Alberto V da Baviera
Alberto V da Baviera, o Magnânimo (em alemão: Albrecht V von Bayern, der Grossmüthige) (Munique, 29 de fevereiro de 1528 – Munique, 24 de outubro de 1579) foi Duque da Baviera desde 1550 até à sua morte. Era filho do duque Guilherme IV da Baviera e de Maria de Baden-Sponheim. BiografiaAlberto foi educado em Ingolstadt por professores católicos. Em 4 de julho de 1546 casou com Ana de Áustria, filha do imperador Fernando I de Habsburgo e de Ana da Boêmia e Hungria (filha de Vladislau II da Hungria e de sua mulher Ana de Foix-Candale). Esta união tinha como objetivo ultrapassar a rivalidade política entre a Áustria e a Baviera. Em 1550, Alberto sucedeu a seu pai como Duque da Baviera. Ação políticaAlberto entregou-se à tarefa de estabelecer uma conformidade católica nos seus domínios. Dado a sua formação estritamente católica, ele era um dos chefes da Contra-Reforma alemã, exercendo uma repressão dado estar convencido que a causa do Catolicismo estava indissociável da sorte e destino da casa de Wittelsbach. Internamente, tomou poucas decisões por si próprio, entregando a gestão corrente do governo aos seus conselheiros, entre os quais se encontravam dois devotos Católicos, Georg Stockhammer e Wiguleus Hundt. Este último teve um papel importante nos acontecimentos que levaram à Paz de Passau (1552) e à Paz de Augsburgo (1555). Como sucessor de seu tio Ernesto da Baviera, Alberto foi, desde 1560, administrou o condado de Glatz herdado do tio, entregando-o ao imperador Maximilian II em 1567, dada a penhora sobre o território. Ação culturalAlberto era um patrono e grande colecionador de arte, As suas aquisições são a base da Coleções Estatais de Antiguidades (Staatliche Antikensammlungen), a coleção de antiguidades gregas e romanas dos Wittelsbach. A sua coleção de moedas, incluída na Tesouraria dos Wittelsbach, está hoje exposta na Residência de Munique, e algumas das suas antiguidades egípcias permanecem na Coleção Estatal de Arte Egípcia (Staatliche Sammlung für Ägyptische Kunst). Também a biblioteca pessoal do duque foi integrada na Biblioteca Estadual da Baviera (Bayerische Staatsbibliothek), em Munique, herdeira da biblioteca da corte dos Wittelsbach. Em 1559 Alberto fundou em Munique, o Wilhelmsgymnasium, uma das primeiras escolas de ensino secundário. Tal como um milionário Americano, Alberto comprava coleções inteiras em Roma e Veneza; em Veneza, após cansativas negociações com Andrea Loredan, Alberto adquiriu-lhe a totalidade da coleção: 120 bronzes, 2 480 medalhas e moedas, 91 cabeças em mármore, 43 estátuas em mármore, 33 relevos e 14 curiosidades várias, pela soma de 7 000 ducados; "foram todos exportados de Veneza secretamente durante a noite em grandes baús".[1] Para acomodar as suas coleções, ele patrocinou construção do Antiquarium, na Residência de Munique, o maior salão de arte renascentista a norte dos Alpes. Em 1552, Alberto encomendou a elaboração de um inventário das jóias detidas pelo casal ducal. O manuscrito daí resultante, ainda hoje na posse da Biblioteca Estadual da Baviera, foi o "Livro das Joias da Duquesa Ana da Baviera" (Kleinodienbuch der Herzogin Anna von Bayern), que contem 110 desenhos por Hans Muelich.[2] Alberto nomeou Orlando di Lasso para um lugar na sua corte e foi mecenas de muitos outros artistas, situação que levou a dívidas extremamente elevadas (½ milhão de florins). Alberto morreu em 1579 em Munique e foi sucedido por seu filho Guilherme. Está sepultado na Frauenkirche, em Munique. Casamento e descendênciaDo seu casamento com a arquiduquesa Ana de Áustria nasceram sete crianças:
Através do casamento dos filhos, Alberto procurou estabelecer uma política de alianças com diversas monarquias católicas envolvidas, como ele, no estrito cumprimento da fé Católica. Assim, casou o seu herdeiro (que lhe viria a suceder como Guilherme V) com uma princesa da Casa de Lorena (Renata de Lorena), e a sua filha Maria Ana com o tio materno, o arquiduque Carlos II de Áustria. Para a filha mais nova, Maximiliana Maria, foi equacionado o casamento com Sebastião de Portugal, plano apresentado pelo rei Filipe II de Espanha, tio do noivo, proposta muito do agrado do Duque Alberto V.[3] Esta aliança não se veio a concretizar dado a vontade do rei de Portugal em se manter solteiro. Apenas o seu filho Fernando casou, com a oposição da família, com María de Pettenbeck e, devido à baixa nobreza da noiva, o casamento foi considerado morganático. Fernando renunciou por si e seus descendentes ao trono de Baviera. Ascendência
Referências
Fontes
Ligações externas
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