, armazéns e muito mais. Totalmente autossuficiente em energia elétrica, as instalações dependem localmente apenas do abastecimento de água e de um sistema de telecomunicações. As turnês da companhia tem impacto financeiro significativo pelas cidades onde passa. Koozå, por exemplo, durante sua turnê por Santa Monica, California, trouxe uma renda estimada em US$16,700,000 (aproximadamente R$54.110,00) para a cidade e empresas locais. "Vila Móvel"
Tenda principal
Outras tendas
Turnês no BrasilSão Paulo, SP - 3 de Agosto a 22 de Outubro de 2006 Rio de Janeiro, RJ - 2 de Agosto a 10 de Dezembro de 2006 Curitiba, PR - 14 de Setembro a 7 de Outubro de 2007 Brasília, DF - 19 de Outubro a 11 de Novembro de 2007 Belo Horizonte, MG - 22 de Novembro a 16 de Dezembro de 2007 Rio de Janeiro, RJ - 27 de Dezembro de 2007 a 27 de Janeiro de 2008 São Paulo, SP - 7 de Fevereiro a 4 de Maio de 2008 Porto Alegre, RS - 15 de Maio a 8 de Junho de 2008 Fortaleza, CE – 4 de Junho a 21 de Junho de 2009 Recife, PE – 9 de Julho a 2 de Agosto de 2009 Salvador, BA – 13 de Agosto a 31 de Agosto de 2009 Brasília, DF – 18 de Setembro a 11 de Outubro de 2009 Belo Horizonte, MG – 23 de Outubro a 15 de Novembro de 2009 Curitiba, PR – 27 de Novembro a 20 de Dezembro de 2009 Rio de Janeiro, RJ – 7 de Janeiro a 7 de Fevereiro de 2010 São Paulo, SP – 19 de Fevereiro a 11 de Abril de 2010 Porto Alegre, RS – 23 de Abril a 16 de Maio de 2010 São Paulo, SP - 15 de Setembro a 27 de Novembro de 2011 Rio de Janeiro, RJ - 8 de Dezembro de 2011 a 8 de Janeiro de 2012 Belo Horizonte, MG - 19 de Janeiro a 12 de Fevereiro de 2012 Brasília, DF - 23 Fevereiro a 18 de Março 2012 Recife, PE - 30 de Março a 22 de Abril de 2012 Salvador, BA - 3 de Maio a 3 de Junho de 2012 Curitiba, PR - 15 de Junho a 15 de Julho de 2012 Porto Alegre, RS - 26 de Julho a 26 de Agosto de 2012 São Paulo, SP - 30 de Março a 21 de Julho de 2013 Brasília, DF - 2 de Agosto a 8 de Setembro de 2013 Belo Horizonte, MG - 19 de Setembro a 27 de Outubro de 2013 Curitiba, PR - 8 de Novembro a 15 de Dezembro de 2013 Rio de Janeiro, RJ - 27 de Dezembro de 2013 a 23 de Fevereiro de 2014 Porto Alegre, RS - 6 de Março a 13 de Abril de 2014 São Paulo, SP - 5 de Outubro a 17 de Dezembro de 2017 Rio de Janeiro, RJ - 28 de Dezembro de 2017 a 21 de Janeiro de 2018 Belo Horizonte, MG - 7 a 17 de março de 2019 Rio de Janeiro, RJ - 21 a 31 de março de 2019 Brasília, DF - 5 a 13 de abril de 2019 São Paulo, SP - 19 de abril a 12 de maio de 2019 DiscografiaOs espetáculos do Cirque du Soleil tem como um dos grandes destaques a trilha sonora sempre influenciada por ritmos musicais atuais. Dentre vários compositores que já trabalharam no cirque, os mais requisitados são René Dupéré, Benoit Jutras e Violaine Corrad.
Casualidades
ReconhecimentoAs criações do Cirque du Soleil já ganharam diversas premiações, tais como Bambi, Rose d'Or, Gemini e o Emmy. Em 2001, a Interbrand consultoria classificou o nome Cirque du Soleil como o 22º nome de maior impacto global. E não à toa, já que cada ato do espetáculo emociona e contagia toda a plateia. Ver tambémNotas
Referências
Fontes
Ligações externas
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