Giselle Tigre
Giselle Barros Noé da Costa, mais conhecida como Giselle Tigre (Recife, 2 de agosto de 1972),[1] é uma atriz e ex-modelo brasileira.[6] Também gravou um álbum como cantora em 2000, intitulado Mais Além, sendo que não seguiu adiante com a carreira.[3][7] Giselle começou a carreira em 1987 como modelo, tendo se classificado nas finais do Supermodel of the World de 1990, o que a levou a trilhar uma expressiva carreira na moda ao participar de campanhas para marcas nacionais e internacionais, bem como fazer capas e editorais para diversas revistas brasileiras. Iniciou-se como atriz televisiva na Rede Globo, em 2000, vindo posteriormente a atuar em produções na Record e no SBT. Em 2011, junto com a atriz Luciana Vendramini protagonizou um polêmico beijo gay em Amor e Revolução, telenovela do SBT.[8] Além da carreira televisiva, participou de três curta-metragens e atuou em peças teatrais. BiografiaÚltima de uma família de seis filhos e nascida e criada em Recife,[7] pelo lado materno a atriz é sobrinha-neta do jornalista e poeta Bastos Tigre, o primeiro bibliotecário brasileiro.[2] Sua mãe, Glícia Tigre, faleceu em 2008. Artisticamente, Giselle começou no Teatro de Amadores de Pernambuco em 1987 com o musical Zuzu, aos quinze anos.[2][4][6] Carreira1987–99: carreira de modeloGiselle iniciou a carreira como modelo em 1987, aos dezesseis anos, ainda em sua cidade natal, e pouco tempo depois, ao perceber que para ter mais projeção como modelo deveria ir para o eixo Rio–São Paulo, mudou-se para a capital paulista, onde morou entre 1989 e 1993.[3] Sua carreira de modelo ganhou projeção após classificar-se entre as quatro finalistas da etapa brasileira do concurso Supermodel of the World de 1990,[3][4] promovido pela Class — sua agência na época — e pela Ford Models americana.[nota 2] A partir daí, figurou em campanhas e editoriais de moda em várias revistas brasileiras, como Criativa, Moda Brasil, Nova, Mon Tricot e Desfile,[3] assim como em comerciais de televisão para marcas como Gillette e Arisco, entre outras mídias. A estatura mediana de 1,65[3] metro de altura não possibilitou uma incursão mais a fundo nas passarelas, mas sua incrível beleza e um rosto com expressivos olhos verde-azulados a levaram como modelo ao exterior, tendo feito vários trabalhos no Japão e em Taiwan, onde passou alguns meses.[3] Em um desses trabalhos no exterior, chegou a provar cinquenta coleções em doze horas.[3] Após voltar para Recife em 1993, começou a fazer trabalhos em publicidade e posar para grandes campanhas, seguindo até 1999 na profissão.[3] Paralelamente dava aulas de redação para alunos do ensino fundamental.[3] Sua beleza chamava mais atenção do que as próprias aulas, o que Giselle tentava disfarçar com roupas simples, poucos adereços e quase nada de maquiagem.[3] 2000–presente: carreira de atrizEm 2000 Giselle passou nos testes da Rede Globo para interpretar a professora Linda Albuquerque em Malhação.[9] Ela teve apenas quatro dias para resolver tudo e se mudar para a «Cidade Maravilhosa».[3] Na mesma emissora a atriz contracenou em Kubanacan, em 2003, quando foi convidada a fazer Poder Paralelo na Record, em 2010.[4][8] A partir daí os trabalhos se multiplicaram. Em 1998 participou como Maria Madalena da Paixão de Cristo de Recife, e em 1991 já havia feito o curta-metragem Rupture. Sobre a relação beleza versus talento, em entrevista à revista Mensch a atriz revelou:
Para além da TV, a atriz também lançou um Compact Disc independente intitulado «Mais Além»,[7] com doze canções de vários compositores nordestinos, entre eles Lenine e Alceu Valença.[3] O CD foi financiado pela Lei Rouanet com incentivo da Alcoa de Pernambuco.[7] ControvérsiasEm 2011, juntamente com a atriz Luciana Vendramini, protagonizou um beijo entre duas mulheres na telenovela Amor e Revolução entre as personagens Marina Campobelo, vivida por Giselle, e Marcela, vivida por Luciana.[10][11] Sobre o referido beijo entre Giselle e Luciana, o portal Universo Online (UOL) publicou: "Há poucos meses, Giselle Tigre protagonizou a cena mais polêmica de Amor e Revolução. Sua personagem, Marina, mesmo sendo heterossexual, acaba deixando-se levar pelas insistentes investidas de Marcela, vivida por Luciana Vendramini. Depois de o SBT ter adiado em um dia a sequência tão esperada para segurar a audiência, finalmente o beijo entre as duas personagens pôde ser assistido pelo público".[4] Na época, a emissora anunciou que havia sido o primeiro beijo homossexual da televisão brasileira. No entanto, este fato ocorreu em 1963 na produção Calúnia, da Rede Tupi, entre as atrizes Vida Alves e Geórgia Gomide, embora na época não fosse possível se arquivar o registro em vídeo, sendo transmitido apenas ao vivo.[12] Sobre a cena, Giselle comentou: "Foi um dos momentos profissionais mais incríveis que já vivi. Primeiro pela total sintonia que encontrei na minha parceira de cena, a Lu (Luciana Vendramini), pelo marco histórico de protagonizar um beijo de 30 segundos entre duas mulheres, numa novela que falava sobre a ditadura militar no Brasil em 1970. Foi uma história de amor linda e virei um ícone da causa, que não era a minha, mas agora é".[6] FilmografiaTelevisão
Filmes
Vida pessoalA atriz é casada com o artista plástico Marcelo Gemmal, com quem tem o filho Tabris.[5] Em 2000, ela deixou às pressas o Recife para interpretar a professora Linda, em Malhação, Rede Globo.[7] Na época, cursava o quinto período do curso de jornalismo na capital pernambucana e trabalhava como professora de redação,.[7] Por causa do convite, só veio a concluir o referido curso na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.[2] Em entrevista ao portal iG a atriz revelou:
Para equilibrar sua personalidade, por vezes impaciente, a atriz diz praticar meditação zen budista.[8] NotasReferências
Ligações externasInformation related to Giselle Tigre |