KitesurfKitesurf, kiteboarding, originalmente flysurfing,[1] é um desporto aquático que utiliza uma pipa (comumente chamada pelos praticantes de kite) e uma prancha com ou sem alças (uma estrutura de suporte para os pés). A pessoa, com a pipa presa à cintura através de um dispositivo chamado trapézio, coloca-se em cima da prancha, comanda o kite com a barra, e sobre a água, é impulsionada pelo vento que atinge pipa. Ao controlá-lo, através de uma barra, consegue se deslocar ( orçar ou arribar) escolhendo um trajeto, pegando ondas ou realizando saltos. Este esporte, relativamente recente, encontra-se num momento de grande popularidade e em crescente prática no Brasil, e no mundo. O kitesurfista usa vários equipamentos, primeiro conecta a sua cintura um "trapézio", é um cinturão que possuiu um gancho feito de aço, depois conecta a "barra" ao trapézio, através do "chicken loop" ( uma alça com um grampo, a qual faz parte da barra e que se liga ao kite por meio de linhas (4 ou 5 conforme o modelo do kite). Conforme o modelo, a barra possui normalmente, 02 linhas externas e 02 internas, as primeiras são conectadas ao bordo de fuga e as outras ao de ataque. Na foto ao lado, vê-se perfeitamente a prancha, o chicken loop, a barra e as linhas, a foto não permite distinguir o trapézio, que está na cintura do atleta. O kitesurf foi inventado em 1985 por dois irmãos franceses: Bruno e Dominique Legaignoux mas apenas atingiu alguma popularidade em meados da década de 1990. O nome resulta da junção de duas palavras inglesas: "Kite", que significa pipa (papagaio em Portugal e pandorga, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no conjunto de Ilhas dos Açores, de Portugal e nas províncias de Cádiz - onde na cidade de Chipiona existe inclusive um concurso de "pandorgas", e Huelva na Andaluzia, na Espanha) e "Surf", do verbo inglês "to surf", que significa "navegar". Tipos de equipamentoKites InsufláveisSão os mais utilizados. Possuem apenas uma superfície de tecido, talas infláveis (insufláveis) que lhes mantém o perfil aerodinâmico estável, e um inflável principal que mantém o formato em arco, tornando-os insubmersíveis e fáceis de redecolar. Têm boa capacidade de orça. São bastante estáveis e possuem muita potência para saltar e manter o tempo de voo (hangtime). Permitem que sejam usados em amplas faixas de vento (windrange). Existem modelos de 4 e 5 linhas. Podem ficar longos períodos na água continuando aptos a redecolar. As talas infláveis são frágeis, podendo furar ou estourar se não usados adequadamente. Os kites infláveis são hoje sub-classificados em: Kites "C" - possuem a forma clássica de um "C" e estão no mercado desde 2001. Embora tenham uma faixa de aceleração e desaceleração menor que a dos novos shapes desenvolvidos a partir de 2005, ainda são os preferidos dos atletas na competições. Kites "flat" ou "bow" - possuem uma forma mais parecida com uma unha, ou seja, mais achatada. Basculam mais que os clássicos "C" e com isso são capazes de ampliar/diminuir sua área vélica em proporções maiores, aumentando ou reduzindo a potência mais facilmente. Foram introduzidos no mercado em 2005 e desde então têm conquistado um grande número de adeptos, principalmente no nível básico e intermediário de habilidades. Já existem no mercado kites com forma híbrida entre o "C" e o "flat", que buscam obter o melhor de ambos. O kite "bow" é mais fácil de redecolar ao cair na água, alguns redecolam sem necessidade de intervenção do atleta. Kites tipo FoilsAssemelham-se a um parapente. Possuem duas camadas de tecido (superfície superior e inferior) e é dividido por várias células, que se enchem de ar (pelo vento, através de válvulas frontais) e formam seu perfil. Possuem um complexo sistema de cabresto. Têm boa tração. Alguns modelos são montados rapidamente. Geralmente são mais resistentes a impactos, mas também podem estourar, rasgando o tecido. São facilmente redecoláveis. Porém, se ficam alguns minutos na água, enchem de água e dificilmente redecolam. As muitas linhas do cabresto podem se enrolar, principalmente em mãos inexperientes. Dependendo do modelo demoram muito tempo para desinflar e guardar. Se for mal regulado ou ocorrer uma pequena desregulação no cabresto, o kite perde o perfil e o voo fica horrível. Kites tipo Arch (híbridos)São um híbrido entre os infláveis e os foils. Têm duas camadas de tecido, semelhante ao foil e não possuem infláveis. Usam o sistema de perfil de dupla superfície junto com o formato frontal em arco, eliminando a necessidade das mil linhas do cabresto. São estáveis, menos frágeis e não têm cabresto. Entretanto, se enche de água se ficar alguns minutos na água. Não é tão fácil de redecolar como os foils. Têm mais facilidade de redecolar ao contrário (lado de baixo para cima). Não têm a manobrabilidade e velocidade dos infláveis para explosão de saltos e voo. Kites tipo FramedEm conceito, são semelhantes às pipas de brinquedo, pois possuem apenas uma camada de tecido e armação em fibra (geralmente de carbono). São baratas e tracionam bem, mas menos que um foil. Não são redecoláveis, podendo até afundar. As armações podem se quebrar ou gerar graves lesões com o impacto de quedas. Descrição das partes do Kite
Tipos de Pranchas
Descrição das partes da prancha
redondas/afiadas.
Encaixes para os pés
Uso do leashApesar de muitos aderirem o uso do leash (cordinha) é muito perigoso porque quando você é puxado pelo kite e a prancha trava na água, ele funciona como um estilingue trazendo-a em sua direção com muita força. O leash pode também enrolar no pescoço ou pernas durante uma queda. Diversos acidentes já aconteceram, resultando em cortes na cabeça, pancada na nuca, podendo deixar o praticante desacordado na água, o que é extremamente perigoso. Recorde mundial de maior viagem de kitesurfEm julho de 2015 o português Francisco Lufinha bateu o recorde mundial de maior viagem de kitesurf sem paragens, navegando 874 quilómetros em 47h37min.[2] Ver Também
Referências
https://www.redbull.com/br-pt/melhores-lugares-brasil-para-kitesurf Ligações externasInformation related to Kitesurf |