Olavo Setúbal
Olavo Egydio Setúbal[1] (São Paulo, 16 de abril de 1923 — São Paulo, 27 de agosto de 2008)[2] foi um engenheiro, industrial, banqueiro, e político brasileiro. Foi prefeito da capital paulista, indicado pelo governador Paulo Egídio Martins. Filho do advogado, político, poeta e escritor Paulo Setúbal e de Francisca Egídio de Sousa Aranha, era neto do deputado federal e vice-presidente da província de São Paulo Olavo Egídio de Sousa Aranha,[3] era trineto da viscondessa de Campinas, do visconde de Indaiatuba e do barão de Sousa Queirós, sobrinho-neto de Osvaldo Aranha, sobrinho-bisneto do marquês de Três Rios, da baronesa de Itapura e da baronesa de Anhumas, sobrinho-trineto do visconde de Vergueiro, do barão de Limeira e da marquesa de Valença, e tetraneto do senador Vergueiro, um dos mais influentes políticos do Império do Brasil. Carreira empresarialFormado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, começou sua carreira empresarial ao fundar a Deca, uma indústria especializada em louças sanitárias. Depois foi responsável pelo crescimento e expansão do Banco Itaú, do qual era um dos maiores acionistas e presidente do conselho, além de presidente executivo da holding do grupo, a Itaúsa. PolíticaEntre 1975 e 1979, indicado pelo governador Paulo Egídio Martins, ocupou a prefeitura da cidade de São Paulo, ocasião na qual concluiu inúmeras obras, entre elas a abertura das avenidas Sumaré e Juscelino Kubitschek e a reforma da Praça da Sé, dando-lhe o atual formato. Buscou requalificar o centro de São Paulo com a implementação dos calçadões no centro velho e centro novo, além da desapropriação e restauração do Edifício Martinelli, onde até hoje estão instaladas algumas Secretarias Municipais. Também criou a Empresa Municipal de Urbanização (EMURB). Apesar do apoio de Paulo Egydio e da significativa aprovação popular à sua administração, não conseguiu a indicação da ARENA para o governo do Estado em 1978, o que o levou a se desfiliar do partido. Com a reforma pluripartidária de 1980, fundou, ao lado de Tancredo Neves, o Partido Popular, reunindo setores moderados egressos da ARENA e do MDB. O partido, entretanto, teve vida curta, sendo logo incorporado pelo PMDB. Em 1985, foi um dos principais financiadores da vitoriosa campanha de Jânio Quadros à prefeitura de São Paulo. Filiou-se ao PFL tentando ser indicado pela sigla para a corrida ao governo estadual em 1986, o que o levou até a se descompatibilizar do Ministério das Relações Exteriores. Entretanto, a falta de um acordo político, atribuída a José Maria Marin, Reynaldo de Barros e Nabi Abi Chedid (malufistas abrigados no PFL), fez com que o partido abdicasse de um nome próprio para a disputa, apoiando Paulo Maluf. Com isso, Olavo Setúbal apoiou a candidatura derrotada do empresário Antônio Ermírio de Moraes (PTB). Entre março de 1985 e fevereiro de 1986, durante o governo Sarney, foi ministro das Relações Exteriores.[4] Havia sido indicado por Tancredo Neves. ControvérsiasOlavo foi mencionado no âmbito da delação premiada do ex-deputado Pedro Corrêa, por ter intermediado propina por meio de um doleiro a deputados para a reeleição do Fernando Henrique Cardoso (PSDB).[5][6] Segundo a citação, em 1997, Olavo Setúbal distribuiu até 200 mil reais para cada deputado que aprovasse a medida no plenário da Câmara dos Deputados.[5] Vida pessoalOlavo Setúbal era filho do escritor e poeta Paulo Setubal e de Francisca de Souza Aranha Setubal. Paulo morreu quando Olavo tinha 14 anos, e o rapaz contou com as orientações e cuidados de seu tio, Alfredo Egydio de Souza Aranha. [1] Olavo se casou em 1946 com Mathilde Lacerda de Azevedo (Tide Setúbal) (São Paulo, 1925–1977). Enviuvando, se casou em 1979 com Daisy Salles (São Paulo, 1928 - 2010). Deixou os os filhos Paulo, Maria Alice (Neca), Olavo Júnior, Roberto, José Luiz, Alfredo e Ricardo, noras e 19 netos.[carece de fontes] MorteSetúbal morreu em 27 de agosto de 2008, vítima de insuficiência cardíaca, após ser internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.[7][8] Ver tambémReferências
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