Wladimir Vladimirovich Klitschko (Semipalatinsk, 25 de março de 1976) é um ex-pugilistaucraniano, ex-campeão mundial dos pesos-pesados pela Federação Internacional de Boxe (FIB), Organização Mundial de Boxe (OMB), Organização Internacional de Boxe (OIB) e Associação Mundial de Boxe (AMB).[1]
Iniciando sua carreira profissional, em novembro de 1996, Klitschko estabeleceu uma sequência de dezesseis vitórias consecutivas, sendo catorze delas por nocaute, até maio de 1998, quando subiu ao ringue contra o americano Marcus McIntyre para disputar o título vago de campeão internacional dos pesos-pesados do Conselho Mundial de Boxe.[2]
Derrotando McIntyre, via nocaute no terceiro assalto, Klitschko conquistava seu primeiro cinturão como um boxeador profissional, apesar desse ser considerado um título menor na categoria. Em seguida, Klitschko fez duas defesas bem sucedidas de seu cinturão, antes de vir a perdê-lo para o azarão Ross Puritty, em dezembro de 1998.[2]
Nocautedo por Puritty no décimo primeiro assalto, Klitschko viu sua invecibilidade de 24 lutas ser quebrada, juntamente com a perda de seu título. Com seu prestígio seriamente abalado, Klitschko foi se recuperarando aos poucos, até que em setembro de 1999, conseguiu uma importante vitória diante do alemão Alex Schulz, que acabou lhe rendendo o título de campeão europeu dos pesos-pesados.[2]
Entretanto, apesar desse seu sucesso na Europa, a redenção de Klitschko somente viria a acontecer um ano mais tarde, quando em outubro de 2000, Klitschko desafiou o título do americano Chris Byrd, então campeão mundial dos pesos-pesados pela Organização Mundial de Boxe.
Byrd havia conquistado seu título em abril de 2000, após destronar o campeão Vitali Klitschko, o que transformou essa luta em uma grande chance para Wladimir vingar seu irmão. Programada para durar doze assaltos, a luta entre Byrd e Wladimir Klitschko teve de ser decidida pelos jurados, apesar de Byrd ter ido à lona duas vezes durante o combate. Porém, apesar de ter resistido ao nocaute nos últimos rounds, o campeão teve seu título tomado por Klitschko, em uma decisão unânime dos jurados.[1][3]
Uma vez campeão mundial dos pesos-pesados, Wladimir Klitschko defendeu seu cinturão com sucesso cinco vezes, ao longo dos anos seguintes. No entanto, em sua sexta defesa de título, Klitschko foi surpreendido pelo sul-africano Corrie Sanders, que o nocauteou em apenas dois rounds.[2][4]
Após ter perdido seu cintuão para Sanders, em março de 2003, Klitschko obteve duas vitórias contra adversários menos expressivos, antes de tentar recuperar seu cinturão da Organização Mundial de Boxe, que estava vago desde dezembro de 2003, quando Sanders abdicou de seu título, em favor de um duelo contra Vitali Klitschko, o então detentor do cinturão dos pesados pelo Conselho Mundial de Boxe.
Subindo ao ringue contra o americano Lamon Brewster, em abril de 2004, Klitschko dominava a luta com seus jabs e combinações, tendo inclusive conseguido levar Brewster à lona no quarto assalto. Porém, no minuto final do quinto assalto, Brewster acertou um potente golpe que fez Klitschko ficar totalmente desnorteado. Vendo Klitschko apoiado nas cordas e com a guarda baixa, sem conseguir se defender dos ataques de Brewster, o árbitro decidiu abrir uma contagem de proteção. Reiniciado o combate, Klitschko conseguiu sobreviver até o soar do gongo, porém, cambaleante, ajoelhou-se no ringue após o término do quinto assalto, o que levou o árbitro a decretar o término da luta.[5]
Depois de sofrer sua terceira derrota na carreira, Klitschko obteve duas vitórias seguidas, sendo uma delas contra o promissor boxeador cubano Eliseo Castillo. Porém, àquela altura, Klitschko ainda precisava provar ao mundo que poderia sobreviver a adversários de maior pegada e assim retornar ao topo dos pesos-pesados.
Dessa forma, em setembro de 2005, Klitschko subiu ao ringue contra o potente nigeriano Samuel Peter, que à época mantinha-se invicto com 24 vitórias, sendo 21 delas por nocaute. O combate entre Klitschko e Peter durou os doze assaltos completos e, apesar de Klitschko ter sofrido três quedas, seu predominínio durante a maior parte da luta acabou lhe rendendo uma apertada vitória nos pontos, em uma decisão unânime dos jurados.[2][6]
Como a luta entre Klitschko e Peter havia sido uma eliminatória pelo direito de desafiar o título mundial dos pesos-pesados da Federação Internacional de Boxe, em sua luta seguinte Klitschko enfrentaria uma segunda vez Chris Byrd, que à época retinha o cinturão. Acontecido em abril de 2006, esse novo embate entre Byrd e Klitschko terminou com uma vitória autoritária de Klitschko, que nocauteou Byrd no sétimo assalto.[1][7]
Naquele momento, Klitschko havia se tornado o novo campeão mundial dos pesos-pesados pela Federação Internacional de Boxe, título que pertencia a Byrd, mas além disso ele havia também conquistado o cinturão de campeão mundial dos pesos-pesados pela Organização Internacional de Boxe, título este que estava vago desde a aposentadoria do campeão Lennox Lewis.
Após se tornar campeão mundial dos pesos-pesados novamente, Klitschko defendeu seu cinturão com sucesso por três vezes consecutivas, incluindo um novo confronto contra seu antigo algoz Lamon Brewster, antes de sua luta contra o campeão mundial dos pesos-pesados Sultan Ibragimov, que detinha o cinturão da Organização Mundial de Boxe. O confronto entre os dois campeões mundiais, um ucraniano e o outro russo, aconteceu em fevereiro de 2008, no Madison Square Garden, em Nova Iorque. Dominando Ibragimov sem maiores percalços, ao longo dos doze assaltos da luta, Klitschko foi declarado o vencedor do combate e, desta forma, conseguiu unificar os cinturões da Federação Internacional de Boxe e da Organização Mundial de Boxe.[1][8]
Passado seu triunfo ante Ibragimov, Klitschko defendeu seus três cinturões mundiais em cinco oportunidades, confirmando sua ampla soberania entre os pesos-pesados ao derrotar adversários respeitáveis, tais como os ex-campeões Hasim Rahman e Ruslan Chagaev, além de ter uma vez mais superado o nigeriano Samuel Peter. Nesse seu segundo encontro com Peter, ocorrido em setembro de 2010, Klitschko não sofreu novos sustos e acabou vencendo a luta com um nocaute no décimo assalto.[2][9]
Então, em julho de 2011, dois anos após o britânico David Haye ter desmarcado uma luta contra Klitschko, o ucraniano finalmente conseguiu fazer Haye subir ao ringue contra ele. Essa luta entre Klitschko e Haye era bastante antecipada porque selaria a unificação dos cinturões da Federação Internacional de Boxe e da Organização Mundial de Boxe, ambos retidos por Klitschko, com o da Associação Mundial de Boxe, até então em posse de Haye. Realizada em Hamburgo, na Alemanha, a luta entre os dois campeões mundias dos pesados acabou terminando com uma vitória de Klitschko, em uma decisão unânime dos jurados, após doze assaltos de combate.[2][10]
Ganhou o título vago do peso-pesado da The Ring. Manteve os títulos do peso-pesado da IBF, WBO & IBO. O título do peso-pesado da WBA de Chagaev não estava em disputa.