Acrocomia aculeata é uma palmeira nativa brasileira e uma das duas espécies que são popularmente conhecidas pelos nomes de macaúba, macaíba, boicaiuva, macaúva, coco-de-catarro, coco-baboso, coco-de-espinho, coco-macaúba, macajuba, macaibeira, macajá, mucajá, mocajá, bocaiuva,[1]chiclete-de-baiano, chiclete cuiabano, bocaiúva, macacauba, macaiba, macaibeira, macaúva, mucaia, mucaja e mucajaba.[2] A outra é a Acrocomia intumescens.[3][4] Sua principal característica são os espinhos escuros, longos e pontiagudos na região dos nós.[2]
Etimologia
"Macaíba" vem do tupima'kaí'ba (através da junção de bacaba mais yuba, que significa "coco amarelo").[4] "Bocaiuva" vem do tupi mokaie'yba.[5]Acrocomia vem dos termos gregosakron (uma) e kome (cabeleira), numa referência ao formato em coroa das folhas da planta.[2]
Influência na toponímia e na antroponímia brasileiras
A palmeira, que apresenta altura de até 15 metros, é uma árvore ornamental.[8] Seus frutos são comestíveis, e de sua amêndoa se extrai um óleo fino semelhante ao da oliveira. Seu óleo é também uma das principais fontes para a produção de biodiesel.[9] Do miolo do tronco, se faz uma fécula nutritiva, as folhas são forrageiras e têm fibras têxteis usadas para fazer redes e linhas de pescar. A madeira é usada em construções rurais.[10]
Sua presença é indicativa de solos férteis e a frutificação ocorre entre três e cinco anos de idade. O cacho pode ter até 60 quilos e a palmeira produz de quatro a seis cachos por ano. A espécie pode sobreviver por 100 anos mas seu plantio ainda é difícil.
O óleo da macaúba, além do uso alimentício, é de excepcional qualidade para uso industrial. Alguns estudos apontam para provável utilização comercial para os dois usos. O fruto também é comestível, assim como o palmito, considerado uma iguaria. Sua torta é também considerada de alto valor nutritivo para alimentação de gado.[11]
Em Cuiabá, o fruto é muito apreciado principalmente pelas crianças e também é conhecida como "chiclete cuiabano".
↑LORENZI, H.; MOREIRA DE SOUZA, H.; TADEU DE MEDEIROS-COSTA, J.; COELHO DE CERQUEIRA, L.; VON BEHR, N. (1996). Palmeiras no Brasil: Exóticas e Nativas. [S.l.]: Instituto Plantarum !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑ abEditores (2008). «Macaúba». iDicionário Caldas Aulete. Consultado em 28 de abril de 2013. Arquivado do original em 12 de março de 2014
↑Adm. do site (2008). «História de Macaíba». Prefeitura de Macaíba – RN. Consultado em 28 de abril de 2013. Arquivado do original em 14 de julho de 2013
↑Confederação Nacional do Transporte (CNT);Serviço Social do Transporte (SEST); Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) (2011). Procedimentos para a preservação da qualidade do óleo diesel B. [S.l.]: Brasília:CNT !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)