Elin Danielson-Gambogi
Elin Kleopatra Danielson-Gambogi (Noormarkku, 3 de setembro de 1861 – Antignano, 31 de dezembro de 1919) foi uma pintora finlandesa. Conhecida por seus retratos e trabalhos realistas, Elin foi parte da primeira geração de pintoras finlandesas a receber ensino profissional na arte. Neste grupo também estão incluídas Helene Schjerfbeck (1862–1946), Helena Westermarck (1857-1938) e Maria Wiik (1853-1928).[1][2] BiografiaElin nasceu na pequena vila de Noormarkku, perto da cidade de Pori, no oeste da Finlândia, em 1861. Era a primeira filha de Karl Danielson e Rosa Amalia Danielson, ambos de famílias de funcionários públicos e militares que os colocavam em uma classe média na sociedade da época. Passou a infância na fazenda da família, Ala-Sihtola, em Ilmajoki.[3] Porém, a fome na Finlândia de 1866-1868, que matou cerca de 15% da população da época, levou à falência tanto da fazenda quanto da família. Depois de ser forçado a vender a propriedade, seu pai cometeu suicídio. Sua mãe Rosa voltou para Noormarkku com as duas filhas. Determinada a prover uma educação decente para as filhas, Rosa trabalhou em vários empregos. Após a tragédia, e cercada pelas fortes figuras femininas de sua mãe, tia e avó, Elin adaptou uma estratégia de sobrevivência independente.[3][4] Aos 15 anos, Elin se mudou para Helsinki para estudar na Academia de Belas Artes, onde teve aulas com Carl Eneas Sjöstrand e Hjalmar Munsterhjelm. Em 1878, começou a ter aulas com Adolf von Becker.[5][6][7] ParisEm 1883 Elin recebeu uma bolsa e mudou-se para Paris, onde estudou na Academia Colarossi com Gustave Courtois. Nos verões, ela partia para a Bretanha para pintar nas paisagens locais. Alguns anos depois, ela voltou para a Finlândia e viveu com seus parentes em Noormarkku e Pori. Em 1888 abriu um ateliê em Noormarkku. Durante as décadas de 1880 e 1890, trabalhou como professora em várias escolas de arte na Finlândia. Ela também esteve na colônia de artistas de Önningeby foi fundada em 1886 por Victor Westerholm, um pintor paisagista finlandês.[8][9] ItáliaEm 1895, Elin ganhou uma bolsa e viajou para Florença. Um ano depois, mudou-se para a Antignano, onde conheceu um pintor 13 anos mais novo, Raffaello Gambogi (1874–1943). Os dois começaram a trabalhar juntos e se casaram em 27 de fevereiro de 1898. Juntos fizeram exposições em Paris, Florença (onde ela foi premiada com um prêmio de arte pela cidade, em Milão e em muitas cidades finlandesas. Suas pinturas também foram apresentadas na Exposição Universal de 1900, em Paris, onde ela ganhou uma medalha de bronze.[3][4] Ela também ficou em segundo lugar no concurso nacional de pintura de retratos de 1901 organizado pelo estado finlandês.[10] Em 1899, o rei Humberto I comprou uma de suas pinturas. Nesse mesmo ano, participou da Bienal de Veneza.[10] Seu casamento com Raffaello entrou em crise quando ela descobriu seu caso extraconjugal com sua amiga e pintora finlandesa Dora Wahlroos. O caso acabou rápido, mas o impacto no casamento de Elin foi duradouro. Ela se mudou para a Finlândia em 1903, retornando algum tempo depois para a Itália.[11] MorteElin perdeu contato com sua terra natal devido à Primeira Guerra Mundial. Ela morreu em 31 de dezembro de 1919, aos 58 anos, em Antignano devido à uma pneumonia.[3] LegadoPor causa de sua escolha de temas raros que muitas vezes causavam alguma ofensa aos críticos e ao público, Elin é agora vista como um dos artistas centrais da Era de Ouro da Arte Finlandesa. Ela também foi inclusa na exposição Women in Paris 1850-1900, de 2018.[12] Galeria
Referências
Ligações externasMedia relacionados com Paintings by Elin Danielson-Gambogi no Wikimedia Commons
Information related to Elin Danielson-Gambogi |