Sarney Filho
José Sarney Filho GOMM (São Luís, 14 de junho de 1957), também conhecido como Zequinha Sarney,[2][3] é um advogado e político brasileiro, filiado ao Partido Verde (PV) e atualmente secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal. Foi ministro do Meio Ambiente em duas ocasiões durante os governos Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer.[4] Pelo Maranhão, foi deputado federal por nove mandatos, secretário para Assuntos Políticos no governo Cafeteira e deputado estadual. BiografiaNascido em uma família estreitamente ligada à política, José Sarney Filho é filho de José Sarney e de Marly Sarney. Seu pai exerceu o quinto mandato de senador e foi presidente da República entre 1985 e 1990. É também irmão da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e do empresário Fernando Sarney. Carreira políticaJosé Sarney Filho iniciou sua trajetória na vida pública ainda jovem pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), em 1970. Eleito deputado estadual pelo Maranhão em 1978, migrou para o Partido Democrático Social (PDS) e foi eleito para o seu primeiro mandato de deputado federal em 1982. Por ocasião da sucessão presidencial deflagrada ao final do governo João Figueiredo, deixou o partido em 1986 e ingressou no Partido da Frente Liberal (PFL), atual União Brasil (União), e foi reeleito em 1986, 1990, 1994, 1998 e 2002.[3] Afastou-se do mandato para ocupar os cargos de Secretário para Assuntos Políticos do Estado do Maranhão, em 1988 e entre 1989 e 1990, e de Ministro do Meio Ambiente no governo de Fernando Henrique Cardoso, a partir de 1º de janeiro de 1999. Em março do mesmo ano, foi admitido por FHC à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1] Foi exonerado em 5 de março de 2002 após o rompimento de seu partido com o governo.[3] Desde 2005, está filiado ao Partido Verde (PV) e foi reeleito em 2006, 2010 e 2014, sendo um de seus principais líderes no Congresso Nacional e estando em seu nono mandato consecutivo.[3] Em maio de 2016, assumiu novamente o cargo de Ministro do Meio Ambiente, no governo interino de Michel Temer.[4][5] Em abril de 2018, deixou o ministério para se candidatar ao Senado Federal pelo Maranhão. No entanto, terminou a disputa em terceiro lugar, com aproximadamente 13% dos votos.[6] No segundo turno, Sarney Filho declarou apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial.[7] Em novembro de 2018, foi anunciado para chefiar a pasta do meio ambiente, do governo do Distrito Federal. O convite foi feito pelo então governador eleito, Ibaneis Rocha (MDB).[8] Escândalos envolvendo dinheiro públicoSarney Filho em 2010 foi atingido pela Lei da Ficha Limpa. Sua candidatura chegou a ser impugnada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) do Maranhão. Ele foi acusado de abuso de poder econômico pelo fato de a prefeitura do município de Pinheiro, cujo prefeito era seu aliado, ter criado um link em sua página para a homepage do então deputado em 2006. O presidente do PV no Maranhão foi condenado a pagar uma multa e, segundo o MPE, isso o tornaria inelegível, conforme a lei complementar 135/2010. No entanto, após recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral, o deputado conseguiu manter o registro de sua candidatura.[9] Em 2009, Sarney Filho foi investigado pelo Ministério Público por ter usado sua cota parlamentar de passagens aéreas para viajar com a família para o exterior. Entre julho de 2007 e julho de 2008, a Câmara pagou oito passagens para Marco Antônio Bogéa, colaborador do empresário Fernando Sarney, irmão do deputado.[10] Também utilizou uma aeronave da FAB para se deslocar a Fernando de Noronha para uma reunião de um dia, mas ficou quatro dias.[11] Sem vínculo funcional com a Casa, Bogéa usou a cota de Sarney Filho, à época líder do PV na Câmara.[necessário esclarecer] Em setembro de 2015, a CPI da Petrobras recebeu das mãos do deputado Jorge Solla (PT-BA) cópias de documentos da contabilidade extraoficial da Odebrecht do fim da década de 1980 com registros de pagamento de propina a políticos das obras executadas naquela época. No material, entregue ao delegado Bráulio Cézar Galloni, coordenador-geral da Polícia Fazendária, constava o nome do deputado José Sarney Filho.[12] [13] Vida pessoalDe seu primeiro casamento com Lucialice Cordeiro, José Sarney Filho teve três filhos: Adriano Sarney e os gêmeos Marcos e Gabriel. Seu quarto filho, Daniel Sarney, mora no Canadá, com a mãe, a antropóloga[14] Annette Leibing. Atualmente, Sarney Filho é casado com Camila Serra, mãe de seu quinto e último filho, João José Sarney, nascido em 2006.[15] Notas
Referências
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