Têm sido encontrados vários exemplos de pinturas rupestres em superfícies rochosas ao ar livre em locais como Hästskotjärn (Jämtland), Fångsjön (Jämtland) e Ruvallen (Härjedalen). A maior parte dos achados estão localizados na região da Norlândia no norte do país, estando datados para ca. 4 000-2 000 a.C. Fora desta área também há registar Bärfendal na província histórica da Bohuslän, datada para 6 000 a.C. e Torslanda, na proximidade da cidade de Gotemburgo. Os autores destas pinturas usavam vermelho-ocre nas suas representações de animais selvagens e silhuetas humanas.[2]
Alce, rena, urso e figuras humanas Ruvallen (Härjedalen)
Lago Åbodsjön com pedregulho contendo pintura rupestre (Ångermanland)
Pintura medieval
Em termos históricos, a Idade Média na Suécia vai do ano 1050 ao ano 1520, altura em que Gustavo Vasa sob ao trono do país.
É uma época de intensa cristianização, refletida numa arte ligada às igrejas, onde a pintura tem uma certa importância. A maioria da população vivia no campo em casas de madeira não-pintadas.
[3][4]
Românico
Entre 1050 e 1250, domina o estilo românico entre os pintores suecos. Uma grande parte das obras de pintura desapareceu, embora tenham sobrevivido algumas peças murais, frequentemente ”al secco”.
A Igreja de Santa Maria de Vä (Sankta Mariakyrkan i Vä) na Escânia contém pinturas murais com alguma influência bizantina.
[5]
Santa Brígida e o papa Urbano V na Igreja de Tensta na Uplândia (século XV, Johannes Rosenrod)
Gustavo Vasa e o Renascimento
Com a chegada do Renascimento à Suécia, o rei e a nobreza começam a fazer decorar os seus palácios e casas. Mestres estrangeiros, sobretudo da Holanda e da Alemanha, foram chamados para executar pinturas e ensinar as suas técnicas e estilos.
[7]
Retrato de Margareta Eriksdotter Vasa, irmã de Gustavo Vasa (1528, autor desconhecido)
Retrato de Gustav Vasa, exposto no Castelo de Gripsholm (1558, autor desconhecido)
Barroco
O século XVII começou com muitas guerras. A Suécia ocupou a cena militar e política como uma grande potência no Norte da Europa. A arquitetura e a escultura foram objeto de interesse e recursos, mas não a pintura. A meio do século o país entrou finalmente num período de paz. A rainha Cristina e os grandes senhores como Magnus Gabriel De la Gardie dedicaram-se então a embelezar os seus palácios. Artistas estrangeiros foram chamados para essa tarefa. O estilo que veio a dominar a época foi o barroco, com os seus fortes tons teatrais e o seu apelo aos fortes sententimentos. O pintor David Klöcker Ehrenstrahl, de origem alemã, trouxe a estética europeia continental para a Suécia. Durante 40 anos, foi pintor da corte, servindo a rainha Hedviga Eleonora e o seu filho o rei Carlos XI.
[8]
O Castelo das Três Coroas (1661, Govert Camphuysen)
Rococó e Neoclassicismo
O século XVIII começa com os tempos de guerra e da austeridade artística do reinado de Carlos XII. Com a sua morte, e a ascensão ao poder da rainha Ulrica Leonor, a Suécia volta à construção e decoração de palácios. Vários artistas franceses, com destaque para Guillaume Taraval, são chamados ao país, onde introduzem o estilo rococó, com as suas cores suaves e motivos graciosos. Na década de 1760, novos ventos, também vindos de França, trazem o estilo neoclássico, com as suas formas harmoniosas e de lirismo da natureza. Depois da viagem de Gustavo III a Itália, o neoclassicismo sueco assume a forma do estilo gustaviano – o expoente máximo da criação artística, na história da Suécia. Ao mesmo tempo, começa a sentir-se na pintura uma aragem romântica vinda da Inglaterra.
[9]
No século XIX entra em cena uma burguesia sustentada na forte industrialização do país. As encomendas de obras de artes deslizam da igreja e casa real para as novas famílias endinheiradas. Os artistas lutam pela sua sobrevivência e eventual sucesso. Os motivos agora procurados abrangem não só os retratos de pessoas importantes mas também as paisagens e as cenas da vida popular. A perspetiva romântica domina na primeira parte do século, transitando sucessivamente para uma abordagem realista. Ao regressarem de França, muitos pintores suecos procuram o ar livre e descobrem a luminosidade nórdica. O realismo das suas obras desemboca cada vez mais num simbolismo e numa atmosfera de crepúsculo.
[10]
Midsommardans i Rättvik (Dança de verão em Rättvik) (1852, Kilian Zoll)
Riddaren och Jungfrun (O cavaleiro e a virgem) (1898, Richard Bergh)
Romantismo Nacional, Modernismo e Expressionismo
O século XX é o século dos ismos. Estilos e correntes artísticas diversas coexistem, chegam e passam. O romantismo nacional do século anterior marca o início deste século, sendo sucessivamente substituído pelo modernismo. A influência francesa é dominante, mas agora entram em cena fontes de inspiração vindas da Alemanha e da Holanda. Na segunda metade do século, é a vez de Nova Iorque adquirir um protagonismo materializado no expressionismo abstrato.[11]
↑Fridell Anter, Karin; Henrik Wannfors (1989). Så målade man. Svenskt byggnadsmåleri från senmedeltid till nutid (em sueco). Solna: Svensk byggtjänst. 336 páginas. ISBN91-7332-464-7A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
↑Holkers, Märta (2001). «Medeltiden». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 8-27. 278 páginas. ISBN91-0-056874-0
↑Fridell Anter, Karin; Henrik Wannfors (1989). «1400-talet». Så målade man. Svenskt byggnadsmåleri från senmedeltid till nutid (em sueco). Solna: Svensk byggtjänst. p. 25-44. 336 páginas. ISBN91-7332-464-7A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
↑Holkers, Märta (2001). «Medeltiden». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 8-15. 278 páginas. ISBN91-0-056874-0
↑Holkers, Märta (2001). «Medeltiden». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 16-27. 278 páginas. ISBN91-0-056874-0
↑Holkers, Märta (2001). «Renässansen gör sitt intåg – 1500-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 29-43. 278 páginas. ISBN91-0-056874-0
↑Holkers, Märta (2001). «Den dramatiska barocken – 1600-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 44-71. 278 páginas. ISBN91-0-056874-0
↑Holkers, Märta (2001). «Från senbarocken till romantik – 1700-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 72-125. 278 páginas. ISBN91-0-056874-0
↑Holkers, Märta (2001). «Ett nationellt måleri föds – 1800-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 126-213. 278 páginas. ISBN91-0-056874-0
↑Holkers, Märta (2001). «De många ismernas sekel – 1900-talet». Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 214-267. 278 páginas. ISBN91-0-056874-0
Holkers, Märta (2001). Den svenska målarkonstens historia (em sueco). Estocolmo: Bonnier. 278 páginas. ISBN91-0-056874-0
Fridell Anter, Karin; Henrik Wannfors (1989). Så målade man. Svenskt byggnadsmåleri från senmedeltid till nutid (em sueco). Solna: Svensk byggtjänst. 336 páginas. ISBN91-7332-464-7A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)