Germain Bazin
Germain René Michel Bazin (Suresnes, Altos do Sena, 24 de setembro de 1901 - Paris, 2 de maio de 1990) foi um historiador de arte, curador e restaurador francês. Foi conservador de pinturas do Museu do Louvre. Viajou pelo Brasil, onde estudou a arquitetura religiosa barroca e as obras de Aleijadinho, sobre quem publicou importantes trabalhos.[1] BiografiaFilho do engenheiro Charles Bazin e de Jeanne Laurence Mounier, Germain graduou-se história da arte pela Sorbonne, onde estudou com Henri Focillon e Émile Mâle. Em seguida, cursou museologia na École du Louvre. Em 1928, ingressa no departamento de desenhos da École nationale supérieure des beaux-arts de Paris. Em 1937, é indicado para o cargo de curador do departamento de desenhos e pinturas do Museu do Louvre. Exerceu ainda a função de professor na Universidade Livre de Bruxelas.[2] Entre 1939 e 1940, serviu na infantaria francesa durante a Segunda Guerra Mundial, chegando ao ser apontado para o posto de capitão. Após deixar o exército, auxilia na proteção do patrimônio artístico francês durante a ocupação nazista. Em 1941, retornou à École de Louvre, onde assumiu o cargo de professor de estudos museológicos. Casou-se com Suzanne Heller Bielotzerkowka em 1947.[2] Em 1951, Bazin é nomeado curador-chefe do Museu do Louvre.[3] Na função, reorganizou as salas de exposição, de forma a refletir a variedade da vasta coleção de arte ocidental do museu. Coordenou o projeto de restauração das pinturas impressionistas no acervo do Jeu de Paume Em 1953, publicou História da arte da pre-historia aos nossos dias, um de seus maiores trabalhos.[2] Interessou-se por diversos campos da arte, da museologia e da museografia, publicando um grande número de ensaios e catálogos. Visitou o Brasil para estudar a arte de Aleijadinho e arquitetura das igrejas coloniais.[1] Recebeu inúmeros prêmios e honrarias por seu trabalho, incluindo a Legião de Honra, a comenda da Ordem de Leopoldo. Foi eleito membro da Académie des Beaux-Arts do Institut de France em 1975.[2] ObrasGermain Bazin escreveu mais de trinta livros sobre história da arte, traduzidos para 17 idiomas.[3] Embora especializado na arte francesa do século XIX, abordou diversos artistas e movimentos culturais, incluindo Hans Memling (1939), Fra Angelico (1941) e Jean-Baptiste-Camille Corot (1942).[2] Publicou ainda História da arte da pré-história aos nossos dias (1953), Barroco e Rococó (1964), História da história da arte: de Vasari aos nossos dias (1986), entre outros. Dedicou obras à arte colonial do Brasil: Originalidade da arquitetura barroca em Pernambuco (1945-1951), Arquitetura religiosa barroca no Brasil (1955), Aleijadinho e a escultura barroca no Brasil (1963).[1] Seu catálogo raisonné da obra de Theodore Géricault, deixado inacabado por conta de sua morte em 1990, foi postumamente publicado, em 1997. Publicações
Ver tambémReferências
Bibliografia
Ligações externasInformation related to Germain Bazin |