PrescritivismoNa linguística, prescritivismo[1] ou normativismo[2] é um conceito que descreve a imposição de normas arbitrárias à língua, frequentemente contrárias ao uso corrente desta.[3] Toda língua apresenta uma variação social e regional considerável. Os defensores do prescritivismo entendem que se muitas pessoas querem usar uma língua para um número diferente de finalidades, então é conveniente e mesmo necessário que haja uma norma linguística consensual – uma língua padrão – conhecida e usada por todos ou, pelo menos, por todos os falantes cultos. De outro modo, entendem ainda que, se as demais pessoas insistirem em usar suas próprias variedades, haverá confusão e incompreensão. Mas, como as línguas estão em contínua mudança, sempre existirão dúvidas e discordâncias quanto às formas e usos que devem ser reconhecidos como fazendo parte da língua-padrão. O prescritivismo consiste em tentativas, de professores e escritores, de resolver as discordâncias insistindo no emprego das formas e usos que eles preferem pessoalmente, e condenando outros de que eles pessoalmente não gostam. Naturalmente, algum grau de prescritivismo é necessário, particularmente no ensino: as pessoas que usam de maneira natural formas que não são reconhecidas como formas padrão pela comunidade precisam aprender a usar a norma, pelo menos nas circunstâncias que o exigem, ou então serão seriamente prejudicadas. O problema é que muitos prescritivistas se excedem, tentando condenar usos que são de fato perfeitamente normais mesmo para falantes cultos, e insistindo em usos que foram correntes há muitas gerações, mas que hoje, efetivamente, estão mortos, ou nunca foram normais para ninguém.[1] Ver tambémReferências
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