Glaciar Furtwängler
O glaciar Furtwängler situa-se próximo do cume do Monte Quilimanjaro na Tanzânia. Este glaciar é o que resta de uma grande calota de gelo que em tempos coroava o cume. Esta calota viu a sua dimensão reduzida de forma significativa durante o século XX e entre 1912 e 2000, desapareceram 82% do gelo glaciar existente nesta montanha.[1] O recuo do gelo glaciar no cume deverá continuar e por volta de 2020 todos os glaciares no cume do Quilimanjaro deverão ter desaparecido[2] apesar de as neves sazonais continuarem a cobrir as secções mais altas da montanha durante vários meses do ano. Este glaciar ostenta o nome de Walter Furtwängler, quem em conjunto com Ziegfried Koenig, foram os quartos a atingir o cume do Quilimanjaro em 1912.[3] Um glaciar em via de desaparecerNo período de tempo decorrido entre as medições efectuadas em 1976 e 2000, a superfície do glaciar Furtwängler diminuíu quase 50%, de 113 000 m² para 60 000 m².[4] Durante trabalhos de campo levados a cabo em 2006, os cientistas descobriram um grande buraco próximo do centro do glaciar. Este buraco, que se estende pelos 6 metros de espessura restantes no glaciar até à rocha subjacente, deverá ter a sua dimensão aumentada até causar a divisão do glaciar em 2007.[1] O estudo de 2006 verificou ainda que durante os primeiros anos do século XXI não houve qualquer acumulação de gelo em nenhum dos glaciares do Quilimanjaro. Poderá estar à vista o fim de um registo único sobre 11 700 anos de variabilidade climática na África. Apenas restarão as amostras de gelo previamente obtidas e conservadas nos frigoríficos dos laboratórios dos glaciólogos. Um dos possíveis impactos do desaparecimento dos glaciares do Quilimanjaro poderá ocorrer ao nível da disponibilidade de água em nascentes e poços que são parcialmente abastecidos com água de origem glaciar.
Ver tambémReferências
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