Robert Gates
Robert Michael Gates (Wichita, 25 de setembro de 1943) foi o 22º Secretário de Defesa dos Estados Unidos. Gates foi nomeado Secretário de Defesa no dia 18 de dezembro de 2006, sucedendo a Donald Rumsfeld, e permaneceu no cargo até 1 de julho de 2011. Antes deste posto serviu 26 anos na Central Intelligence Agency (CIA) e na Assembleia Nacional de Segurança, e durante a administração do Presidente George H. W. Bush foi nomeado diretor da CIA. Fora antes presidente da Universidade A&M do Texas entre 2002 e 2006.[1] BiografiaRobert Michael Gates nasceu em Wichita, Kansas; filho de Isabel e Melville Gates.[2] Gates alcançou o grau de Eagle Scout na Boy Scouts of America (BSA) e já adulto recebeu um prêmio honorário da organização.[3] Graduou-se pela Wichita High School East em 1961.[4] Gates também é membro da Order of Arrow, uma sociedade honorífica vinculada à BSA. Gates, então, recebeu uma bolsa de estudos na Faculdade de William e Mary, graduando-se em 1965 em História. Na William & Mary, Gates foi membro ativo e presidente da Alpha Phi Omega dos Jovens Republicanos; também foi gerente de negócios da William and Mary Review, uma publicação de arte e literatura da instituição. Gates graduou-se em História pela Universidade de Indiana em 1966. Completou seu Ph.D. em "História Rússia e Soviética" pela Universidade Georgetown em 1974. O título de sua dissertação em Georgetown é "Sinologia Soviética". Carreira de inteligênciaAinda na Universidade de Indiana, Gates foi recrutado pela Agência Central de Inteligência (CIA) em 1966.[5] No ano seguinte, foi comissionado como segundo-tenente da Força Aérea após frequentar a Air Force Officer Training School ("Escola de Treinamento de Oficiais"), sob patrocínio da CIA.[6] De 1967 a 1969, serviu no Comando Aéreo Estratégico como oficial de inteligência, o qual incluiu um ano na Base Aérea de Whiteman, no Missouri.[7] Após concluir seu serviço militar, Gates foi reintegrado à CIA como analista.[8] Gates se desligou da agência em 1974 para integrar o Conselho Nacional de Segurança. Retornou à CIA em 1979, servindo brevemente como diretor do Centro de Avaliação Estratégica. Foi, então, nomeado diretor do Staff Executivo do setor em 1981. Em 1986, Gates chegou à Vice-diretor da Inteligência Central, tendo permanecido no cargo até 1989. Diretor da Inteligência CentralGates foi Vice-assistente do Presidente em Assuntos de Segurança Interna, de março a agosto de 1989. E também assistente do Presidente e Vice-Conselheiro Nacional de Segurança de agosto a novembro de 1991. Neste período, Gates foi nomeado Diretor da Inteligência Central em 1987, porém retirou seu nome de votação por supor que o Senado vetaria por conta de sua participação no Caso Irã-Contras. Em 1991, Gates foi novamente nomeado Diretor da Inteligência Central, desta vez pelo Presidente George H. W. Bush. Sua indicação foi confirmada pelo Senado em novembro do mesmo ano e Gates foi empossado no cargo poucos dias depois. Secretário de Defesa (2006 - 2011)Em 8 de novembro de 2006, após as eleições gerais, George W. Bush anunciou sua intenção de indicar Gates para assumir a Secretaria de Defesa, com a saída de Donald Rumsfeld.[9][10] Em dezembro de 2006, Gates foi confirmado unanimemente pelo Senado. Durante seu discurso de confirmação, Gates afirmou que os Estados Unidos 'não estavam ganhando nem perdendo com a Guerra no Iraque'.[11] No dia seguinte, Gates foi confirmado pelo Senado com margem de erro de 95-2, sendo que os senadores republicanos Rick Santorum e Jim Bunning derm os dois últimos votos restantes e os senadores Elizabeth Dole e Joe Biden não votaram.[12] Em 18 de dezembro de 2006, Gates foi investido como Secretário de Defesa pelo Chefe da Casa Branca Josh Bolten e posteriormente pelo Vice-presidente Dick Cheney no Pentágono.[13] Presidência ObamaEm dezembro de 2008, o Presidente-eleito Barack Obama anunciou a permanência de Robert Gates no cargo de Secretário de Defesa durante seu governo, alegadamente pelo menos durante o primeiro ano do novo governo.[14] Gates foi o 14º secretário executivo estadunidense a servir em dois governos de partidos distintos, e o primeiro a servir nestas condições na pasta da Defesa. Uma das prioridades de Gates no Governo Obama foi uma revisão das estratégias políticas dos Estados Unidos no Afeganistão.[15] Gates, sendo o sexto na linha de sucessão presidencial, foi selecionada como "sobrevivente designado" durante a Posse presidencial de Obama.[16][17] Enquanto deu prosseguimento à retirada das tropas do Iraque, que já haviam iniciado de fa(c)to no governo Bush, Gates também implantou um aumento imediato no efetivo americano no Afeganistão, a partir de 2009. Gates removeu o General David D. McKiernan do comando das operações no Afeganistão em maio de 2009 e o substituiu por Stanley A. McChrystal. O jornal The Washington Post chamou o ocorrido de "uma rara decisão".[18] Em dezembro de 2009, Gates visitou o país repentinamente após pronunciamento de Obama sobre o aumento do efetivo contra as tropas do Talibã.[19] Segundo a revista Time, Gates mantinha uma "formidável parceria" com a Secretária de Estado Hillary Clinton, mantinham comunicação frequente e "comparavam anotações antes das reuniões na Casa Branca", encontrando-se semanalmente e almoçando juntos pelo menos uma vez por mês ou no Pentágono no na sede do Departamento de Estado.[20] Em 2010, Gates anunciou que Departamento de Defesa iria rebaixar as restrições à mulheres servindo a bordo de submarinos.[21] Gates também anunciou estar preparando as Forças Armadas para rejeitarem a política "don't ask, don't tell". Desde o fim das restrições, homossexuais são aptos a servirem no ramo militar livremente.[22] Ainda com relação ao tema, Gates afirmou que novas regulamentações iriam dificultar a expulsão e perseguição de homossexuais dentro das Forças Armadas, chamando as reformas de "senso comum e decência comum" e afirmando que seriam "uma importante melhora".[23] Durante o mandato de Gates, o Exército estadunidense capturou o terrorista Osama Bin Laden. Gates deixou o cargo oficialmente em 1 de julho de 2011 e recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta ordem honorífica dos Estados Unidos, pelo Presidente Obama. Prêmios e condecoraçõesReferências
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