Sacrosanctum ConciliumA constituição Sacrosanctum Concilium sobre a liturgia católica é uma das quatro constituições apostólicas emanadas do Concílio Vaticano II. Indica modificações no culto católico, visando aumentar a participação do laicato na liturgia da Igreja. Foi o primeiro documento emitido pelo Concílio e o único, dentre aqueles preparados pela Cúria Romana, a ter sido aprovado. A sua votação e aprovação final teve o seguinte resultado: 2 151 votantes; 2 147 placet; 4 non placet. Sacrosanctum Concilium foi promulgada pelo papa Paulo VI no dia 4 de dezembro de 1963, no final da segunda sessão conciliar. ConteúdoOs números correspondem às secções indicadas no texto entre parêntesis.
Principais ideiasEsta constituição centra-se em torno da Liturgia, que é analisada pelos padres conciliares sob "uma tríplice dimensão teológica, eclesial e pastoral: a liturgia é obra da redenção em ato, celebração hierárquica e ao mesmo tempo comunitária, expressão de culto universal, que envolve toda a criação".[1] Os padres conciliares descrevem ainda a Liturgia como "a primeira e necessária fonte onde os fiéis hão-de beber o espírito genuìnamente cristão".[2] Logo, o Concílio pretende renovar a Liturgia, para que "todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e activa participação nas celebrações litúrgicas", visto que esta participação é, "por força do Baptismo, um direito e um dever do povo cristão, «raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido» (1 Ped. 2,9; cfr. 2, 4-5)".[2] Principais consequênciasApós o Concílio, apesar de nem sempre em conformidade com ele, efetuou-se, dentro de poucos anos, uma grande renovação na Liturgia. Entre estas reformas, destaca-se obviamente vários aspectos: a reorganização e simplificação da Missa de rito romano; o uso predominante da língua vernacular nas celebrações litúrgicas;[1] a posição do padre em relação ao altar (depois das reformas, majoritariamente o padre passou a celebrar a Missa de frente para as pessoas e atrás do altar); a assembleia reunida para ouvir a Missa passou a ter um papel mais ativo no serviço, através do canto, da leitura da Palavra de Deus, do ofertório e das suas respostas às orações iniciadas pelo padre; a escrita de novas músicas litúrgicas, com influências da música popular; uma maior ênfase na Liturgia da Palavra; e a clarificação do simbolismo.[3] Estas reformas litúrgicas foram acolhidas pela maioria dos católicos. Apesar disso, há grupos minoritários que continuam "a achar as mudanças difíceis de aceitar".[3] Referências
Ligações externas
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