As eleições estaduais no Ceará em 2010 aconteceram em 3 de outubro, como parte das eleições gerais no Brasil daquele ano. Nesta ocasião, foram realizadas eleições em todos os 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Os cidadãos cearenses aptos a votar elegeram o Presidente do Brasil, o Governador do Ceará e dois Senadores pelo estado, além de deputados estaduais e federais.
No geral, as regras para as eleições presidenciais também se aplicam às estaduais. Isto é, as eleições têm dois turnos, se nenhum dos candidatos alcança maioria absoluta dos votos válidos, um segundo turno entre os dois mais votados acontece. Todos os candidatos com cargos executivos renunciaram até 3 de abril, para poderem disputar. Nas eleições para o Senado, conforme rodízio previsto, duas vagas para cada estado foram disputadas para o mandato de 8 anos.
Como nenhum dos candidatos à presidência e alguns a governador - o que não foi o caso no Ceará - obtiveram mais da metade do votos válidos, um segundo turno foi realizado no dia 31 de outubro. Na eleição presidencial esse segundo turno foi com Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), com a vitória de Dilma.
Segundo a Constituição Federal, o Presidente e os Governadores são eleitos diretamente para um mandato de quatro anos, com um limite de dois mandatos. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode ser reeleito, uma vez que se elegeu duas vezes, em 2002 e 2006. Já o governador Cid Gomes (PSB), que foi eleito em 2006, candidatou-se à reeleição e venceu-a.[1]
Luiz Gonzaga Lima PCB Paulo Luiz Pinheiro Campos PCB
212
—
2.880
0,04%
Eleito
Os candidatos Polo (PV) e Tarcisio Leitão (PCB) não tiverem nenhum voto computado, pois suas candidaturas foram cassadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.[2]
- A coligação PP / PTB / PSL / PTN / PRTB / PHS / PMN / PTdoB apoiou informalmente o candidato Cid Gomes (PSB), o apoiando em chapas de deputado federal e estadual.
- No início da campanha, o candidato a vice-governador do PSOL era Eronilton Buriti, natural de Quixadá. Foi substituído no período correspondente, por Francisco de Assis Souza.
Graduado em administração de empresas e ciências políticas pelo Centro Universitário de Brasília (CEUB), Oliveira fundou e administrou empresas que atuaram nos setores de transportes de valores, segurança privada e venda de alimentos. Uma delas, a Confederal Vigilância e Transportes de Valores, foi posteriormente vendida por mais de meio bilhão de reais. Oliveira declarou à Justiça Eleitoral possuir um patrimônio de R$ 89,2 milhões, sendo, em 2017, o segundo senador brasileiro mais rico.
Oliveira entrou para a política partidária em 1998, exercendo cargos em seu partido. No mesmo ano, foi eleito para a Câmara dos Deputados – reelegeu-se deputado federal nas eleições de 2002 e 2006. Na Câmara, exerceu funções de liderança. Em 2004, foi designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro das Comunicações, ocupando o cargo até 2006.
Em 2010, Oliveira foi eleito senador da República. Em 2014, foi derrotado por Camilo Santana em sua candidatura ao governo do Ceará. Em 2017, Oliveira foi eleito por seus pares, por larga margem, como presidente do Senado. Nesta posição, ocupou a Presidência da República em caráter interino. Derrotado em sua candidatura à reeleição como senador em 2018, anunciou que dedicaria-se aos seus projetos pessoais.
Em 1972, Oliveira filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB).[3] A partir de década de 1980, passou a atuar em sindicatos. Em 1983, foi escolhido presidente do Sindicato de Empresas de Asseio e Conservação de Brasília (SEAC). Em 1988, foi eleito presidente do Sindicato de Segurança Privada e Transporte de Valores do Distrito Federal (SINDESP) e, em 1989, o primeiro vice-presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal. Foi presidente fundador da Federação Nacional de Transporte de Valores (FENAVIST). Ingressou na política partidária em 1998, como membro da executiva nacional do PMDB e primeiro tesoureiro do partido.[4] No ano seguinte, foi designado presidente estadual do PMDB cearense.[5]
Na eleição de 1998, Oliveira concorreu a um assento na Câmara dos Deputados pelo PMDB. Foi eleito com 111 897 votos, a terceira melhor votação para o cargo no Ceará.[6] Em seu primeiro mandato na câmara baixa do parlamento brasileiro, foi vice-líder do PMDB e do Bloco PMDB e PTN.[7] Foi reeleito na eleição de 2002 com 193 651 votos.[8] Em fevereiro de 2003, foi escolhido o líder do PMDB na Câmara.[7] Em janeiro de 2004, licenciou-se da Câmara para assumir o comando do Ministério das Comunicações no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oliveira ingressou no ministério com a reforma ministerial promovida por Lula, que optou por abrigar o PMDB em seu governo.[9][10] Em abril e setembro do mesmo ano, Eunício foi admitido pelo presidente Lula já no grau de Grande-Oficial especial da Ordem do Mérito Militar e da Ordem do Mérito Aeronáutico, respectivamente.[11][12]
Em julho de 2005, Oliveira renunciou como ministro de Estado.[7] Foi reeleito em 2006 com 240.588 votos, a segunda maior votação para o cargo de deputado federal no Ceará; apenas Ciro Gomes recebeu mais votos.[13] Em seu terceiro – e último – mandato, voltou a desempenhar funções de liderança e votou a favor da recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).[4]