Motoristas e cobradores de ônibus, metroviários, ferroviários, rodoviários, aeroviários, portuários, funcionários dos correios, metalúrgicos, professores, estudantes, bancários, servidores públicos e outras categorias.
Reivindicações
Protesto contra as reformas previdenciária e trabalhista
Mais de 150 cidades registraram paralisações,[5] e segundo os organizadores houve adesão de 40 milhões de pessoas,[6] não havendo balanço oficial de adesão ou do número de manifestantes nas ruas.[5] Com ampla cobertura na mídia internacional,[7] a greve foi minimizada pela imprensa brasileira segundo a jornalista Paula Cesarino Costa, com destaque sendo dado aos conflitos entre policiais e grevistas.[8] Com reações diversas, políticos ligados ao governo reduziram o impacto da greve enquanto oposicionistas defenderam-na como expressão popular.[9][10][11] O cientista político Marco Antonio Teixeira, escrevendo para a BBC, diz que a greve teria sido "menor do que organizadores esperavam, mas maior do que governo gostaria".[5]
A greve também foi apoiada por setores progressistas da Igreja Católica no Brasil: Diversos bispos e padres convocaram os fiéis para protestar contra as reformas. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu nota chamando os cristãos a lutarem "a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados".[24]
Reações
A greve teve repercussão internacional[7][8][10] e gerou reações diversas entre jornalistas, governantes e cientistas políticos, enquanto que, segundo a ombudsman da Folha de S.Paulo, a cobertura nacional foi minimizada e exagerou os conflitos entre manifestantes e forças policiais.[8]
O presidente Michel Temer criticou atos de violência,[25] e o governo minimizou o impacto da greve.[8][9] O então Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, disse que a greve teria fracassado e que foi uma "baderna generalizada".[26] Políticos ligados ao governo criticaram a greve e seus motivos, enquanto que políticos de oposição apoiaram-na como respaldo da vontade popular.[11]João Doria Junior, prefeito de São Paulo, combateu a greve declarando em uma rede social que "sexta é dia de trabalho". Chamando a greve de "carna lula", o MBL também fez forte campanha contrária a mesma, afirmando que os manifestantes dependem do imposto sindical.[27] Já as centrais sindicais classificaram a greve como a maior das últimas décadas, contando com a adesão de 40 milhões de pessoas.[6][10]
Para o cientista político Milton Lahuerta, da USP, a greve representou "uma expressão de indignação".[9] Já para o jornalista Merval Pereira, a greve não seria uma revolta popular, mas de sindicatos que estariam "perdendo regalias".[28] A Rádio Jovem Pan declarou que "não houve greve geral" e que "na verdade, a greve fracassou": "Houve apenas pequenos piquetes de pessoas que tentaram parar o Brasil".[10][29]
Jovem ferido
Um policial militar de Goiás causou graves ferimentos ao estudante universitário Mateus Ferreira da Silva em manifestação na cidade de Goiânia. A agressão foi fotografada e filmada, com fotos em sequência capturando o momento em que o cassetete do capitão Augusto Sampaio quebra ao atingir a cabeça do estudante.[30] O estudante passou 11 dias internado na unidade de tratamento intensivo[31] e sofreu várias fraturas no rosto, além de traumatismo crânio-encefálico.[31]
O policial foi afastado de ações externas e aguarda em atividades administrativas a conclusão de inquérito sobre o ocorrido.[32][33]
Greve do dia 30
A próxima greve geral, marcada para o dia 30 de Junho do mesmo ano, aconteceu com uma efetividade e amplitude menor devido ao abandono da movimentação por parte das centrais sindicais patronais e da CUT e CTB, tendo sido articulada somente com as forças das organizações, centrais e sindicatos mais à esquerda política.[34].
↑ ab«Palácio do Planalto avalia que greve geral tem baixo engajamento». Época Negócios. 28 de Abril de 2017. "Há um baixo engajamento nessa radicalização, cujo objetivo foi forçar um feriadão" [fonte ligada à Presidência] ... "Isso não é greve, é piquete. Greve é quando o trabalhador cruza os braços na fábrica. Mas hoje as pessoas estão em casa. O que está acontecendo é um grupo impondo uma restrição ao direitos das pessoas se locomoverem" afirmou [Rodrigo Maia] ... "Essa greve demonstra que a maioria da população repudia as chamadas reformas", disse Zaratini.
↑«As imagens da Greve Geral pelo Brasil, em 28 de abril de 2017, que vão entrar para a História». HuffPost Brasil. 28 de abril de 2017. Consultado em 29 de abril de 2017. A Greve Geral foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Intersindical, Central e Sindical Popular (CSP/Conlutas), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Nova Central, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
↑«UNE, UBES e ANPG posicionam-se contra a precarização promovida pelo governo ilegítimo». UNE. 27 de Abril de 2017. A União Nacional dos Estudantes, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos reforçam, portanto, a convocação máxima para a classe estudantil brasileira massificar a Greve Geral deste dia 28 de abril
↑Merval Pereira (28 de Abril de 2017). «Greve não é nem espontânea nem popular». OGlobo. Não é uma greve espontânea, do povo revoltado que resolveu protestar e sim de sindicatos e de corporações que estão perdendo regalias