A casa redondaA Casa Redonda (título original The Round House) é um livro da escritora estadunidense Louise Erdrich, publicado em 2 de outubro de 2012, pela HarperCollins. No Brasil, ele foi lançado em 2014, pela Editora Alfaguara. O romance é a 14ª obra publicada da autora e é o segundo livro da sua "trilogia da justiça", que inclui The Plague of Doves (Harper, 2008) e LaRose (2016).[1] A Casa Redonda conta a história de Joe Coutts, um menino de 13 anos que, junto com seus amigos, tenta investigar o estupro que sua mãe sofreu. O enredo ocorre na reserva da tribo Ojibwe na Dakota do Norte.[2] O livro foi vencedor do National Book Award for Fiction em 2012.[3] SinopseO livro se passa no ano de 1988 e conta a história de Joe, um menino ojibwe de 13 anos que vive com a família em uma reserva indígena no Estado de Dakota do Norte, local em que vive grande parte de sua tribo. O pai, Antone Bazil Coutts, é um juiz tribal, e sua mãe, Geraldine, trabalha no cartório tribal da reserva.[4] Um dia, Geraldine é estuprada com enorme violência física nas proximidades da Casa Redonda, um local sagrado onde os indígenas da reserva adoram seus antepassados. Joe tenta desvendar o crime com a ajuda de seus amigos e a família tenta superar o ataque enquanto lida com a incapacidade de conseguir justiça pelo crime.[3] Contexto da obraErdrich, assim como os personagens de sua obra, pertence à tribo ojibwe por parte de sua mãe, e trata seus escritos como um “entendimento emocional” das experiências de sua tribo e de seus antepassados[4]. Ela foi foi fortemente inspirada pelas obras dos romances Yoknapatawpha de William Faulkner. [5] Por causa disso, os romances de Erdrich são todos ambientados principalmente no mesmo local fictício centrado nas pessoas que viveram lá por várias gerações. [6] A Casa Redonda se passa na mesma reserva de uma das obras anteriores de Erdrich, Plague of Doves, e a mesma que aparece na conclusão da trilogia, LaRose. [6] A autora declarou que o livro é um "suspense que mascara uma cruzada"[7]. Em 2013, a autora publicou um artigo no jornal The New York Times intitulado "Estupro na Reserva" chamando a atenção às circunstâncias deploráveis que muitas mulheres nativo americanas sofriam. Há pelo menos três aspectos fortes que foram passados ao livro: o background histórico das leis tribais que contribuem para a crise de violência sexual em reservas, a descrição dos efeitos deixados pela violência sexual e o pedido da autora que leis federais e o Ato contra a Violência contra Mulheres, atuem na causa[7]. Uma das questões discutidas no livro é o fato que tribunais tribais não podem processar pessoas não indígenas que cometem crimes em terras tribais, a menos que autorizadas pelo Congresso.[7] Isso deixa as mulheres indígenas especialmente vulneráveis à violência cometida por homens brancos[7]. Por isso, a obra é considerada antes de tudo um tratado a respeito da violação dos direitos da população indígena em solo estadunidense[4]. Referências
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