Counter-Strike
Counter-Strike (também abreviado por CS) é um popular jogo eletrônico de tiro em primeira pessoa.[2] Inicialmente criado como um "mod" de Half-Life para jogos online, foi desenvolvido por Minh Le e Jess Cliffe e depois adquirido pela Valve Corporation. Foi lançado em 1999, porém em 2000 ele começou a ser comercializado oficialmente, e posteriormente foram feitas versões para Xbox, Mac OS X e Linux.[3] Atualmente o jogo é jogado na versão Counter-Strike 2.[4] O jogo é baseado em rodadas nas quais equipes de contraterroristas e terroristas combatem-se até a eliminação completa de um dos times, e tem como objetivo principal plantar e desarmar bombas, ou sequestrar e salvar reféns. Counter-Strike foi um dos responsáveis pela massificação dos jogos por rede no início do século, sendo considerado o grande responsável pela popularização das LAN houses no mundo. O jogo é considerado o originador do esporte eletrônico, onde muitos jogadores levam-no a sério e recebem salários fixos, existindo até times profissionais, e que são patrocinados por grandes empresas como a Intel e a NVIDIA. Pelo mundo existem as ligas profissionais onde o Counter-Strike está presente, como o caso da CPL (que encerrou suas atividades em 2008), ESWC,[5] ESL,[6] WCG[7] e WEG.[8] No caso da ESWC funciona da seguinte forma: cada país tem as suas qualificações no qual qualquer clã pode ir a uma qualificação em uma lan house em qualquer parte do mesmo país, passando depois às melhores equipes, as melhores equipes de cada país encontram-se depois no complexo da ESWC, localizado em Paris, para disputar o lugar da melhor equipe do mundo de Counter-Strike. Considerado um dos maiores e mais influentes jogos de todos os tempos, Counter-Strike foi aclamado pela mídia especializada desde a época do seu lançamento, recebendo notas 88/100 no site Metacritic e 89/100 no site GameRankings, além de receber 98% de análises positivas no Steam.[9] JogabilidadePrincípios básicosA ação de Counter-Strike se desenvolve em rodadas em uma duração definida pelo criador do server, nas quais a equipe terrorista (ou TR) enfrenta a equipe contraterrorista (ou CT). A equipe vencedora é aquela que atende a todos os seus objetivos de vitória, de situação ou a eliminação de todos os jogadores do outro time. Se não houver nenhuma vitória direta de uma das duas equipes no final da rodada, a equipe que não fizer os seus objetivos perde por eliminação. Todos os jogadores começam o round com a mesma quantidade de pontos de vida (100) e a quantidade de pontos de armadura que conseguirem conservar durante a rodada anterior, ou caso puder comprar um novo colete. A vida do jogador diminui quando o dano for causado por disparos de seus oponentes ou dos companheiros - se houver fogo amigo (os companheiros causam menos danos, mas eles também podem matar) - ou por uma queda de uma grande altura. Os tiros podem ser acertados em diferentes partes do corpo (braço direito e esquerdo, perna direita e esquerda, tronco e cabeça), e causam dano variável no local afetado, sabendo-se que um tiro na cabeça (ou headshot) é muitas vezes mortal.[10] A perda de pontos de vida só provoca uma pequena redução nos movimentos de contraterroristas ou terroristas que receberam dano.[11] Quando todos os pontos de saúde acabam, o jogador morre. Diferentemente da maioria dos jogos de ação em primeira pessoa online baseado em deathmatch de equipes, onde os jogadores mortos ressuscitam imediatamente após a morte, no Counter-Strike, ao morrer deve-se esperar o fim da rodada como espectador, retornando no próximo round. Nos mapas oficiais o jogador basicamente dispõe inicialmente de uma pistola e uma faca.[12] O jogador também pode comprar outras armas e equipamentos úteis como um colete a prova de balas, granadas, kits de desativação de bomba, óculos de visão noturna, etc; tudo dependendo das condições do jogo, durante um período de tempo limitado e nas zonas previstas para esse efeito.[11] No início do jogo, o jogador tem a possibilidade de escolher a sua equipa: terrorista ou contraterrorista, dentro dos limites de vagas disponíveis ou optar por ser um espectador. Se uma equipe tem muitos mais jogadores do que a outra, um sistema de autoequilíbrio troca os jogadores das equipes na próxima rodada, podendo configurar o servidor para isso; independente do time, o jogador começa com 800 $ (soma por padrão).[11] Durante as rodadas o jogador ganha dinheiro se ele matar um inimigo, se atinge o objetivo, se a sua equipe ganha a rodada, se você colocar a bomba e ela explode, se você liberar um refém ou se pedir para segui-lo. Um jogador também pode perder dinheiro se ele mata um de seus companheiros ou um refém. Em qualquer caso, no início do round o jogador sempre ganha de dinheiro, exceto no caso de empate. A quantia máxima de dinheiro é de $ 16.000.[11] A finalidade de algumas partidas consiste no resultado individual do jogador. Cada um tem seu número de frags e de mortes contabilizados. Os frags do Counter-Strike são um pouco diferentes de outros jogos de tiro em primeira pessoa; eles aumentam no jogo matando os adversários e completando os objetivos. Assim, por exemplo, um inimigo abatido dá frag, uma explosão ou desativação de bomba dá três frags. O suicídio, o assassinato de um companheiro e a mudança de equipes são penalizados com um ponto a menos. O número de mortes, por sua vez, corresponde às vezes que o jogador morreu, que não afetam o número de frags. Controles e interfaceCounter-Strike é um jogo de ação em primeira pessoa que é jogado com o teclado e o mouse.[11] O teclado é usado para a maioria das ações - os movimentos (frente, para trás, vire à esquerda, vire à direita, saltar, agachar), gestão de equipamentos (trocar armas, atirar, recarregar, acender a lanterna) e comunicação (escrita ou oral). O mouse serve para mover o ponto de vista do jogador e da arma usando uma mira imóvel que está no centro da tela; também serve para atirar o inimigo com um único clique no botão esquerdo. O jogador também pode ativar a função secundária da arma com o botão direito do mouse, como o zoom para o rifle sniper, silenciador para a carabina Maverick M4A1 e a pistola USP, ou dar um golpe com a faca. A maioria dos mouses também são equipados com uma botão do meio que serve para mudar de arma girando-o, ficando a cargo do jogador fazer alterações para personalizar. A interface consiste em diferentes elementos que estão distribuídos sobre os cantos da tela. No canto superior esquerdo é o radar que mostra a vista do mapa, bem como os jogadores da equipe. No Counter-Strike: Source também mostra a posição dos adversários que estão no campo de visão dos membros da equipe, além da posição da bomba.[13] Ademais, no canto superior direito há uma lanterna que ilumina o caminho quando ativado. Na parte inferior da tela o jogador pode ver sua vida, sua armadura, o resto de sua munição, dinheiro e um relógio mostrando o tempo restante antes do final da rodada. Outros itens aparecem apenas quando o jogador pressiona um botão, como o submenu para mudar de armas, um menu para selecionar armas e equipamentos (que pode ser desativado) são destacadas na parte superior da tela e mostra as diferentes partes de seu arsenal e pode-se mudar de um para o outro visualmente.[11] As armas podem ser alteradas em sequência usando a roda do mouse na seguinte ordem: arma principal, arma secundária, faca, granadas e bombas. Quando o jogador pressiona o botão de compras (B, por padrão) nos primeiros segundos na área de início da rodada, um menu é exibido com todas as armas e equipamentos com preços e detalhes que permite aos jogadores comprarem o que necessitam. Ao passar dos 90 segundos de jogo, não poderão comprar mais armas. A janela Resultados (Tab) mostra todos os jogadores, parceiros e inimigos, a classificação baseada no número de frags e as mortes, além do ping além dos jogadores. Há muitos outros menus que servem para mudar de equipamento, aparência, etc. Mapas e modos de disputaEm Counter-Strike existem quatro modos variáveis de acordo com o mapa. As condições de vitória das duas equipes são diferentes e mudam de acordo com a situação. Os dois modos mais jogados são os de ativação/desarmamento de bombas e o de libertação de reféns. No primeiro, o objetivo dos terroristas é colocar uma bomba (C-4) em uma das duas áreas definidas (zonas A e B) e do CTs é desarmar a bomba ou impedir a ativação. Esta explode 45 segundos depois e dá a vitória imediata para os terroristas. A bomba é atribuída aleatoriamente a um terrorista no início de cada rodada e os CTs podem comprar equipamento na loja reduzindo para metade o tempo necessário para a desativação. A explosão mata ou causa dano a todo mundo que está dentro do escopo do dano. Caso os CTs tenham matado todos os terroristas e estes já tenham plantado a bomba, os CTs não ganham por eliminação e devem desarmar a bomba antes que ela exploda, ou perderão o round. Quanto ao modo de libertação de reféns, o objetivo dos CTs é encontrar um grupo de reféns protegidas por terroristas e liberá-los. Os terroristas, por sua vez, vencem a rodada eliminando todos os CTs ou prevenindo o resgate dos reféns. O grupo de reféns é colocado na área inicial dos terroristas. Os modos restantes são Assassinato e Fuga. No primeiro, um dos membros do grupo contraterrorista aleatoriamente toma o lugar de um VIP para ser o principal objetivo dos CTs salvaguardar a vida deste personagem para uma área definida do mapa. Se os terroristas eliminarem o VIP, os CTs perdem a rodada. O VIP é único e sua aparência não se assemelha a qualquer um dos outros personagens, por isso é facilmente localizado pelos terroristas. O VIP tem uma pistola e uma faca, um colete à prova de balas de 200 pontos, em vez de 100 e um capacete, mas ele não pode comprar ou coletar quaisquer armas ou equipamentos na loja (exceto escudos táticos). Quando ao modo de Fuga, os terroristas defendem e os CTs atacam. Nestes mapas os terroristas tem que escapar por alguns pontos de saída (variável de acordo com o mapa) e os CTs deve impedi-los. Os terroristas não podem comprar armas, resta apenas recolher aquelas que estão espalhadas ao redor de determinados locais. Se pelo menos 50% da equipe consegue fugir, o time terrorista vence. Além destes quatro tipos de mapas, existem inúmeros outros mapas criados por jogadores que têm a capacidade de criar seus mapas graças ao Valve Hammer Editor. Há vinte e dois mapas oficiais feitas pelos desenvolvedores do jogo: as_oilrig, cs_747, cs_assault, cs_backalley, cs_estate, cs_havana, cs_italy, cs_militia, cs_office, cs_siege, de_airstrip, de_aztec, de_cbble, de_château, de_dust, de_dust2, de_inferno, de_nuke, de_piranesi, de_prodigy, de_storm, de_survivor, de_torn, de_train e de_vertigo. Estes mapas destacam-se por seus aspectos táticos e assiduamente estudados assim como o perfeito equilíbrio entre os campos de jogos. Contando com outros modos da comunidade, sabe-se que há mais de 4 mil mapas criados. PersonagensNo Counter-Strike há oito personagens jogáveis, divididos em dois grupos: terroristas (TT) e contraterroristas (CT). Os quatro tipos de contraterroristas são a cópia de grupos de intervenção e forças especiais conhecidas, cada uma pertencendo a uma nação, enquanto nenhum dos terroristas são de grupos reais que existem ou existiram. Os personagens não se diferem por nenhuma característica, poder ou talento, somente na sua história e aparência.[14] Cada personagem tem uma maneira diferente de se vestir (mais comumente chamado de skin) adaptando-se mais ou menos à paisagem do jogo. No campo dos contraterroristas, o jogador pode escolher entre quatro grupos: o Groupe d'Intervention de la Gendarmerie Nationale (GIGN); Serviço Aéreo Especial (SAS); SEAL Team Six e GSG 9.[14] Por sua vez, os personagens terroristas consistem em quatro grupos fictícios: L337, Artic Avengers, Guerrilla Warfare e The Phoenix Connexion.[14] Em Counter-Strike existem dois outros grupos de personagens que aparecem em apenas dois tipos de situações. Um deles é o VIP, personagem que faz parte da equipe contraterrorista, presente em mapas do tipo “as_”.[14] O outro grupo de personagens é composto pelos reféns, caracterizados pela roupa alaranjada, que devem ser resgatados pelos contraterroristas em mapas do tipo "cs_", dando dinheiro e a vitória a esta equipe. Geralmente eles são quatro, e são controlados pelo servidor ou inteligência artificial. EquipamentosUm dos motivos do sucesso do Counter-Strike é o seu sistema de compra e seu grande arsenal. Por motivos legais, o nome de algumas armas teve que ser modificado no jogo, assim que o primeiro nome é o real, e o segundo, do 1.6 em diante. Algumas informações sobre as especificações das armas estão erradas no jogo. Os equipamentos do jogo consistem basicamente de armas de diversos portes e de utilitários bélicos. As armas estão divididas em pistolas, escopetas, submetralhadoras e rifles e metralhadoras. Os utilitários consistem de granadas (podem causar dano, cegar ou atrapalhar o oponente), coletes de segurança, óculos de visão noturna e kits difusores (utilizados para desarmar a bomba). Um jogador pode carregar consigo uma pistola, um outro tipo de arma de grande porte e um número limitado de utilitários.
DesenvolvimentoApós o lançamento de Quake II, apareceu um mod chamado Action Quake 2. Minh Le, conhecido sob o nome de Gooseman, trabalhava em uma equipe como modelador 3D ajustando os personagens. Enquanto isso, Jess Cliffe juntou-se oficialmente ao grupo em 1998 para participar na criação de mapas. Nessa época os dois designers se conheceram. Minh Le, em seguida, teve o desejo de criar seu próprio mod, misturando armas e itens de antiterrorismo em um jogo online com o único propósito de entreter a comunidade gratuitamente. Ele explicou sua ideia para Jess Cliffe, que aderiu ao projeto e tornou-se webmaster. Cliffe foi quem teve a ideia de nomear o jogo como Counter-Strike. Ao mesmo tempo em que começaram o projeto surgiu um novo jogo, Half-Life, o qual permitiu a criação de mapas, cenários, personagens, etc; assim eles decidiram fazer a modificação baseando-se neste jogo.[15] O desenvolvimento do jogo começou sem um orçamento, mas com um motor de jogo grátis, o GoldSrc. Em seu tempo livre, Minh Le ocupou-se na modelagem e programação, enquanto Jess Cliffe foi encarregado dos gráficos 2D, os sons, o instalador e o site que permitia a divulgação do mod. Alguns mapers do Team Fortress Classic fizeram os mapas do jogo além de Minh Le, bem como a comunidade de fãs que, gradualmente, foi se habituando ao jogo.[15] A primeira beta do mod foi lançada em 19 de junho de 1999. O jogo, em seguida, começou a se tornar conhecido na Internet. Os dois designers foram muito atenciosos com os jogadores e corrigiam muito rapidamente todos os bugs reportados, adicionando ao mesmo tempo funcionalidades para o jogo que os usuários pediam. Versões do jogo às vezes não duravam sequer uma semana antes de ser atualizado. Nesta época, a modificação já havia alcançado mais sucesso e estava sendo mais jogada online do que grandes jogos comerciais como Quake III e Unreal Tournament.[15] Então vieram os editores de Half-Life; a Valve havia proposto para adquirir os direitos do jogo, e Minh Le e Jess Cliffe aceitaram a oferta, sendo recrutados como programadores e designers de jogos.[16] A versão final, 1.0, foi lançada em 08 novembro de 2000 sob o nome de Half-Life: Counter-Strike. O jogo manteve-se gratuito, mas requeria uma versão original do Half-Life. As partidas online de Counter-Strike na Internet trabalhavam com o serviço WON, que fechou em 2004 com a chegada da versão 1.6 do jogo e forçou os jogadores a passarem para a plataforma Steam.[17] No entanto, ante esta obrigação que implicava numerosas propagandas de marketing, alguns jogadores criaram seu próprio serviço, chamado WON2. Qualquer que seja a conexão usada, Counter-Strike ainda reúne uma das maiores comunidades de jogadores do mundo de todas as nacionalidades. Desde a mudança para a plataforma Steam, é possível comprar e baixar o jogo por R$ 19,99.[18] Apesar dos anos passarem, a Valve segue atualizando o jogo: a última atualização surgiu em 28 março de 2013.[19] Êxito e influência
Desde a saída de sua primeira beta em 1999, Counter-Strike tornou-se referência em jogos de tiro em primeira pessoa e ação. É ainda, mesmo quase duas décadas após seu lançamento, um dos jogos mais jogados em LAN partys e na internet. A primeira razão para este sucesso está no jogo original, Half-Life, que foi baseado em uma versão modificada do motor de jogo Quake, motor desenvolvido pela id Software e lançado em novembro de 1998.[23] As vendas do jogo "estouraram" e a comunidade de jogadores aumentou muito rapidamente. O jogo obteve muito sucesso depois de dois anos de desenvolvimento e sucessivos anúncios. Em seguida, veio um novo mod com o nome de Counter-Strike, gratuito para todos os proprietários de uma cópia do Half-Life, seja original ou pirata. Assim, o jogo foi facilmente divulgado. Dessa maneira, o preço de Half-Life foi reduzido, tornando-o acessível a um maior número de pessoas. A segunda razão para seu sucesso reside na configuração mínima necessária para jogar o jogo que, mesmo em seus primeiros dias, já era um pouco básica.[23] A terceira razão para o sucesso vem dos simples princípios do jogo, já que as rodadas são rápidas e não pedem muito de tempo livre, servindo perfeitamente para lan houses e cyber cafés, onde uma soma razoável de jogadores se reúnem algumas horas para jogar Counter-Strike entre amigos. A última razão para o sucesso do Counter-Strike foi a explosão de assinantes de ADSL no mundo e particularmente na Europa, nos anos 2000, que proporcionou a chegada massiva de novos internautas, e induzia potencialmente o surgimento de mais jogadores online e o crescimento da comunidade de jogos.[24] A partir de 2001, o game contava com 9.000 servidores na internet.[25] Em 2007 o GameSpy contabilizou 85.000 jogadores conectados simultaneamente, independentemente do tempo de medição, o que representa 35% dos jogadores do jogos de tiro da internet.[26] Logo o GameSpy somou todas as versões de Counter-Strike (CS 1.6, e ) e contabilizou cerca de 167.471 jogadores, o que representava 67% dos jogadores do jogo de tiro em primeira pessoa da internet.[26] Hoje, graças às estatísticas fornecidas pelo Steam, é sabido que o número de jogadores oscila continuamente entre 150.000 e 300.000 por dia e 3 milhões de jogadores por mês, enquanto que o número de servidores varia entre 100.000 e 150.000.[27] Outra razão para a popularidade do jogo é que um jogador sempre pode ter certeza que você vai encontrar alguém para jogar. Counter-Strike influenciou outros mods como Urban Terror, mods de Quake III Arena ou Tactical Ops: Assault on Terror, mods de Unreal Tournament, bem como jogos completos como Global Operations ou Soldier of Fortune II: Double Helix. O jogo também se tornou um verdadeiro fenômeno cultural: webcomics como Concerned e inúmeros vídeos, tais como os de Pure Pwnage, também apareceram na internet referindo-se ao jogo à medida que ele foi ficando famoso. Há também produtos como brinquedos, etiquetas, camisas, cartazes, etc. Counter-Strike também tem sido a inspiração para muitos filmes. No BrasilCounter-Strike iniciou no Brasil por iniciativa de dois servidores de jogos, Elogica e Unigames. Inicialmente, o MOD do Half-Life pouco conhecido, atraía poucos entusiastas que entravam nos servidores desses dois provedores e aguardavam a entrada de outros jogadores, isso na versão Beta 1 do jogo. Aos poucos o game começou a atrair jogadores do Quake, Quake 2, Team Fortress e Action Quake entre outros jogos. No Beta 5 do mod, já era o jogo online mais jogado no Brasil. Cultura do jogoTrapaças (Cheats)O uso de trapaças no jogo sempre foi amplamente criticado pelos jogadores. É recurso quase tão antigo quanto o próprio jogo, e é feito através de programas especiais ou através da console do jogo, que modificam configurações do motor gráfico utilizado, GoldSrc. Algumas trapaças comuns incluem visão através de paredes , aumento da velocidade do jogador e mira automática . A visão através de parede e outros objetos permite que um jogador veja outro escondido ou em outro ambiente. Isto garante a ele vantagem ao saber a localização do inimigo, permitindo que mire antecipadamente. Isto é feito alterando o motor gráfico do jogo para que os objetos sólidos sejam mostrados de forma semi-transparente. A mira automática permite que um jogador mire automaticamente no seu oponente quando presente, geralmente em sua cabeça, o que aumenta as chances de eliminá-lo. Os programas mais modernos para essa trapaça leem dados temporários na RAM que armazenam informações sobre a posição dos jogadores. Se o programa identifica que o oponente está na tela do jogador em uma distância razoável, ele automaticamente altera a posição do jogador para mirar no local desejado. Algumas variações dessa trapaça também atiram automaticamente. Como o tempo de reação de um computador é muito menor que de um humano, o uso dessa trapaça torna o jogador quase invencível. Seu uso é facilmente reconhecível por outros jogadores já que o utilizador sempre irá acertar a cabeça dos oponentes, mesmo que não desejem. Outra variante dessa trapaça simplesmente atira automaticamente quando o inimigo está na mira do jogador. As trapaças mais actuais continha protecções de antikick(até ser criado um programa anti hack desenvolvido pela Valve), ou seja, impossibilitava a desconexão do servidor do jogador através de votos dos jogadores da mesma equipe. Permitem também alteração dos céus dos mapas(cenários de jogo), extra-sangue (cada bala que se acerte no oponente, num ponto fraco, sai o dobro do sangue), enfim de certos gráficos do jogo. Há também a implantação de novos radares com as trapaças, onde aparecem os elementos de todas as equipes, terrorista e contra-terrorista, distinguido através de cores (vermelho: Terrorista e Azul: Contra-Terrorista). Outros tipos de trapaça incluem o famoso "telar" no qual o jogador olha outro computador ao lado do que ele está jogando, sabendo posição dos inimigos, bastante comum em lan houses.[2] Usos de programas VoIP para avisar algum companheiro vivo, ou até mesmo utilização do próprio sistema de friends que a steam proporciona. Alguns servidores utilizam a possibilidade do espectador poder ver todo o jogo depois de morto, o que possibilita esse tipo de trapaça. normalmente esse tipo de atitude pode ser confundida com visão através das paredes , alguns servidores punem esse tipo de atitude com ban permanente. Para tornar o jogo mais justo, a Valve lançou o programa VAC (Valve Anti-Cheat),[28] que desde sua segunda versão já está habilitado na maioria dos servidores. Quando os jogadores trapaceiam em servidores dotados de VAC 2 correm o risco de serem banidos permanentemente de todos os servidores que utilizam a tecnologia, seja no Counter-Strike ou não. A primeira versão do VAC bane o utilizador por um ano, sendo que até setembro de 2003 o tempo de banimento era de cinco anos. O atual sistema de detecção chamada-se VAC 2, e bane os infratores permanentemente. Há um sistema paralelo ao VAC 2, o SteamBans,[29] que já reúne algumas comunidades de Counter-Strike e servidores privados. Não tem a mesma quantidade de utilizadores que a da própria Valve, mas está a crescer a olhos vistos. Este sistema consiste na exclusão pelo método da Steam_ID (identificação alfanumérica única em cada conta), ou seja, ao conectar a um servidor com este tipo de protecção, o jogador entra e a sua Steam_ID é automaticamente comparada com a base de dados de utilizadores banidos, e se houver um resultado positivo, decorre a desconexão do jogador do servidor protegido pelo sistema. Existe também a utilização de programas para anti-cheat tanto para servidor ou para você próprio, um exemplo é o Sxe Injected, que é um programa anti-cheat para os servidores e para sua utilização, já que existem servidores que é necessário você estiver utilizando o Sxe Injected ou outro tipo de programa desse ramo.
LinguagemA cultura dos jogadores de CS fomentou várias gírias e termos próprios para situações do jogo. Entre os acrônimos e abreviações mais famosos incluem-se os dois times distintos do jogo: TR, abreviação para terrorista, e CT, abreviação para contra-terrorista. Outras abreviações referem-se a situações comuns do jogo. Por exemplo, as disputas individuais entre dois jogadores chamam-se X1. Já TK é o Team Killer, jogador que mata outro do mesmo time. HS é o acrônimo para Head Shot, tiro na cabeça. Além de TK, outra gíria negativa a um jogador é "block", que significa bloquear a passagem de um jogador do mesmo time, outras gírias de outros jogos também foi incorporada no Counter-Strike, como "Noob" derivado de Newbie do inglês (novato), no jogo tem a intenção de chamar o player de lento ou lerdo. Em mapas com prefixo "de_" a missão dos terroristas é armar e detonar uma bomba, enquanto os contra-terroristas devem evitar que isso ocorra. Armar a bomba é frequentemente chamado plantar a bomba, e deve ser feito em um de dois locais específicos do mapa do jogo, chamados Bombsites. Após armada, a bomba entra em contagem regressiva para a explosão. Há também o neologismo "defusar" (do inglês defuse), que significa desarmar a bomba já armada. Outros neologismos do jogo incluem "noob", jogador que irrita os demais participantes com ofensas, cometendo fogo amigo propositalmente e outras coisas, há também o "newbie", jogador novato e inexperiente; "rushar" (de rush), seguir com vigor para o objetivo da fase, como plantar a bomba ou salvar os reféns; "single", quando um jogador mata o adversário com somente um tiro; "ammo" (abreviação de ammunition), munição; "sniper" (do inglês), jogador que exerce a função de atirador especial; "xiter" (de cheater), é quem usa algum tipo de trapaça (explicadas acima); "kickar" (de kick), expulsar um jogador do servidor; "camper", jogador que fica escondido, para matar sem que se perceba sua presença. Nos servidores Steam, é muito comum os servidores promoverem partidas mais serias chamados de mix, são partidas de 5X5. Outro tipo que existe também é o chamado fake, que também exige a TAG, mas é como um time falso, criado na hora apenas para jogar aquela partida. Pelo Steam, existe os campeonatos mais sérios online, e portanto onde tem os jogadores mais experientes,onde treinam praticamente o dia todo. A cultura do CS promove a formação de clãs, grupos de pessoas que se reúnem para jogar. Abrevia-se por CF ou PCW o confronto de clãs. SpraysSprays são imagens digitais com o qual os jogadores pintam o cenário, em paredes, no chão ou em tetos baixos. Existem diversos desenhos incluídos com o jogo, e também podem ser importados do disco rígido. Em Source os jogadores podem importar qualquer imagem, já no Counter-Strike 1.6 não existe método oficial para importar imagens. Deve se usar um programa especial como o HL TagConverter por exemplo. Proibição no BrasilEntre 18 de Janeiro de 2008 e 18 de Junho de 2009, a comercialização de livros, encartes, revistas ou CD-ROM, contendo o jogo Counter-Strike foi proibida em território brasileiro, conforme decisão da justiça do país. A justifiativa dada foi que o jogo traria "imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública". O jogo EverQuest também foi proibido.[30] A empresa responsável pelo jogo alegou que o mapa que o juiz utilizou como motivo para proibir a venda, o cs_rio, foi produzida por fãs, não estando contida no jogo original. Porém, o juiz Silva Costa Torta ganhou a ação e o jogo estava proibido de ser vendido. Ainda era possível, no entanto, utilizar o gerenciador Steam para comprar eletronicamente qualquer versão do jogo. Entretanto, uma decisão de Junho de 2009 liberou a comercialização do jogo.[31] Ver também
Referências
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