Dextrometorfano
O dextrometorfano (DXM) é uma droga antitussiva. É um dos ingredientes ativos usados para prevenir tosses em muitos medicamentos de venda direta. são encontrados outros efeitos na medicina para o dextrometorfano, como aplicações para o alívio de dores psicológicas. É vendido como xarope, comprimidos, e antitússico, sendo produzido sob várias formas diferentes, marcas e rótulos genéricos. Na sua forma pura, o dextrometorfano é encontrado como um pó branco. Quando a dosagem máxima especificada no rótulo é excedida, o dextrometorfano age como uma droga alucinógena dissociativa. Seu mecanismo de ação é antagonizar os receptores NMDA, produzindo efeitos similares das substâncias controladas, cetamina e fenciclidina (PCP).[2] Devido ao seu mecanismo de acção, classifica-se como um antitússico de acção central. Ao contrário dos expectorantes, não está indicado no tratamento da tosse produtiva (tosse com expectoração) mas sim da tosse seca e irritativa. HistóriaO FDA aprovou o uso do dextrometorfano como medicamento de venda direta como supressor da tosse em 1958. Este satisfez a necessidade de um inibidor da tosse que não incluísse as propriedades adicionais do fosfato de codeína, o antitussivo mais usado naquele tempo.[3] As vantagens das preparações com dextrometorfano sobre aquelas a base de codeína são a falta de dependência física e efeitos secundários do tipo sedativo. QuímicaDextrometorfano é um enantiômero dextrorrotatório do metil éter de levorfanol, um analgésico opióide. É também um estereoisômero do levometorfano, também analgésico opióide. É nomeado de acordo com as regras da IUPAC como (+)-3-metoxi-17-metil-9α,13α,14α-morfinano. Na forma pura, a base livre de dextrometorfano aparece como um pó cristalino, na cor branca ou levemente amarelado e inodoro. É muito solúvel em clorofórmio e bem insolúvel em água. Comercialmente, o dextrometorfano é comumente disponível como um sal monoidratado hidrobromado, embora algumas novas formulações de liberação prorrogadas contém dextrometorfano ligado a uma resina de troca iônica com base em poliestireno sulfônico. A rotação específica do dextrometorfano na água é +27,6° (20 °C). IndicaçõesO principal uso do dextrometorfano é a supressão da tosse, para um alívio temporário da tosse causado pela irritação da garganta e dos brônquios (que habitualmente acompanha o resfriado comum), bem como outras causas como inalantes irritantes. Adicionalmente, uma combinação de dextrometorfano e quinidina, já foi demonstrado que alivia os sintomas da labilidade emocional (ou instabilidade afetiva), em pacientes com esclerose amiotrófica lateral e esclerose múltipla.[4] O dextrometorfano também é investigado para um possível tratamento para a dor neuropática e a dor associada a fibromialgia.[4] FarmacocinéticaEm doses terapêuticas a droga atua sobre o sistema nervoso central para inibir a tosse sem afetar as atividades dos cílios. O dextrometorfano é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal e sua metabolização se inicia a partir de 15 a 60 minutos após a ingestão. A dose média necessária para avaliar os seus efeitos terapêuticos é de 10 a 30 mg a cada 4-6 horas. Embora as doses para o uso recreacional varia de 100 mg a 2 g. De acordo com o Comitê Americano de Dependência de Drogas, dextrometorfano não produz dependência física quando usado com fins recreativos, mas é capaz de produzir uma leve dependência psicológica em alguns de seus usuários. Em grandes doses pode provocar descoordenação em movimentos e sentidos e alucinações. Devido a administração de dextrometorfano poder desencadear a liberação de histamina (ligada aos processos inflamatórios), seu uso em crianças atópicas é muito limitado. Efeitos adversosEntre os efeitos adversos do dextrometorfano incluem:[5]
O dextrometorfano também pode causar outros distúrbios gastrointestinais. Quando injetado diretamente na corrente sanguínea, o dextrometorfano pode causar potencialmente lesões de Olney, como alguns estudos sugerem.[6][7] Em alguns casos raros documentados, o dextrometorfano produziu dependência psicológica em pessoas que abusaram desta droga. No entanto, ele não produz dependência psicológica, segundo o Comitê de Toxicodependência da OMS.[8] Interações medicamentosasO Dextrometorfano não deve ser tomado com os seguintes elementos:
Substâncias depressoras do SNC, incluindo o álcool e aluns psicotrópicos, terá um efeito cumulativo no SNC se tomado junto com dextrometorfano.[5] Farmacologia clínicaApós a administração oral, o dextrometorfano é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal, onde ele entra na corrente sanguínea e atravessa a barreira hemato-encefálica. Atividade no sistema nervoso
Metabolismoo metabolismo de primeira passagem pela veia porta hepática resulta em várias drogas metabolizadas pela O-desmetilação em um metabólito ativo do dextrometorfano chamado dextrorfano. O dextrorfano é um metabólito 3-hidroxilado derivado do dextrometorfano. Acredita-se que atividade terapêutica do dextrometorfano seja causada por este metabólito. O dextrometorfano também passa pela N-desmetilação (para 3-metóximorfinano)[14] e conjugação parcial com ácido glicurônico e íons sulfato. Horas após a a terapia, (em humanos) os metabólitos (+)-3-hidróxi-N-metilmorfinano, (+)-3-morfinano e traços da droga imutável são detectáveis na urina. O principal catalisador metabólico envolvido é a enzima citocromo P450 conhecida como 2D6, ou CYP2D6. Uma porção significativa da população possui uma deficiência funcional nessa enzima sendo conhecidos como metabollizadores lentos pela CYP2D6. A O-desmetilação do dextrometorfano a dextrorfano contribui a pelo menos 80% de dextrorfano formado durante o metabolismo do dextrometorfano.[14] Como a CYP2D6 é a principal via metabólica na inativação do dextrometorfano, a duração da ação e efeitos do dextrometorfano podem ser aumentados em até três vezes por metabolizadores lentos.[15] Em um estudo em 252 americanos, 84,3% eram metabolizadores rápidos, 6,8% metabolizadores intermediários e 8,8% metabolizadores lentos de dextrometorfano.[16] Existe um número conhecido de alelos para CYP2D6, incluindo variantes diferentes completamente inativas. A distribuição dos alelos é desigual entre os grupos étnicos. Um grade número de fármacos são inibidores potentes do CYP2D6. Alguns medicamentos que inibem a CYP2D6 são alguns Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e os antidepressivos tricíclicos, alguns antipsicóticos e alguns anti-histamínicos como a difenidramina. Existe portanto, um potencial de interação entre o dextrometorfano com essas medicações que inibem essa enzima, particularmente em metabolizadores lentos. O dextrometorfano também é metabolizado pelo CYP3A4. A N-desmetilação é realizada principalmente pela CYP3A4, contribuindo para, pelo menos, 90% do 3-metóximorfinano formado como um metabólito primário do dextrometorfano.[14] Uma série de outras enzimas CYP estão implicadas como pequenas vias no metabolismo do dextrometorfano. A CYP2B6 é atualmente mais efetiva que a CYP3A4 na N-desmetilação do dextrometorfano, mas, uma vez que o indivíduo possui uma média inferior de conteúdo de CYP2B6 no fígado, menor que a CYP3A4, mais a N-desmetilação do dextrometorfano será catalisada pela CYP3A4.[14] Uso recreacionalDesde sua introdução, preparações contendo dextrometorfano em medicamentos de venda direta, tem sido utilizados de forma inconsistente com sua marcação, muitas vezes como uma droga recreativa.[3] Em doses muito altas da medicamente recomendada, o dextrometorfano é classificado como dissociativo, com visíveis efeitos que são similares aos da quetamina e da fenciclidina. Ele pode produzir distorções do campo visual, sentimentos de dissociação, distorções da percepção corporal, excitação, bem como uma perda da compreensão do tempo.[17][18] Ver tambémReferências
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