Serratia marcescens
Serratia marcescens é uma bactéria gram-negativa pertencente a família Enterobacteriaceae, sendo essa a que mais ataca os seres humanos, geralmente encontrada em animais, insetos, plantas, além do solo e da água assim como na nossa microbiota, mais especificamente no intestino ajudando a manter o equilíbrio ecológico do mesmo.[1] Apesar de sua baixa virulência, por ser uma bactéria oportunista, a S. marcescens apresenta grande risco aos ambientes hospitalares com a presença de diversos pacientes previamente debilitados ou imunossuprimidos podendo levar ao desenvolvimento de diversas doenças como: meningite, conjuntivite, infecções no trato urinário, pneumonia ou infecções na corrente sanguínea.[2] Por ser uma bactéria altamente resistente, ela foi responsável por diversos surtos epidemiológicos em hospitais principalmente em áreas de risco como UTIs pediátricas e neonatais, como foi observado em um estudo que afirmava que ela era responsável por 15% nas unidades neonatais e 5% nas unidades pediátricas de casos confirmados de infecções com cultura positiva em hospitais pela Europa.[3] A Serratia marcescens é encontrada nos ambientes hospitalares em cateteres, soluções supostamente estéreis e na mão contaminada de funcionários[1], sendo esse o principal veículo de transmissão da bactéria, a qual ataca principalmente o trato intestinal, respiratório e a corrente sanguínea, além de possuir alta resistência a uma gama diversa de antibióticos.[4] Como característica ela é uma bactéria que possui uma pigmentação avermelhada, tem a forma de bacilo, é móvel, se desenvolve em temperatura ambiente (entre 5°C e 40°C) e com o PH entre 5 e 9[2], além de ser uma fermentadora lenta de lactose. Foi descoberta em 1819 por um farmacêutico italiano chamado Bartolomeo Bizio.[5] Referências
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