A Foz do Douro, cujo núcleo urbano mais antigo é também conhecido popularmente como Foz Velha (grosso modo, a zona entre a Rua da Cerca e a Rua da Beneditina), foi vila e sede de concelho, com uma única freguesia, entre 1833 e 1836, quando foi integrada no município do Porto. O seu orago é São João, pelo que as designações de S. João da Foz ou S. João da Foz do Douro eram também comuns.
A Foz do Douro é uma zona interclassista, mais conhecida, no entanto, como zona habitada pela classe alta da cidade. O seu passeio marítimo, salpicado de esplanadas, bares e jardins à beira-mar, fazem dela uma das mais procuradas dentro do Porto, pelo seu elevado requinte.
No seu património, realce para as primeiras manifestações em Portugal da arquitectura da Renascença, com a capela-farol de S. Miguel-o-Anjo, na Cantareira, e o palácio e Igreja, intra-muros do Forte de São João Baptista da Foz, obras mandadas construir pelo Bispo D. Miguel da Silva, em 1527, com a participação do arquitecto-escultor Francisco de Cremona. A Igreja Matriz e o citado forte (ambos do século XVII) são também de assinalar. Entre as encostas do Monte da Luz e a do Monte, descendo até à Cantareira, existe um aglomerado urbano rico que, em importância, segue logo o do centro histórico da cidade.