Euclides Scalco
Euclides Girolamo Scalco ComMM (Nova Prata, 16 de setembro de 1932 — Curitiba, 16 de março de 2021) foi um farmacêutico e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[2] BiografiaFilho de Elias Scalco e Adele Zanotto Scalco, fez os estudos secundários no Colégio Imaculada Conceição da cidade de Guaporé (RS) e no Colégio Rosário, em Porto Alegre. Em 1951, iniciou o curso superior de farmácia-química na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, obtendo o diploma em 1954.[2] Com o diploma em mãos, foi proprietário de farmácias em Muçum, Bento Gonçalves e Francisco Beltrão. Na cidade paranaense, também fundou uma policlínica. Foi em Francisco Beltrão que iniciou a vida pública, filiando-se Partido Trabalhista Brasileiro e tornando-se vereador na gestão 1960-1962. Nas eleições municipais de 1962, elegeu-se prefeito para o biênio 1963-1964.[3] Na segunda metade da década de 1960, militou pela Juventude Agrária Católica (JAC) em movimentos de trabalhadores rurais e presidiu a Associação de Estudos de Orientação e Assistência Rural entre 1967 e 1970, além de contribuir para a criação do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Paraná. Pelo partido, foi eleito, novamente, vereador de Francisco Beltrão, no mandato 1965-1969.[2][3] Durante o ano de 1970, realizou dois cursos de pós-graduação na Europa; o primeiro em economia agrária na Universidade de Louvain, na Bélgica, e o segundo em economia no Instituto Lebret, em Paris. Ao retornar ao Brasil, dedicou-se as suas empresas e foi eleito presidente da Associação Comercial e Industrial de Francisco Beltrão para a gestão 1971-1973. Nas eleições gerais no Brasil em 1974, juntou-se ao senador eleito Francisco Leite Chaves, tornando-se seu suplente, mas não chegou a ocupar o cargo. Nas eleições gerais no Brasil em 1978, elegeu-se deputado federal, sendo reeleito em novembro de 1982, já pelo PMDB. Em março de 1983, licenciou-se da Câmara do Deputados para assumir o cargo de chefe da Casa Civil a convite do governador José Richa.[2] Nas eleições gerais no Brasil em 1986, elegeu-se deputado federal constituinte. Entre suas atuações na elaboração da nova constituição, foi membro da Subcomissão de Garantia da Constituição, Reformas e Emendas, da Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e de Garantia das Instituições, e suplente da Comissão de Sistematização, além de ter sido um dos líderes do “grupo do consenso”, um dos agrupamentos suprapartidários formados no processo constituinte, reunindo parlamentares de centro-esquerda com o objetivo de defender propostas de conteúdo social e democrático na nova Constituição.[2] Em junho de 1988, uniu-se com outros políticos, como Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Franco Montoro, José Serra, Pimenta da Veiga e José Richa, para fundar o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Pelo novo partido, participou do pleito das eleições gerais no Brasil em 1990 na condição de vice-governador da chapa encabeçada por José Richa, porém, sem sucesso, pois a chapa não passou para o segundo turno. Em 1994, coordenou a campanha do candidato do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, à presidência da República, mas afastou-se do posto para dedicar-se a saúde de sua esposa, que passava por enfermidades. Em setembro de 1995, assumiu como diretor-geral da Itaipu Binacional (cargo que ocupou até 2002). Em março de 1998, Euclides foi admitido por FHC à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1] Em junho do mesmo ano, retornou ao posto de coordenador da campanha para reeleição de Fernando Henrique Cardoso.[4] Em abril de 2002, aceitou o convite de Fernando Henrique Cardoso para assumir o cargo de ministro-chefe da secretaria geral da presidência da República em substituição a Arthur Virgílio Neto[4], mantendo-se no cargo até o fim do mandato de Fernando Henrique.[2] Após o cargo de ministro chefe da presidência, dedicou aos bastidores da política em campanhas de integrantes do PSBD-PR e articulações internas do partido. Paralelamente à sua carreira pública, foi diretor-presidente da empresa Habitação Construções e Empreendimentos Ltda., em Curitiba (1992-1995), vice-presidente da Associação de Amigos do Hospital das Clínicas (1994-1997), vice-presidente da Fundação Nossa Senhora da Salete (1994-1998) e coordenador de Instituto Ciência e Fé (1995-1998), em Curitiba.[2][3] MorteMorreu em Curitiba, no dia 16 de março de 2021, aos 88 anos, vítima da COVID-19.[5][6] Referências
Ligações externas
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