Os membros da ordem Salviniales são todos plantas aquáticas e diferem de todos os outros fetos por serem heterospóricas, o que significa que produzem dois tipos diferentes de esporos (megásporos e micrósporos) que se desenvolvem em dois tipos diferentes de gametófitos (gametófitos femininos e masculinos, respetivamente), e pelo facto de os seus gametófitos serem endospóricas, o que significa que nunca crescem fora da parede do esporo e não podem tornar-se maiores do que os esporos que os produziram. Cada um dos megasporângios produz um único megásporo.[1] Por serem heterosporos com gametófitos endosporados, são mais semelhantes às plantas com sementes do que oa restantes pteridófitas.
A forma destas plantas varia radicalmente de espécie para espécie e são morfologicamente muito diferentes dos restantes fetos. As frondes férteis e estéreis são dimórficas, assumindo forma muito diferente, apresentando venaçãoanastomosante. O aerênquima está frequentemente presente nas raízes, nos rebentos e nos pecíolos (caules das frondes).[1]
As espécies da família Salviniaceae são natantes (flutuantes), enquanto as da família Marsileaceae se fixam ao susbtrato por meio de raízes. No entanto, as espécies natantes podem crescer temporariamente na lama húmida durante períodos de águas baixas, e as Marsileaceae podem crescer como espécies emergentes, dependendo da espécie e da localização.
O grupo tem também os genomas mais pequenos conhecidos de todos os pteridófitos. Um género, Azolla, é uma das plantas de crescimento mais rápido na Terra e causou um arrefecimento do clima global, originando, há cerca de 50 milhões de anos, uma mudança climática conhecida por evento Azolla.[5]
A circunscrição taxonómica da ordem e de suas famílias não foi alterada,[6] e essa circunscrição e colocação em Polypodiidae foi subsequentemente seguida nas classificações de Christenhusz e Chase (2014)[8] e no sistema PPG I (2016).[9] Com esta circunscrição, a ordem inclui as seguintes famíolias extantes:[10]
↑Alan R. Smith, Kathleen M. Pryer, Eric Schuettpelz, Petra Korall, Harald Schneider, Paul G. Wolf: A classification for extant ferns. In: Taxon. vol. 55, Nr. 3, 2006, ISSN0040-0262, pp. 705–731, Abstract,ficheiro pdf.
↑The Pteridophyte Phylogeny Group (novembro 2016). «A community-derived classification for extant lycophytes and ferns». Journal of Systematics and Evolution. 54 (6): 563–603. doi:10.1111/jse.12229
↑(en) Pteridophyte Phylogeny Group et Germinal Rouhan, « A community-derived classification for extant lycophytes and ferns », Journal of Systematics and Evolution, Wiley-Blackwell, vol. 54, no 6, novembro 2016, p. 563–603 (ISSN 1674-4918 et 1759-6831, DOI 10.1111/JSE.12229)
Bibliografia
Pryer, Kathleen M., Harald Schneider, Alan R. Smith, Raymond Cranfill, Paul G. Wolf, Jeffrey S. Hunt y Sedonia D. Sipes. 2001. "Horsetails and ferns are a monophyletic group and the closest living relatives to seed plants". Nature 409: 618-622 (resumo em inglês aqui).
Pryer, Kathleen M., Eric Schuettpelz, Paul G. Wolf, Harald Schneider, Alan R. Smith y Raymond Cranfill. 2004. "Phylogeny and evolution of ferns (monilophytes) with a focus on the early leptosporangiate divergences". American Journal of Botany 91:1582-1598 (resumo em inglês aqui).
A. R. Smith, K. M. Pryer, E. Schuettpelz, P. Korall, H. Schneider, P. G. Wolf. 2006. "A classification for extant ferns". Taxon 55(3), 705-731 (pdf aqui)
N. S. Nagalingum, H. Schneider, y K. M. Pryer, "Comparative Morphology of Reproductive Structures in Heterosporous Water Ferns and a Reevaluation of the Sporocarp". International Journal of Plant Sciences, 167 (2006), 805–815 (resumo em inglês aqui e pdf aqui).