Uma falha catastrófica é um fracasso repentino e total, do qual a recuperação é impossível. Falhas catastróficas, muitas vezes, levam a uma falha em cascata de sistemas. O termo é mais comumente usado para falhas estruturais, mas muitas vezes tem sido estendido a muitas outras disciplinas das quais a perda total e irrecuperável ocorre. Tais falhas são investigadas através de métodos de engenharia forense, que tem como objetivo isolar a causa ou causas da falha.
Por exemplo, uma falha catastrófica pode ser observada em uma falha no rotor de turbina a vapor, que pode ocorrer devido ao pico de estresse no rotor; a tensão concentrada aumenta até um ponto em que ela é excessiva, culminando em uma falha do disco.
Em armas de fogo, uma falha catastrófica geralmente refere-se a uma ruptura ou a desintegração do cano da arma ao atirar. Algumas possíveis causas disso são o uso incorreto de munições, o uso de munições com uma carga incorreta de propelente,[1] cano parcialmente ou totalmente obstruído,[2] ou o enfraquecimento do metal do cano. Uma falha deste tipo, conhecida coloquialmente como "kaboom", ou falha "kB", pode representar uma ameaça não apenas para o usuário, mas até mesmo para as pessoas ao redor.
Em engenharia química, um disparo térmico pode causar uma falha catastrófica.
Exemplos
Ponte Tay original, vista do nortePonte Tay caída, vista do norte
Exemplos de falha catastrófica em estruturas de engenharia incluem:
O desastre da Ponte Ferroviária Tay, de 1879, onde a meia milha central da ponte foi destruída completamente durante a passagem de um trem, no meio de uma tempestade. A ponte foi mal projetada e uma substituta foi construída a partir de uma estrutura separada, rio acima da ponte antiga.
O desastre da Barragem South Fork, em 1889, lançou 4,8 bilhões de galões (18 bilhões de litros) de água e matou mais de 2.200 pessoas (popularmente conhecido como a Inundação de Johnstown).
O colapso da Barragem São Francisco, em 1928, lançou 12.4 mil milhões de galões (47 bilhões de litros) de água, resultando em um número de mortes de cerca de 600 pessoas.
O colapso da primeira Ponte Tacoma Narrows de 1940, onde a plataforma principal da ponte foi totalmente destruída pelas oscilações dinâmicas em um vento de 40 milhas por hora (64 km/h).
Os desastres de 1954 com o De Havilland Comet, posteriormente identificados como falhas estruturais devido à fadiga do metal que não haviam sido previstas nos cantos das janelas utilizadas pelo modelo Comet 1.
O evento da falha das 62 Barragens de Banquiao, na China, em 1975, devido ao Tufão Nina. Cerca de 86.000 pessoas morreram das inundações e outras 145.000 morreram de doenças subsequentes, com um total de 231,000 mortes.
O desastre do ônibus Espacial Challenger, em 1986, em que houve o rompimento de um anel de vedação, fazendo com que o tanque de combustível externo se rompesse, desviando o ônibus espacial de seu curso, submetendo-o a forças aerodinâmicas além do seu limite de projeto; toda a tripulação e o veículo foram perdidos.
Os ataques terroristas e o fogo subsequente no World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, enfraqueceu vigas do chão até o ponto de uma falha catastrófica.
FEYNMAN, Richard; LEIGHTON, Ralph (1988). What Do You Care What Other People Think?. Estados Unidos: W. W. Norton. ISBN0-553-17334-0
LEWIS, Peter R. (2004). Beautiful Railway Bridge of the Silvery Tay: Reinvestigating the Tay Bridge Disaster of 1879. [S.l.]: Tempus. ISBN0-7524-3160-9