Ilha de Mosqueiro
A Ilha de Mosqueiro é um distrito administrativo do município brasileiro de Belém (estado do Pará) e uma das 42 ilhas que integram a região insular (de 329,9361 km²) de Belém, sendo a segunda maior ilha da região, com uma área 211,7923 km².[1] Possui 17 km de praias de água doce com movimento de maré. É uma ilha fluvial localizada na costa oriental da baía do Marajó, circundada ao norte pela praia da Baía da Sol, ao leste pelo Furo das Marinhas e ao sul pela Baía de Santo Antônio, ficando a uma distância de 32 km ao norte da cidade (em linha reta)[1] e a 75 km de distância, por estrada, do centro de Belém.[2] EtimologiaO termo "Mosqueiro" é uma corruptela originado da antiga prática do "moqueio" (moka'e) do peixe pelos indígenas tupinambás que habitavam a ilha.[3][4] Tal fato é corroborado pela Grande Enciclopédia da Amazônia, que narra:
HistóriaOcupaçãoEm Mosqueiro, os colonizadores se estabelecem nos terrenos altos, os "caris” na língua indígena, próximo da enseada, onde dispunham de segurança para suas embarcações. Quando chegaram à ilha, os portugueses já encontraram os índios Tupinambás (os “filhos de Tupã”), que fugiram do Nordeste após as invasões estrangeiras no litoral brasileiro. Bastante evoluídos para a época, esses indígenas sabiam falar a língua geral, o Nheengatu, devido ao contato mantido com os europeus. Ma foi a partir do ciclo da borracha que a vila entrou num processo de grandes mudanças. Junto com Belém, Mosqueiro passou a conviver com a riqueza e o luxo e a usufruir as benesses trazidas pelo acelerado desenvolvimento registrado na capital. Chegaram os ingleses da Pará Electric Railways Company, responsáveis pela instalação de energia elétrica e de meios de transportes interno. Vieram também alemães, franceses e norte-americanos, funcionários de companhias estrangeiras, como a Port of Pará e a Amazon River. A valorização da ilha, balneário distante 70 quilômetros do centro de Belém por rodovia, teve início no final do século XIX e está ligada ao ciclo da borracha. Foram os estrangeiros — atraídos pelo boom da economia da capital — os primeiros a valorizar a Mosqueiro como local de veraneio. Eles construíram os casarões que ainda hoje podem ser vistos em torno da orla das praias do Farol, Chapéu Virado, Porto Arthur e Murubira. Os “barões da borracha” encamparam a descoberta. Começava assim o processo de ocupação da ilha, pois o rio era então o único meio de acesso dessa incipiente ocupação. A expansão vigorosa do processo ocorreria somente em 1968 com a inauguração da estrada, interligada por balsa. Foi um marco para a aceleração da especulação imobiliária, que se expandiu em direção às praias do Ariramba e São Francisco. A partir de 1976, a ocupação voltou a se intensificar com a construção da ponte Sebastião Oliveira. No início dos anos 80 os velejadores descobriram as potencialidades da ilha para a prática de windsurf e vela. Por mais de vinte anos, Mosqueiro foi lugar obrigatório para iatistas paraenses, bem como nomes conhecidos como os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt. Por isso, um pequeno grupo de velejadores, junto com amantes do kitesurf, ainda tenta manter acesa a "vela" no Mosqueiro, prática que tanto embeleza e dá vida nos dias quentes da ilha. Construção da ponteCom seus 1.457,35 metros, a ponte Sebastião R. de Oliveira é a principal via de acesso ao distrito. A obra encurtou a distância de Mosqueiro com o centro da capital, deixando-a muito mais acessível à população e atraindo um número cada vez maior de visitantes. Antes da construção da ponte, que ocorreu no dia doze de janeiro de 1976, o deslocamento até a ilha era realizado somente por navios. Esse tipo de transporte garantiu a travessia para o outro lado do continente, por quase meio século. Com a conclusão da ponte, Mosqueiro ganhou ares de cidade grande, belas mansões e prédios. Lendas da ilha de MosqueiroPontos turísticosPraiasA Ilha do Mosqueiro oferece diversas praias, entre elas destacam-se: Praia do Farol, Praia do Bispo, Praia Grande, Praia Marahú, Praia do Paraíso e a Praia do Chapéu Virado.
Construções
Igrejas centenárias
EsportesA ilha de Mosqueiro possui uma equipe profissional de futebol: o Pedreira Esporte Clube, que disputa a Segunda divisão do Campeonato Paraense.[6] A equipe, apelidada de “Gigante da Ilha”, foi fundada em 7 de setembro de 1925, e seu melhor resultado foi em 1995, quando alcançou o quinto lugar. Notas
Referências
Ligações externas |