Relações entre Espanha e México
Comparações entre os países
HistóriaConquistaA partir de 1518, o explorador espanhol Hernán Cortés liderou uma expedição ao que hoje é o território mexicano, fundando cidades como Veracruz ao longo de seu trajeto. Tenochtitlán, então capital do Império Asteca, foi conquistada pelos espanhóis e tlaxcaltecas em 1521.[1] A cidade foi reconstruída sucessivamente para apresentar Cidade do México como capital do novo Vice-Reino da Nova Espanha. O vice-reino possuía uma hierarquia social baseada em raça, com os crioulos no topo e com maiores direitos civis, até que as "Leis das Índias" foram estabelecidas em todo o território americano do Império Espanhol. Da mesma forma, foram reconhecidos os direitos da nobreza asteca, que viveu e co-governou com os espanhóis durante o vice-reino.[2] Independência do MéxicoO fim do século XVIII e início do século XIX testemunhou a ascensão do sentimento de resolução política e social entre os colonos mexicanos em meio ao grande movimento de independência vivenciado por todas as colônias europeias na América. Após a ocupação do México pelas tropas francesas de Napoleão Bonaparte em 1808, o discurso separatista mexicano ganhou força diante da imagem propagada de um Reino de Espanha enfraquecido. Em 1810, o padre Miguel Hidalgo preferiu o notório "Grito de Dolores" e sua subsequente execução por tropas espanholas deflagraram o movimento de independência mexicana. Após mais de uma década de intenso conflito armado, a Espanha reconheceu a independência do México através do Tratado de Córdoba de 1821, dando início ao Primeiro Império Mexicano. Pós-independênciaEspanha e México formalizaram suas relações bilaterais em 26 de dezembro de 1836, quinze anos após a declaração de independência mexicana. Durante as primeiras décadas, as relações entre os países foram tensas devido à não aceitação da independência mexicana por camadas da política espanhola e pelas eventuais tentativas de "Reconquista" do território mexicano. Na primeira década seguinte à independência, a Espanha se recusou a reconhecer a vitória mexicana na Guerra da Independência, o que foi visto como uma potencial ameaça de novos conflitos pelo governo de Guadalupe Victoria. A Coroa espanhola, de fato, buscou retomar o controle do México nas batalhas de Mariel e Tampico em 1828 e 1829, respectivamente. Nesta última, a Espanha sofreu severas derrotas e acabou por reconhecer a independência mexicana através do Tratado de Santa María–Calatrava em 29 de dezembro de 1836. Em 1862, num ponto alto de tensão diplomática, o general Juan Prim comandou um exército expedicionário ao México quando Espanha, Grã-Bretanha e França exigiram indenizações ao governo de Benito Juárez. Prim, no entanto, era simpático ao governo liberal mexicano e recusou colaborar com os interesses franceses e acabou por recuar suas tropas. Era modernaDurante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), o México forneceu armamentos e abrigo para refugiados políticos espanhóis. Ao longo do conflito que devastou a Espanha, voluntários mexicanos se uniram ao lado republicano contra Francisco Franco. Em 1939, quando Franco decisivamente tomou o poder, o México reduziu as relações diplomáticas entre os dois países. Após a guerra, milhares de refugiados espanhóis e o antigo cônsul em Marselha, Gilberto Bosques Saldívar, emitiu diversos vistos aos refugiados espanhóis. Visitas diplomáticas
Relações comerciaisEm 1997, o México assinou um acordo comercial com a União Europeia, da qual a Espanha é membro. Em 2014, o fluxo comercial derivado do tratado entre ambas as nações ultrapassou a marca de 10 bilhões de dólares.[4][5] As principais exportações mexicanas à Espanha são: petróleo, medicamentos, álcool, pesca e eletrônicos portáteis, entre outros; enquanto a Espanha exporta principalmente: veículos, peças automotivas e vinho.[6] O México é atualmente o maior parceiro comercial da Espanha na América Latina e figura entre os vinte maiores em todo o globo.[7] Algumas empresas proeminentes espanholas operam em território mexicano, como: Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, Grupo Santander, Telefónica e Zara.[8] As empresas mexicanas com atividade na Espanha são: ALFA, Cemex e Grupo Bimbo. Missões diplomáticas
Referências
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