História do navegador OperaA história do navegador Opera começa em 1994 como projeto de pesquisa na Telenor, a maior empresa de telecomunicações norueguesa. Em 1995, o projeto se dividiu para uma empresa privada chamada Opera Software ASA,[1] com a primeira versão disponível publicamente lançada em 1996.[2] Desde então, o Opera submeteu-se a extensivas mudanças e melhorias, tal como a relativamente recente adição de proteção contra phishing. O navegador Opera foi, até sua versão 2.0, chamado de MultiTorg Opera e não era disponível para o público — apesar de documentos online mostram-no na Terceira Conferência Internacional WWW em 1995.[3] Ele era conhecido por sua interface de documentos múltiplos (MDI) e 'hotlist' (barra lateral), a qual fez a navegação por diversas páginas simultaneamente muito mais fácil, além de ter sido o primeiro navegador com foco a aderir completamente aos padrões web do W3C. Versão 2A primeira versão pública do Opera, foi lançada como shareware em 1996.[4][5] Devido à grande procura, a Opera Software mostrou interesse em programar seu navegador para sistemas operacionais alternativos tal como o Apple Macintosh, o QNX e o BeOS. Em 10 de outubro de 1997 eles lançaram o "Project Magic", um esforço para determinar quem seriam voluntários a comprar uma cópia do navegador no seu sistema operacional nativo e então distribuir os fundos para desenvolvimento (ou adaptação) de maneira apropriadapara esses sistemas operacionais.[6] Em 30 de novembro de 1997 eles fecharam a votação para qual sistema operacional eles deveriam desenvolver. Então o Project Magic se tornou uma fonte de notícias para atualizações para sistemas operacionais alternativos até a versão 4.[7] Versão 3Foi a primeira versão do Opera com suporte a JavaScript.[5] Foi lançado para múltiplos sistemas operacionais em 31 de dezembro de 1997.[carece de fontes] Em 1998, foi lançado o Opera 3.5, adicionando suporte a Cascading Style Sheets (CSS)[5] e capacidade de envio de arquivos.[8] Håkon Wium Lie, um dos inventores do CSS, é o CTO da Opera Software.[9] Até a versão 6.0 o Opera teve suporte aos mais comuns padrões da web, plugins do Netscape e alguns outros padrões tal como WAP e WML para dispositivos wireless, mas sua implementação de ECMAScript avançado e HTML Document Object Model era pobre. A versão 3.6 foi lançada em 12 de maio de 1999.[10] Versão 4Em 28 de junho de 2000,[11] o Opera 4 para Windows (codinome Elektra)[12] foi lançado introduzindo um novo núcleo multiplataforma e um cliente de e-mail integrado. Versão 5Lançado em 6 de dezembro de 2000, foi a primeira versão que era patrocinada por adware ao invés de ter seu uso limitado à trinta dias (trialware).[13] A versão 5 dava suporte ao ICQ, mas este recurso foi removido nas versões posteriores. Versão 6Em 29 de novembro de 2001, o Opera 6 foi lançado com novos recursos incluindo suporte a Unicode, e oferecendo interface de documento único, assim como a interface de documentos múltiplos permitida por versões anteriores.[14] Primeira controvérsia do MSN.comEm 24 de outubro de 2001, a Microsoft bloqueou os usuários de navegadores de terceiros, incluindo o Opera, de acessarem o MSN.com. Usuários do Microsoft Internet Explorer não foram afetados. Após reclamações de comportamento antitruste, a Microsoft removeu as restrições em dois dias.[15][16] Entretanto, mais tarde, em novembro de 2001, algumas partes do MSN.com continuavam tracandas para os usuários do Opera, mesmo o navegador sendo capaz de carregar as páginas se o servidor as liberasse.[17] Versão 7Em 28 de janeiro de 2003,[18] o Opera 7 foi lançado introduzindo o novo, mais rápido e poderoso motor de renderização "Presto", com CSS melhorado, suporte à scripts executados pelo próprio navegador (client-side scripting) e ao Document Object Model (DOM). O suporte ao Mac OS 9 foi removido. Uma análise no The Washington Post em 2004 descreveu o Opera 7.5 como sendo excessivamente complexo e difícil de usar. A análise criticou também o uso de propagandas na edição gratuita do programa enquanto outros navegadores como o Mozilla e o Safari eram oferecidos de graça sem propagandas.[19] Em agosto de 2004 tiveram inícios a testes limitados da alpha do Opera 7.6. Ele tinha suporte mais avançado aos padrões da web, e introduziu suporte a voz, suportando também Voice XML. A Opera Software anunciou também um novo navegador para Interactive Television, que incluía uma opção de redimensionar largura que o Opera 8 introduziu. Redimensionar Largura é uma tecnologia que inicialmente usava o poder do CSS, mas agora é uma tecnologia interna do Opera. As páginas são dinamicamente redimensionadas fazendo texto e/ou imagens menores, e até removendo imagens com dimensões específicas para fazê-las caber em qualquer largura de tela, melhorando a experiência em telas menores dramaticamente. A versão 7.6 nunca foi oficialmente lançada como versão final. Em 12 de janeiro de 2005, a Opera Software anunciou que iria oferecer licenças de graça para instituições de ensino superior,[20] uma mudança do antigo custo de $1,000 USD para licenças ilimitadas. As escolas que optaram pela licença grátis incluíram Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Universidade Harvard, Universidade de Oxford, Instituto de Tecnologia da Geórgia, e Universidade Duke. O navegador era geralmente criticado por ser patrocinado por adware, isso foi visto como uma barreira para ganhar mais participação no mercado. Nas versões posteriores o usuário podia escolher entre banners com imagens, ou propagandas em texto fornecidas pelo Google de acordo com a página sendo visitada. Os usuários poderiam pagar uma taxa de licenciamento para remover a barra de propagandas. Segunda controvérsia do MSN.comEm 2003, o MSN.com foi configurado para presentear o navegador Opera com uma CSS usada por versões antigas do Microsoft Internet Explorer.[21] Outros navegadores receberam uma folha de estilos determinada para eles, ou pelo menos a última versão da folha de estilos usada no Internet Explorer.[22] A folha de estilos desatualizada fez com que o Opera carregasse a página movendo 30 pixels à esquerda de onde conteúdo devera estar, distorcendo a página e fazendo parecer que o erro era do navegador.[23] Em resposta ao acontecimento, a Opera Software criou uma edição especial do Opera chamado de "Bork" que mostrava algaravia ao acessar o MSN.com. Eles fizeram isso para chamar a atenção sobre a necessidade de ter uma relação harmoniosa entre navegadores e websites.[24] Depois de queixas, a Microsoft mudou seus servidores para que enviassem à última versão do Opera a folha de estilos atualizada utilizada pelo Internet Explorer, o que resolveu o problema. Entretanto a folha de estilos desatualizada continuava a ser enviada para o Opera 6, mesmo este também precisando da última versão da folha de estilos.[22][24] Controvérsia do HotmailEm novembro de 2004, a Opera Software enviou um mensagem eletrônica para a Microsoft, se queixando de que os usuários do navegador Opera estavam recebendo um arquivo JavaScript incompleto quando usavam o Hotmail. O arquivo incompleto impedia os usuários do navegador de esvaziar a pasta de spam. A Opera Software enviou uma carta física para a Microsoft. Todavia, mesmo em 11 de fevereiro de 2005, a Microsoft nem respondeu as mensagens nem corrigiu o problema.[25][26] Versão 8Em 19 de abril de 2005 a versão 8.0 foi lançada.[27] Além de ter suporte a gráficos vetoriais escaláveis Tiny, recursos multimodo e User JavaScript, a interface padrão foi simplificada. A página inicial padrão é um portal de pesquisa melhorado.[28] As mudanças não agradaram um certo número de usuários existentes pois as preferências avançadas se tornaram ocultas.[29] A versão 8.0 introduziu suporte à SVG 1.1 Tiny. Isso marcou o primeiro navegador a suportar nativamente parte do SVG.[30] O Opera ganhou um modo de apresentação chamado Opera Show, que permite o uso e um documento HTML ou XML para apresentações em tela-grande e navegação. Versão 8.5Com o lançamento do Opera 8.5 em 20 de setembro de 2005, a Opera Software anunciou que seu navegador seria disponível de graça sem as propagandas. Contudo, a empresa ainda vende contratos de suporte (ajuda ao consumidor).[31] Melhorias incluídas: conserto automático de websites que não carregam corretamente pelo lado-cliente, e várias correções na segurança. Versão 9Foi o primeiro navegador de Microsoft Windows, GNU/Linux, e BSD browser a passar no teste Acid2.[32][33] Esta versão, lançada em 20 de junho de 2006, adicionou XSLT e melhoramentos que deram suporte ao nível SVG 1.1 Basic. Introduziu os Widgets (pequenos aplicativos), um cliente de torrent integrado, bloqueador de conteúdo e uma ferramenta para criar e editar motores de busca. O Opera é capaz de ler MHTML e salvar páginas da web como arquivos. Versão 9.1Dentre os novos recursos introduzidos na versão 9.1 (lançada em 2006) estava a proteção antifraude usando tecnologia da GeoTrust, uma empresa que fornece certificado digital, e da PhishTank, uma organização que busca traços de sites conhecidos de phishing.[34] Versão 9.2Codinome Merlin, introduziu o Speed Dial, 9 (3 X 3) pequenas thumbnails de websites definidos pelo usuário que são mostradas ao invés de um página em branco, para acesso rápido a estes. Versão 9.5Codinome Kestrel (nomeado pelo falcão Kestrel), foi lançada para preencher o vazio entre o Opera 9.2 e o Opera 10.[35] Incluiu alguns dos melhoramentos no carregamento das páginas programados para serem incluídos na versão 10, também teve foco em oferecer uma integração maior com vários sistemas operacionais.[36][37][38] O primeiro alpha do Opera 9.5 foi lançado m 4 de setembro de 2007. A primeira versão pública ainda em estado beta foi lançada em 25 de outubro de 2007,[39] e a versão final foi lançada em 12 de junho de 2008.[40] A versão final foi descarregada mais de 4.5 milhões de vezes nos primeiros cinco dias.[41] A versão melhorou o suporte à Cascading Style Sheets (CSS), incluindo muito mais seletores do CSS3 e a propriedade A interface submeteu-se a algumas alterações com o objetivo de se tornar mais intuitiva,[49] além da interface clássica continuar disponível para os usuários que ainda desejam usá-la. O recurso leitor de tela foi re-adicionado. O cliente de e-mail (Opera Mail) foi atualizado com indexação e conserto de alguns erros.[50] O Opera 9.5 deixa os usuários salvarem os marcadores (favoritos), notas, Barra Pessoal, e Speed Dial para o serviço "Opera Link". Esses dados podem então serem sincronizados (compartilhados) com outro navegador, assim como uma cópia do Opera Mini sendo executada em um celular.[51] Junto com os novos recursos, o Opera 9.5 ganhou melhorias n performance. Por exemplo, edições x64-bit compatíveis com os sistemas operacionais Linux e BSD.[36][52] O suporte à SPARC Linux foi removido.[53] Versão 9.6O Opera Link foi melhorado permitindo sincronização de motores de busca personalizados e histórico digitado. Pré-visualização de Feeds e um Opera Mail atualizado foram mudanças também adicionadas. Versão 10A primeira versão beta do Opera 10 (codinome Peregrine) foi lançada em 3 de junho de 2009 e marcou 100% dos pontos no teste Acid3, porém falhou no requisito da suavidade. Teve também uma versão anterior que marcou 100% lançada em 28 de março de 2009. Além de outros recursos, esta versão veio com customizações na velocidade, corretor ortográfico para formulários, atualizador automatizado, formatação HTML no cliente de e-mail, fontes SVG e web, transparência do canal alpha usando cores RGBA e HSLA, e uma versão atualizada do Opera Dragonfly (ferramentas para desenvolvimento web). O Opera Turbo é um novo recurso destaque desta versão. O lançamento oficial do Opera 10 ocorreu em 1 de setembro de 2009, ganhando atenção com 2 milhões de downloads. Uma semana depois, 10 milhões de downloads foram alcançados. As versões 10.5x (codinome Evenes) também vieram com um novo motor JavaScript, o Carakan, e uma nova biblioteca de gráficos backend, chamada de Vega, que aumentou sua velocidade consideravelmente. Então a versão 10.60, que a Opera Software diz ser 50% mas rápida que a 10.50, trouxe novos recursos como Geolocalização, suporte ao WebM, proteção antimalware da AVG, melhorias no Speed Dial, etc. Versão 11O Opera 11 (Kjevik) foi lançado em 16 de dezembro de 2010 como novos recursos incluindo extensões, empilhamento de guias, gestos visuais do mouse e melhorias de segurança ao campo de endereços. Além disso, a lista do bloqueador de conteúdo agora pode ser sincronizada através do Opera Link.[54] Ele também passa o teste Acid3 a partir de 22 de janeiro de 2011. Compatibilidade das versões
Ver tambémReferências
Ligações externasInformation related to História do navegador Opera |