Thin Lizzy
Como líder do Thin Lizzy, Lynott compôs ou co-compôs a maior parte das canções da banda. Também foi um dos poucos negros a conseguir algum sucesso significativo no hard rock. Além de ser multirracial, a banda também se notabilizou por recrutar membros em ambos os lados da fronteira irlandesa (com membros nascidos na Escócia, Irlanda do Norte, Inglaterra e, ainda, Estados Unidos), e das comunidades católica e protestante da ilha.[1][2] Sua música reflete uma ampla gama de influências, incluindo a country music, o rock psicodélico, a música irlandesa e a música tradicional folclórica daquele país; porém é classificada geralmente como hard rock[3] ou, por vezes, heavy metal.[carece de fontes] A revista Rolling Stone descreveu a banda como "distintamente hard rock", "muito distante da matilha zurrante de meados da década de 70".[4] John Dougan, crítico do site Allmusic, escreveu que "como a força criativa da banda, Lynott era um compositor mais inteligente e perspicaz que muitos de sua classe, preferindo os dramas de amor e ódio cotidianos da classe operária, influenciado por Bob Dylan, Van Morrison, Bruce Springsteen e virtualmente quase toda a tradição literária irlandesa."[5] Van Morrison, Jeff Beck e Jimi Hendrix foram grandes influências durante o início da banda,[6] e entre as influências posteriores estão os artistas americanos Little Feat e Bob Seger.[7] Em 2013, Gorham decidiu que não gostariam de gravar novo material sob o nome Thin Lizzy, então criou a banda Black Star Riders. HistóriaEm 1970, assinaram com o selo Decca, onde lançaram três álbuns e uma série de compactos. Nos dois primeiros álbuns, Thin Lizzy e Shades of Blue Orphanage, o estilo ainda era centrado em uma mistura de folk e blues. No terceiro álbum, Vagabonds of the Western World, eles optaram por um som mais pesado. Conseguiram colocar nas paradas de sucesso os singles "Whiskey in the Jar" e "The Rocker". A banda começava, enfim, a ter sucesso[8]. Em 1973, Eric Bell deixou a banda e foi substituído, temporariamente, por Gary Moore, amigo de muitos anos de Phil Lynott. Trocaram o selo Decca pelo Vertigo. O escocês Brian Robertson e o americano Scott Gorham assumiram as guitarras. O Thin Lizzy estava pronto para decolar[8]. Gravaram Nigh Life (1974), Fighting (1975) e estouraram para o mundo com o álbum Jailbreak em 1976. Seguiram-se os álbuns Johnny the Fox e Bad Reputation, ambos de 1977. O Thin Lizzy já era reconhecido como um super-grupo[8]. Em 1978, veio a consagração definitiva: foi lançado o álbum Live and Dangerous, considerado até hoje um dos melhores "ao vivo" de todos os tempos. Brian Robertson deixou o grupo. Mais uma vez, Gary Moore foi chamado. Com esta formação, gravaram o álbum Black Rose em 1979.[9] O ano de 1980 chegou e a banda começou a ter problemas. Phil Lynott começou a se afundar nas drogas. Gary Moore deixou a banda e foi substituído por Snowy White, "ex-sideman" do Pink Floyd. Phil lançou o álbum solo Solo in Soho. O Thin Lizzy gravou o álbum Chinatown[9]. Lançaram, em 1981, o álbum Renegade. Darren Wharton, que tocou como convidado no disco anterior, assumiu os teclados como efetivo. Snowy White deixou a banda[9][10]. Em 1982, Phil Lynott lançou mais um álbum solo, The Phil Lynott Album. John Sykes, ex-Tyger of Pan Tang, assumiu uma das guitarras. Gravaram o último álbum de estúdio, Thunder and Lightning. Phil estava perdendo a luta para as drogas[9][10]. Fim da bandaEm 1983, o Thin Lizzy fez a sua turnê de despedida e 2 apresentações na Inglaterra foram gravadas em vídeo, além de um álbum ao vivo, Life[10]. Phil Lynott ainda tentou continuar na ativa. Montou a banda Grand Slam, com o ex-baterista do Thin Lizzy, Brian Downey. O projeto não foi adiante. Em 1985, Phil e Gary Moore fizeram uma parceria no novo álbum de Gary, Run For Cover.[10]. Em 4 de janeiro de 1986, Philip Parris Lynott, negro, filho de pai nascido na Guiana Britânica (atual Guiana) e mãe irlandesa, morreu de complicaçães de saúde derivadas do uso contínuo de drogas pesadas. Para homenagear Phil Lynott, sua música e sua poesia, existe na Irlanda a Fundação Roisin Dubh (Black Rose, em gaélico), mantida por sua mãe, Philomena Lynott. RetornoEm 1994, John Sykes decidiu voltar com o Thin Lizzy, apresentando-se em um tributo a vida e trabalho de Phil Lynott.[11] Na ausência de Lynott, Sykes assumiu o papel de vocalista principal e convenceu Scott Gorham, Brian Downey e Darren Wharton a retornarem a formação. Para completar, Marco Mendoza seguiu no lugar de Lynott como baixista. A banda foi criticada por utilizar o nome Thin Lizzy sem a presença de Lynott,[7] mas a banda tocou apenas as antigas músicas da banda, sem compor nenhum material novo.[11] Em 2009, Sykes saiu, e a banda seguiu na atividade sendo liderada por Scott Gorham ate 2011, quando decidiram criar uma nova banda, Black Star Riders (passando a gravar álbuns de estúdio), e encerrando o nome Thin Lizzy (chegaram a fazer alguns shows com o nome em 2017). Integrantes
Linha do tempoDiscografia
Referências
Ligações externas
Information related to Thin Lizzy |