Douglas Baptista
Douglas Baptista, também conhecido como “Maníaco de São Vicente”[1] é um assassino em série brasileiro, acusado do assassinato de pelo menos oito crianças entre os anos de 1992 e 2003 na Baixada Santista, área litorânea do Estado de São Paulo. Foi condenado por dois casos e está preso desde 2015.[2][3][1] BiografiaNascido em 1953, Douglas Baptista era o primôgenito de uma família de três filhos. Para servir como exemplo aos demais, o pai o castigava mais severamente.[4] Aos 18 anos, no início da década de 1970, serviu ao Exército Brasileiro. Durante o período de treinamento, foi atingido por uma explosão de uma granada, que lhe causou um ferimento no rosto e posteriores queixas de dores de cabeça e perda de memória.[4] Em 1975, casou-se e teve dois filhos, indo residir na cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo. A união terminou em 1983.[4] Posteriormente, Baptista foi residir em Porto Alegre no Estado do Rio Grande do Sul, junto com a mãe, com quem viveu por cerca de quatro anos. Lá conheceu Rejane Ferreira, que era mãe de cinco crianças de um casamento anterior (uma delas, Vanessa, foi a primeira vítima). Ambos viveram maritalmente por cerca de 11 anos.[4] No início dos anos 1990, Douglas, Rejane e seus filhos foram morar em São Vicente, na faixa litorânea do Estado de São Paulo.[4] CrimesA primeira vítima confessa de Douglas Baptista foi sua própria enteada, Vanessa, de 12 anos. A garota deveria ter ido à escola, porém foi raptada e afogada no rio Piaçabuçu, em Samaritá. A mãe nunca desconfiou de Baptista, convivendo com ele por mais alguns anos após o desaparecimento da menina.[4] Entre 1994 e 1997, Baptista cometeu mais 5 crimes semelhantes contra crianças, geralmente vizinhas ou parentes de conhecidos. Em 2003, no Jardim Sambaiatuba, em São Vicente, duas meninas desapareceram de casa no Natal. Elas eram Nathaly Ribeiro e Najila de Jesus, ambas com cinco anos de idade. Seus corpos foram encontrados quatro dias depois, com mãos e pés amarrados, no Rio Mambu, em Itanhaém. Foi quando os investigadores começaram as buscas pelo criminoso que chegaram à Douglas Baptista, após o relato de uma testemunha, vizinho das vítimas, que havia visto Baptista oferecer carona para as meninas.[5] Modus operandiPara atrair as crianças e não levantar suspeitas, Baptista virava amigo das famílias e muitas vezes oferecia presentes para os menores. Algumas crianças teriam sido atraídas com a promessa de um passeio ou uma pescaria.[2] Quando chegava ao local escolhido, ele amarrava as vítimas e provavelmente as estuprava (o estupro só conseguiu ser provado no caso de Nathaly, já que foi encontrado esperma em sua vagina), depois as atirava na água - rio, mangue ou mar - fazendo com que morressem afogadas. Algumas também foram [ou podem ter sido] estranguladas.[6][7][5] Segundo o Jornal de Brasília, num dos depoimentos o assassino teria dito "que sentia prazer em ver as vítimas se debatendo ao serem afogadas".[8] "Ele é anormal, absolutamente irrecuperável", disse o psiquiatra Guido Palomba.[3] Investigações e prisãoApós Baptista ser preso preventivamente em 2004, ele levou os investigadores a diversos locais onde havia descartado os corpos. Ele também confessou a morte de sua enteada, Vanessa. "A mãe nunca imaginou que seu companheiro pudesse fazer isto. Só depois ela percebeu que morava com o inimigo", disse o promotor ao canal Operação Policial.[5] Aos policiais, ele disse que cometia os crimes devido a "uma força estranha".[3] Chegou a ser preso e cumpria pena na Penitenciária de São Vicente quando recebeu um alvará de soltura para responder ao processo em liberdade.[2] Voltou a ser preso em 8 de dezembro de 2015, quando deixava a casa onde morava no bairro Quietude, na Praia Grande[2]. Julgamentos e penasEm 2013, foi condenado a 18 anos de prisão pela morte de Fabiana Silva dos Santos, e em agosto de 2017, a 30 anos pela morte de Priscila.[3][2] VítimasSuas vítimas eram crianças pobres, que tinham entre 5 e 12 anos de idade. Alguns corpos nunca foram encontrados. Oito vítimas são atribuídas a Douglas Baptista:[3]
CuriosidadeDepois dos crimes de Douglas Baptista, houve a criação de um projeto de lei (PL 140/2010) que tipificava o assassinato em série. O projeto, no entanto, acabou arquivado.[5] "Altera o Código Penal para considerar assassino em série o agente que comete três ou mais homicídios dolosos em determinado espaço de tempo, seguindo procedimento criminoso idêntico, constatado por laudo pericial elaborado por junta profissional; estabelece pena mínima de trinta anos de reclusão, em regime integralmente fechado ao assassino em série, proibida a concessão de qualquer tipo de benefício penal", dizia o texto da PL.[9] Ver tambémReferências
Ligações externas
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