WaceWace, também conhecido como Guace ou Wistace (cerca de 1100, Jersey – entre 1174 e 1183), é um poeta normando conhecido na história da literatura por suas duas maiores obras: o Roman de Brut e o Roman de Rou. No século XVIII ele passou a ser erroneamente chamado de « Robert Wace », e no século XIX passaram a acreditar que ele teria origem nobre. BiografiaEle passa a juventude em Caen onde foi educado para se tornar clérigo..[1] Mais tarde, ele prosseguiu seus estudos na Île-de-France[1] (Chartres ou Paris). Ele voltaria então para Caen para então se dedicar a literatura.[1] No Roman de Rou, ele se dizia um clerc lisant (algo como clérigo leitor). O papel designado por esta expressão gerou uma série de textos literários, apesar de seu senso exato ter se perdido.[1] De todo modo, supõe-se que ele seria um clérigo que se dedicava à leitura ou que era uma espécie de professor.[1] No início de sua carreira literária, Wace escreveu poemas líricos, mas nenhum deles sobreviveu até nosso tempo.[1] Dos textos escritos neste período (1130-1150), apenas três obras hagiográficas sobreviveram.[1] Em 1155, Wace a termina de escrever seu Roman de Brut, uma crônica escrita em francês antigo sobre os reis da Bretanha.[1] Na terceira parte de sua obra, Wace menciona ter recebido como presente do rei da Inglaterra uma prebenda como incentivo para que escrevesse a obra. Alguns documentos mostram que ele recebeu esta prebenda entre 1165 e 1169.[1] Porém, com o término da obra, Wace diz que o rei deixou de ser generoso com ele, tendo retirado seu direito a este benefício.[1] A data da morte de Wace é incerta. O evento mais recente narrado por ele data de 1174 e ele menciona Henrique, o Jovem como estando vido na época em que o texto foi escrito. Como este só morreu em 1183, acredita-se que Wace tenha morrido em algum ponto neste intervalo..[1] No texto, Wace conta sua vida:
ObrasObras hagiográficasNo início de sua carreira literária, Wace escreveu uma série de textos sobre a vida dos santos em versos octassílabos. Apenas três obras chegaram até nós:[1]
Obras historiográficasO Roman de Brut (ou Brut d'Angleterre), concluído em 1155 é a mais antiga crônica escrita em francês antigo sobre os reis da Grã-Bretanha.[1] Esta obra é composta de 14 866 versos octassílabos.[1] Wace dizia tratar-se de uma tradução, mas era bem mais que isso.[1] Ela é baseada numa das primeiras versões da Historia Regum Britanniae de Geoffrey de Monmouth (cerca de 1138), mas também contém elementos retirados da tradição oral e talvez de outras fontes escritas.[1] O Roman de Brut traça a história dos reis bretãos a partir de uma suposta origem troiana, passando pela fundação da Inglaterra por Brutus (Brut), até o fim do reinado do rei Arthur, com as invasões dos saxões no fim do século VII. Esta é a primeira obra que faz referência à Távola Redonda,[1] ligando os cavaleiros a certas tradições célticas de onde irá nascer a ideia dos Cavaleiros da Távola Redonda. Edições de suas obras
ReferênciasBibliografia
Fontes
|