Jake Angeli
Jake Angeli, pseudônimo de Jacob Anthony Angeli Chansley (Fênix (Arizona), c. 1988,[1] também conhecido como "Xamã Qanon ", "Xamã Q" e "Lobo de Yellowstone",[2] é um dublador, veterano da Marinha dos EUA[3], teórico da conspiração americano e ativista de extrema-direita que esteve no assalto ao Capitólio dos Estados Unidos em 2021. Apoiador do presidente dos Estados Unidos Donald Trump e um defensor do QAnon,[4] uma teoria da conspiração que diz que Trump está lutando contra uma conspiração de pedófilos democratas adoradores de Satanás.[5] Foi tratado pela promotoria federal como portador de distúrbios mentais e uso abusivo de drogas.[6] Depois de ser fotografado participando da invasão do Capitólio, Angeli foi preso em 9 de janeiro sob a acusação federal de "entrar ou permanecer conscientemente em qualquer edifício ou terreno restrito sem autoridade legal, e com entrada violenta e conduta desordeira em terrenos do Capitólio".[7][8][9] Ele se declarou culpado de uma única acusação em 3 de setembro de 2021 e em novembro foi declarado culpado e sentenciado a 41 meses de prisão.[10] Em novembro de 2023, ele se candidatou para cargo congressista na Câmara dos Representantes por Arizona pelo Partido Libertário.[3] Invasão ao Congresso e prisãoAngeli foi preso em Fênix no dia 9 de janeiro de 2021 assim que retornou de Washington, D.C. e se apresentou à sede local do FBI; acusado inicialmente de invasão a prédio federal, conduta violenta e conduta desordeira por sua participação na invasão ao Capitólio. Na prisão Angeli ficou sem se alimentar pois, segundo a defesa e sua mãe, Martha Chansley, que o considera um "patriota", ele come apenas alimentos orgânicos; a juíza federal do caso, Deborah Fine, atendeu ao pedido da defesa.[11] Numa avaliação posterior os promotores que analisam o episódio declararam que iriam adicionar aos delitos já configurados também a de que pessoas como Chansley pretendiam "capturar e assassinar funcionários eleitos", baseados em suas declarações. Foi adicionada uma ameaça direta feita por ele ao vice-presidente Mike Pence que dizia: "é apenas uma questão de tempo, a justiça está chegando", bem como agravada por ações que "envolvem participação ativa em uma insurreição na tentativa de derrubar violentamente o governo dos Estados Unidos".[6] Após a repercussão de sua imagem na invasão criminosa da sede do legislativo estadunidense, partidários de Trump e conservadores divulgaram o boato de que ele faria parte do grupo fictício Antifa ou do movimento pelos direitos civis Black Lives Matter (BLM), e que agira infiltrado no dia 6 de janeiro como agente provocador.[12] Respondendo ao advogado da campanha de Donald Trump Lin Wood naquele mesmo dia, Angeli escrevera-lhe sobre sua real orientação política: "Sr. Wood. Eu não sou antifa ou BLM. Eu sou Qanon & soldado digital. Meu nome é Jake & eu marchei com a polícia & lutei contra BLM & ANTIFA (em) Fênix".[13][nota 1] Afirmações e crençasAngeli tem afirmado sua crença de que televisão e rádio emitem "frequências muito específicas e que são inaudíveis" e que "afetam as ondas cerebrais de sua mente". Ele ainda diz acreditar na conspiração de Bilderberg e que maçons construíram a capital dos Estados Unidos segundo parâmetros ("ley lines") para amplificar o campo magnético da Terra. A respeito da invasão do Capitólio ele declarou: "O que fizemos em 6 de janeiro, de muitas maneiras, foi uma evolução na consciência, porque conforme marchamos pela rua ao longo dessas linhas ley gritando 'EUA' ou gritando coisas como 'liberdade'... estávamos realmente afetando o reino quântico".[14][nota 2] A acusação em seu processo criminal declarou que Angeli acredita que é um ser superior, alienígena, e que está destinado a ascender para outra realidade.[6] Notas
Referências
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