Futebol Clube Santa Cruz Nota: Não confundir com Santa Cruz Futebol Clube (de Pernambuco).
O Futebol Clube Santa Cruz é um clube de futebol do Brasil sediado em Santa Cruz do Sul, no estado do Rio Grande do Sul. Suas cores são o branco e o preto. Atualmente disputa a primeira divisão do Campeonato Gaúcho. HistóriaO início e o amadorismoUm grupo de rapazes liderado por André Klarmann se reuniu no Hotel Schmidt, em 26 de março de 1913, no centro da cidade, para montar um novo clube de futebol.[6] Seu primeiro jogo foi contra o Concórdia, no dia 3 de Abril de 1913, no campo da várzea, hoje Estádio Municipal junto ao Parque da Oktoberfest da cidade, registros não apontam o vencedor do jogo. Dois meses depois aconteceu seu primeiro jogo fora da cidade, em Candelária onde a delegação foi de carroça para o jogo, o resultado não consta, mas sabe-se que o Santa Cruz venceu a partida.[6] Na década de 1920, o Santa Cruz já tinha uma casa, os Plátanos, mas ainda tinha como nome Foot Ball Club Santa Cruz e não tinha seu apelido de "Galo", que foi adquirido após vencer o maior rival da época, o Grêmio Esportivo Santa Cruz por 2 a 0 e firmar-se com o apelido carinhoso.[6] O profissionalismoO futebol profissional começou no ano de 1930, mas já nos anos de 1932 e 1933 o Santa Cruz foi vice-campeão do Interior, onde perdeu a final para o Pelotas por 5 a 2, após isso foi possível aplicar melhorias na estrutura do Estádio dos Plátanos.[6] Em 1952 após a primeira das seis gestões de Hélio Almeida, o clube foi vice-campeão do interior na Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho, perdendo para o Sá Vianna de Uruguaiana, é considerado um dos times mais marcantes da história do clube, que tinha os jogadores Amaro, Joãozinho, Paraguai, Paulo Cesar Tatu, Cuca, Calixto, Maninho, Betinho e Moacir. Em 1959 voltou a ficar em 3º lugar na competição estadual.[6] A união com o rivalUm fato curioso aconteceu tempos mais tarde, já na década de 1970, entre 1974 a 1978 os dois maiores clubes de Santa Cruz do Sul, o Avenida e o Futebol Clube Santa Cruz fizeram uma fusão, a união denominada Associação Santa Cruz de Futebol com o comando de Daltro Menezes rendeu bons frutos, deixando o clube entre os quatro melhores do estado na época. Após brigas entre antigos dirigentes de ambas as partes, os dirigentes do Avenida resolvem romper a fusão. Na década de 1980 o clube conseguiu fazer boas campanhas estaduais, a melhor colocação do clube no Campeonato Gaúcho foi um quarto lugar em 1988.[6] A campanha de 2009Durante toda a primeira década dos anos 2000 o clube se manteve na primeira divisão do Campeonato Gaúcho. Uma das melhores campanhas foi em 2009, quando classificou-se para a segunda fase sem perder um único jogo em casa. Todavia, nas quartas-de-final pegou o Juventude em casa e sofreu o revés de 2x1 em jogo polêmico, dando adeus a competição. A equipe daquela temporada teve como destaques o goleiro Cássio, os zagueiros Vinícius e Polaco, o lateral-esquerdo Emanuel, os volantes Sananduva (que veio a ser técnico em 2015) e William, o meia Cléber Oliveira, e os atacantes Roberto Jacaré e Eraldo.[6] Década de 2010: a decadênciaA temporada de 2013 que deveria ser a mais marcante com todos os comemorativos e verbas, entretanto, culminou com o rebaixamento da equipe carijó para a divisão de acesso, principalmente devido ao elenco mal montado e a falta de comando da equipe, que cresceu na reta final do campeonato mas de forma insuficiente para evitar a queda. Tendo sido, porém, o melhor classificado dentre os rebaixados, o clube recebeu o direito de disputar a Divisão de Acesso com meia-cota, benefício esse que seus adversários não teriam.[7] Em 8 de janeiro de 2014 o clube lançou oficialmente o livro Orgulho centenário: os 100 anos do Futebol Clube Santa Cruz (1913-2013), que compreende em 224 páginas fartamente ilustradas de extensa pesquisa em registros de época e dezenas de depoimentos de ex-jogadores, ex-dirigentes e seus familiares. Estruturado em 11 capítulos, o livro recupera os fatos marcantes de cada uma das 10 décadas de existência do clube, reservando a última parte para a avaliação do momento atual e os projetos visando o futuro. Artigos especiais, assinados pelo presidente da CBF, José Maria Marin, e pelo ex-jogador e atual treinador de futebol Cuca, campeão da Copa Libertadores da América de 2013 pelo Atlético Mineiro, que iniciou sua carreira no Galo santa-cruzense, ressaltam a expressão nacional do Santa Cruz.[6] Numa estratégia ousada, o Santa Cruz acertou um acordo de patrocínio com a Assemp (Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul), em 29 de janeiro de 2014, e estampará em seu uniforme na temporada de 2014 a marca da 30ª edição da Oktoberfest de Santa Cruz do Sul. O contrato de patrocínio foi fechado em R$ 60 mil.[8] Apesar de formosos patrocínios e investimentos grandes no futebol, o clube apresentou desempenho pífio na competição e não conseguiu o tão desejado acesso.[6] A temporada 2015 do clube, porém, foi muito ruim. Com escassez de recursos, escapou do rebaixamento apenas na última rodada, mesmo com a derrota para o Inter de Santa Maria.[9] Apesar de ser a 14º pior equipe dentre 15 participantes, o regulamento previa o rebaixamento de 1 equipe por grupo, e no Grupo B a equipe do Sport Club Rio Grande teve desempenho inferior ao Galo.[6] Jogadores históricosJogadores como Betinho, Everaldo, Paulo Roberto, Rogerinho, Moa, Cuca, os selecionáveis paraguaios Sotelo e Sanabria que fizeram história no Olimpia do Paraguay, além do último grande jogador revelado, Cesinha, são os principais jogadores que já passagem em toda a história do Galo, além de ídolos como Dario Santos e o presidente Hélio Almeida que foi seis vezes presidente do clube, acumulando boas campanhas, sua última presidência foi no ano de 1995.[carece de fontes] O maior nome que o Santa Cruz revelou foi o meia-atacante Cuca. Ele começou a se destacar em 1984, representando o Santa Cruz, quando tinha 21 anos e jogava como meia. Após uma boa temporada, atuou dois anos pelo Juventude e, de lá, transferiu-se para o Grêmio.[carece de fontes] Já o atacante Valduíno foi o herói do clube na campanha do vice-campeonato da segunda divisão estadual de 1983, quando marcou dez gols e ajudou a equipe a subir para o primeiro escalão gaúcho.[carece de fontes] Primeiro título oficial: a Copa FGF de 2020 e vaga na Copa do BrasilEm 2020 conquistou pela primeira vez a a Copa FGF ou Troféu Ibsen Pinheiro, sendo o primeiro título oficial da história do clube. Com isso, assegurou uma vaga para a Copa do Brasil de 2021,[10] na qual foi eliminado na Primeira Fase com um empate sem gols contra o Joinville.[11] Apesar da derrota, garantiu um prêmio de R$ 500 mil pela participação.[12] Disputou a Recopa Gaúcha de 2021 com o Grêmio, campeão do Campeonato Gaúcho de Futebol de 2020 - Série A, em junho,[13] perdendo a partida por 3 a 0.[14] Segunda Divisão Gaúcha de 2021Apenas 7 meses depois do título da Copa FGF, o clube de Santa Cruz do Sul sagrou-se novamente campeão, dessa vez da Segunda Divisão de 2021 (equivalente a terceira divisão estadual) de forma inédita, jogando contra o Gaúcho de Passo Fundo.[15] Perdeu o primeiro jogo por 2 a 0 em Passo Fundo,[16] mas venceu por 4 a 2 no tempo normal, com 3 gols do meio-campista Leylon[17] e forçou para os pênaltis, vencendo por 3 a 2.[18] Com a vitória, garantiu vaga para a Divisão de Acesso de 2022. O "torcedor solitário" que virou presidente[19]Em fevereiro de 2012, as câmeras de TV flagraram um único torcedor do Santa Cruz no Olímpico, em Porto Alegre, comemorando o gol do time na derrota por 4 a 1 diante do Grêmio. Pouco depois, descobriram que era Tiago Rech, um jornalista que trabalhava próximo do estádio e foi acompanhar seu time do coração.[20] Em 2013, após voltar dos Estados Unidos, Tiago assumiu o cargo de assessor de imprensa do clube e, logo depois foi eleito presidente.[21] Pegou o clube em uma situação bastante crítica financeiramente. Em 2018, com o rebaixamento do time para a terceira divisão e a possibilidade de fechar as portas, se reelegeu. Com a reestruturação do time, conseguiu os dois únicos e mais importantes títulos do clube: a Copa FGF de 2020 e a Segunda Divisão de 2021,[22] além do vice-campeonato da Recopa Gaúcha de 2021 e a vaga na Copa do Brasil de 2021.[23] Atualmente Tiago é presidente do Conselho deliberativo do clube. Série A2 de 2023O clube de Santa Cruz do Sul sagrou-se campeão da Série A2 de 2023 jogando contra o Guarany de Bagé, no primeiro jogo um empate em 0 a 0,[24] na volta, um empate em 1 a 1 e o jogo foi para as penalidades. A disputa de pênaltis foi aberta por Arysson, do Guarany, que cobrou no canto esquerdo e Copetti fez a defesa. Pelo lado do Santa Cruz, Uillian Correa, João Pedro, Leylon, Eduardo e Maurício converteram as suas cobranças e garantiram o título para o Santa Cruz.[25][26] Acessos e rebaixamentosEm 1995 caiu para a Segunda Divisão depois de uma grave crise financeira, mas dois anos mais tarde (1997) voltava a elite do futebol gaúcho. Ao fim da década de 1990, mais precisamente 1999, após seu rebaixamento, o clube passou a adotar um novo modelo de modernização, contratando jogadores de renome internacional que no início renderam bons frutos, deixando nessa mesma época escapar novamente o título do interior. Em 2013, ano do seu centenário sob a gestão de Paulo Juarez Martins de Almeida (2012-2013), o Santa Cruz montou uma equipe fraca tecnicamente, passando por vários problemas durante o Gauchão e foi novamente rebaixado para a Segunda Divisão estadual, onde disputou a competição em 2014. A equipe apresentou fraco desempenho na competição em 2014 e só escapou do rebaixamento para a terceira divisão na última rodada, ao vencer o Nova Prata fora de casa por 4 a 1.[27] Contudo, os esforços realizados em 2018 não foram o suficiente, e o clube acabou rebaixado para a terceira divisão após derrota por 4 a 1 para o São Gabriel.[28] EstádioSeu estádio é o Estádio dos Plátanos, em Santa Cruz do Sul, com capacidade que já chegou a aproximadamente 7.000 espectadores. Mesmo com área menor do que já teve, possuía melhores acomodações, com pavilhão de arquibancadas sociais e abrigando inclusive um posto de combustível em seu terreno. Com as novas normas de segurança do Corpo de Bombeiros, porém, a capacidade foi reduzida para 2.490 torcedores, sendo destes cerca de 400 cadeiras para conselheiros e associados. RivalidadeSeu principal rival é até hoje o Avenida, conhecido como "Ave-Cruz", rivalidade que entrou em cena no ano de 1947 após um empate em 2 a 2, houve pancadaria na partida, que foi generalizada devido a falta de alambrado, jogaram jogadores históricos do Galo nesse jogo como Julio, Ormond, Lindolfo Gerhardt, Cafuringa, Felicíssimo, Joãozinho, Fogareiro, Hanny, Mico e Dario Santos, que tem 23 anos de Galo Carijó e começou a jogar aos 16 anos de idade no clube. Ave-Cruz em númerosEm 114 clássicos, o Santa Cruz conquistou 66 vitórias, com 224 gols marcados.[29] TítulosConquistas
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