Francisco dos Santos Pinto Teixeira Nota: Este artigo é sobre o engenheiro e empresário português. Para o político brasileiro, veja Francisco dos Santos Pinto.
Francisco dos Santos Pinto Teixeira ComC • OA • ComIC • GOMAI (Lisboa, 18 de outubro de 1887 — Lisbos, 10 de maio de 1983),[1] conhecido por Francisco Pinto Teixeira ou Pinto Teixeira, foi um engenheiro militar do Exército Português, político e empresário que se distinguiu na administração colonial de Moçambique, onde foi Director dos Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes da Colónia de Moçambique, Secretário Provincial e presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques.[2][3][4] BiografiaOficial da arma de Engenharia do Exército Português, onde alcançou o posto de major, prestou serviço em várias escolas de oficiais, em França, e no Sul de Angola.[5] Em Angola, realizou vários estudos sobre os problemas ferroviários e portuários da região Sul naquela província, que foram aproveitados nas resoluções relativas aos caminhos de ferro, para um Plano de Fomento.[5] Fixou-se em Lourenço Marques, cidade onde desempenhou as funções de Secretário Provincial de Moçambique e Presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques, posição pela qual recebeu, por serviços distintos, uma Medalha de Ouro daquela instituição. Como Presidente da Câmara Municipal de Lourenço Marques notabilizou-se por ter contribuído, durante o seu mandato, para o desenvolvimento daquela cidade, tendo, entre outras acções, instituído um sistema de transporte público, construído o novo edifício da Câmara Municipal e um matadouro, melhorado o saneamento público e os serviços de fornecimento de água e electricidade, e criado vários bairros para os indígenas.[6] Assumiu, igualmente, a função de director nos Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Moçambique, conseguindo unificar a administração daquelas entidades[7], e director da Administração Geral da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, posição pela qual recebeu vários louvores.[5] Também foi director dos Caminhos de Ferro de Moçambique, cargo pelo qual ficou conhecido por ter evitado, através da reorganização das operações desta empresa, vários despedimentos durante a crise económica resultante da Segunda Guerra Mundial, protegido os funcionários contra uma redução geral de vencimentos em 1933, iniciado, em Maio de 1935, a construção da Linha do Limpopo[8], defendido a passagem da operadora Beira Railways para a gestão do estado, e promovido o desenvolvimento das operações ferroviárias na cidade da Beira[9]; promoveu, igualmente, nesta província, a formação da Direcção Geral dos Caminhos de Ferro e Portos.[5] Ficou, igualmente, conhecido por ter instituído e dirigido os Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Moçambique, e por ter fundado a Divisão de Exploração de Transportes Aéreos de Moçambique, antecessora da companhia das Linhas Aéreas de Moçambique.[2] Tornou-se, a 15 de Outubro de 1952, inspector superior do Fomento de Ultramar.[5] Em 1966, já se encontrava aposentado.[10] HomenagensO seu nome foi atribuído ao primeiro arruamento da localidade de Nampula, em Moçambique, a Avenida Pinto Teixeira, devido ao impulso que deu à criação e desenvolvimento de núcleos populacionais ao longo das vias férreas neste país.[7] Também nesta localidade, o Pavilhão dos Desportos Ferroviários recebeu o nome de Pavilhão dos Desportos Engenheiro Pinto Teixeira.[10] A povoação de Mabalane declarou-o o seu patrono, tendo alterado a sua denominação para Vila Pinto Teixeira, e construído um monumento em sua honra[8]; o seu nome foi, igualmente, atribuído ao largo junto à Estação da cidade da Beira.[9] Recebeu, em 1954, a Medalha de Bons Serviços da Câmara Municipal de Lourenço Marques, e o título de cidadão honorário, e, em 1962, a Medalha de Ouro, pela sua obra como presidente da autarquia. A 5 de Outubro de 1926 foi feito Oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis, a 8 de Dezembro de 1939 foi feito Comendador da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo, a 10 de Novembro de 1942 foi feito Comendador da Ordem do Império Colonial e a 28 de Dezembro de 1949 foi feito Grande-Oficial da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial.[11] Publicações
Referências
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