Leon Cakoff
Leon Cakoff, pseudônimo de Leon Chadarevian (Alepo, 25 de junho de 1948 – São Paulo, 14 de outubro de 2011), foi um crítico de cinema, de origem armênia naturalizado brasileiro. Era casado com a cineasta Renata de Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo desde a 13ª edição do evento, em 1989. BiografiaSe mudou para o Brasil com sua família quando tinha oito anos. Começou a atuar como crítico de cinema em 1969, aos 19 anos, escrevendo para os jornais Diário da Noite e Diário de São Paulo, dos Diários Associados. Adotou o pseudônimo de "Leon Cakoff" depois de ter um artigo de jornal censurado pelo próprio veículo, durante a regime militar. Cakoff foi também articulista da Folha de S.Paulo, entre 1996 e 2000, ano em que se tornou colaborador do jornal Valor Econômico. Desde agosto de 2011 era colunista da Folha.com. Formou-se pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em 1972. A partir de 1974 dirigiu o Departamento de Cinema do Museu de Arte de São Paulo (Masp) fez as programações cinematográficas do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em 1977 criou a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo para comemorar os 30 anos do MASP. Desde então, a mostra vem sendo reeditada todos os anos - desde 1984, independente do museu. Em 2010, a 34ª Mostra atingiu mais de meio milhão de espectadores. Desde a primeira edição, Leon travou uma luta ferrenha contra a censura imposta pelo regime militar, trazendo filmes até por meio de malas diplomáticas. Foi assim que a Mostra exibiu filmes inéditos vindos da China, Cuba, União Soviética e dos mais distantes países. Frequentador do circuito dos grandes festivais mundiais, tornou-se amigo de cineastas como Quentin Tarantino e Dennis Hopper.[1] Em 2000, formou a distribuidora Mais Filmes, especializada em filmes de autor, junto com Adhemar Oliveira, Patrícia Durães e Renata de Almeida. Ainda com Adhemar, em 2001, tornou-se sócio do Unibanco Arteplex, primeiro cinema do Brasil a usar o conceito de multiplex para incluir filmes de arte da programação. Nos últimos anos, mantinha, com Renata de Almeida, a distribuidora Filmes da Mostra, que lança filmes em cinema e coleções em DVD.[2] Na televisão, em parceria com a Fundação Padre Anchieta, conduziu o projeto Mostra Internacional de Cinema na Cultura, trazendo diferentes convidados e projetando cenas do filme que seria exibido a seguir. O último projeto de Leon Cakoff foi o longa Mundo Invisível, com episódios de cineastas como Wim Wenders e Atom Egoyan, que filmou a volta de Cakoff à Armênia, terra de seus pais.[3] Leon Cakoff faleceu no dia 14 de outubro de 2011, em decorrência de um melanoma.[4] Em outubro de 2020, como forma de homenagem, a sala número 2 do Petra Belas Artes foi renomeada com seu nome.[5] Vida pessoalLeon teve dois filhos, Jonas de Almeida Chadarevian e Tiago de Almeida Chadarevian, além de Pedro Caldas Chadarevian e Laura Caldas Chadarevian, filhos do primeiro casamento, com Vera Lúcia Dias Caldas.[6][7] Filmes
Livros
Referências
Ligações externas
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