Luedji Luna
Luedji Gomes Santa Rita, mais conhecida como Luedji Luna (Salvador, 25 de maio de 1987) é uma cantora e compositora brasileira.[1] BiografiaNascida no Cabula e criada em Brotas, bairros de Salvador, filha de Orlando e Adelaide, um historiador e uma economista, ambos funcionários públicos e militantes do movimento negro de Salvador, Luedji cresceu sabendo sobre luta, política e revolução, mas demorou até encontrar seu espaço no mundo. A música sempre esteve presente em sua vida, visto que seu pai é músico, e foi um dos integrantes do grupo musical Raciocínio Lento, também formado por diversos músicos e compositores de Salvador.[2] Em entrevistas, revelou que sofria racismo na infância, em sua escola, por parte dos colegas, e que isto a afetou profundamente, podendo transformar esta dor em arte. Luedji começou a compor suas canções aos 17 anos, onde já cantava informalmente em bares da sua cidade natal. No ano de 2007 foi aprovada no vestibular e ingressou no curso de Direito, da Universidade do Estado da Bahia. Apesar disto, optou por não exercer a profissão para dedicar-se exclusivamente a música. Em 2011 começou a estudar canto popular na Escola Baiana de Canto Popular.[2] Em 2012 participou da oficina "AlimaCanta", de Canto Essencial, ministrada por professores argentinos. Também em 2012, na cidade de Salvador, passou a fazer parte do Bando Cumatê, um projeto cultural coletivo que trabalha com pesquisa, difusão e fomentação de manifestações artísticas tradicionais da cultura brasileira.[2] Em 2015 mudou-se para São Paulo.[3] Suas músicas retratam o preconceito racial, feminismo, empoderamento feminino, especialmente da mulher negra, retratando a cultura afro-brasileira em suas vestimentas, demonstrando em suas letras a africanidade do brasileiro, cantando sobre religiões de matriz africana, ervas e costumes brasileiros oriundo da cultura africana. Suas canções mesclam ritmos afro-brasileiros, R&B, jazz e blues, além da MPB.[2] CarreiraA partir do ano de 2011 apresentou-se em recitais nos principais palcos de Salvador, atuando também como cantora da noite nos bares, principalmente em Rio Vermelho, bairro boêmio da cidade. No ano de 2013 tornou-se a vencedora da etapa regional do "Festival da Canção Francesa", realizado na Aliança Francesa. No mesmo ano, cantou no espetáculo "Ponto Negro em Tela Branca", da diretora Kléia Maquenda.[2] Neste mesmo ano de 2013, foi uma das fundadoras do coletivo de compositoras M.O.V.A, da cidade de Salvador. No ano seguinte, em 2014, lançou o single "Dentro ali", com as faixas autorais "Asas", "Eu rio" (ou águas de Júnia) e "Às cegas", esta última em parceria com Emillie Lapa, além da faixa-título "Dentro ali". Em 2015 finalizou o CD "UnsZansoutros", projeto junto a compositores baianos da nova geração. O grupo foi um dos participantes do evento "Tributo aos Novos Baianos", realizado pelo site Jardim Elétrico, em São Paulo, reunindo artistas variados, tais como Cícero, A Banda Mais Bonita da Cidade, Diogo Poças e Thamires Thanouss, além do coletivo Uns Zanzoutros, representante baiano no tributo.[2] Ainda em 2015, apresentou-se em São Paulo e no Rio de Janeiro, acompanhada pela violonista e cantora Emillie Lapa. Também no Rio de Janeiro, abriu o show da cantora Teka Balluthy e Convidadas (Késia Estácio e Juliana Diniz), no projeto "Foco MPB". Montou o espetáculo intitulado "Fiz uma canção para o vento", com o qual percorreu diversos lugares de Salvador, destacando-se o Teatro XVIII.[2] Com produção de Sebastian Notini, em 2017, lançou o seu primeiro álbum "Um Corpo no Mundo" trabalho predominantemente autoral, pela gravadora YBmusic.[4][5] A faixa Iodo+Now Frágil foi escrita por tatiana nascimento.[6][7] Em 2018 foi lançado no Japão e em 2019, na Europa, pelo selo Sterns Music.[4] Concomitante ao lançamento Europeu, realizou sua primeira turnê internacional.[3][5] A apresentação do álbum em Portugal deu-se em Julho de 2019, com espectáculos em Lisboa, na Casa da Música, no Porto, na Madeira e Sines, no Festival de Músicas do Mundo.[4][8] Em 2020 lançou seu segundo álbum de estúdio e também álbum visual, "Bom mesmo é estar debaixo d'água", contendo 14 faixas, incluindo a de mesmo nome. Além disso, obteve uma grande recepção a nível nacional e internacional, tendo sido gravado no Brasil e em países da África, como o Quênia. Na edição de 2020 da premiação WME Awards, Luedji foi indicada em 4 categorias, levando o prêmio de "Melhor álbum do ano". Foi uma das atrações musicais da cerimônia de entrega do Prêmio Sim à Igualdade Racial 2023, ao lado de BK', MC Soffia, Linn da Quebrada, Kaê Guajajara e Liniker.[9] DiscografiaÁlbuns de estúdio
Extended plays (EPs)
Filmografia
Prêmios e indicaçõesEm 2021, seu álbum Bom Mesmo É Estar Debaixo D'Água foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.[10] Referências
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