Balalaika (filme)
Balalaika é um filme de romance musical estadunidense de 1939, dirigido por Reinhold Schunzel para a Metro-Goldwyn-Mayer. O roteiro foi baseado na peça homônima que estreou em Londres em 1936.[1] A história romântica tem como cenário de fundo os últimos dias do Império Russo, a Revolução de 1917 e o exílio da aristocracia russa no exterior. Elenco
SinopseEm 1914, a cavalaria cossaca à serviço do czar russo e liderada pelo Príncipe Peter Karagin retorna de manobras militares e chega à cidade de São Petesburgo, onde à noite irá se divertir no Café Balalaika. O estabelecimento apresenta uma nova cantora, Lydia Pavlovna Marakova, que é acompanhada nos instrumentos musicais pelo pai e irmão. O príncipe chega ao local ao final da apresentação dela e imediatamente é atraído pela moça. Ao se informar sobre Lydia, fica sabendo que ela recusa encontros com pessoas da alta classe. Então ele pega roupas emprestadas e se encontra com ela em outro local, se fazendo passar pelo estudante de música Peter Illyich Teranda. Os dois se apaixonam mas o romance tem tudo para não terminar bem, pois Lydia e a família estão engajados na luta revolucionária e Peter, como cavalariano, persegue os revoltosos implacavelmente. Os acontecimentos vão se sucedendo, com Peter e seus homens posteriormente indo lutar na Primeira Guerra Mundial e, depois, tendo que partir para o exílio após a Revolução de 1917. Trilha sonoraApenas a canção original, "At the Balalaika", com alterações na letra, foi usada no filme. O diretor musical da MGM, Herbert Stothart, adaptou material que já tinha ou estava disponível, ou foram escritos materiais adicionais quando necessário;[2] Lista de números musicais em ordem de apresentação na tela:
Várias canções adicionais tiveram assegurados direitos autorais para o filme, mas aparentemente não foram utilizadas [3] Notas da produçãoVárias fontes concordam que a MGM tinha planejado realizar esse filme dois anos antes do início efetivo da produção. As filmagens começaram em junho de 1939, com Eddy e Massey fazendo as gravações preliminares dos números musicais quatro semanas antes [4] Miliza Korjus recebeu proposta para interpretar Lydia mas disse: "Pensei que fosse piada". Ela achou que Eddy faria novamente dupla com Jeanette MacDonald [5] o que aparentemente não era possível pois tanto Eddy como MacDonald estavam pressionando por papeis solo, o que o estúdio já teria concordado.[6] Ela ficou arrasada quando ouviu que Ilona Massey tinha aceitado o papel, pois perdera a oportunidade de trabalhar com "aquele belo pedaço de barítono".[5] O filme foi indicado para o Óscar de Melhor Mixagem Som (Douglas Shearer).[7] CensuraComo em todos os filmes da época, Balalaika foi submetido à censura do Código Administrativo dos Produtores. Começando em dezembro de 1937 com carta enviada para Louis B. Mayer, na qual Joseph Breen inicia com a sugestão de que o filme não ofendesse "...cidadãos ou governos de qualquer país..." antes detalhando que não podiam aparecer no filme: prostituta, venda ou comentários sobre pornografia, diálogos riscados, e referências como "amor perfeito" para um secretário masculino". Em adição "...violência na multidão... deve evitar... detalhes ou brutalidades e carnificinas"[8] Não obstante, o público teve várias pistas para preencher as lacunas. CríticasEm 15 de dezembro de 1938, muitos críticos concordaram que as estrelas e a produção estavam excelentes, mas o roteiro e a história, não.[3] Acharam que a carreira de Massey iria deslanchar – aqui em seu primeiro papel como protagonista – o que nunca aconteceu [2] A resenha de Frank S. Nugent no The New York Times elogiou o visual loiro de Massey e a competência de Eddy (tradução livre, como as demais): "Ela tem a aparência de Dietrich, fala como Garbo... enquanto deixa com segurança a maior parte das canções para o Senhor Eddy..." Apesar de apreciar o romantismo escapista e a arte musical, Nugent alertou para repercussões internacionais. "Nesses dias de propaganda engajada, nós sabemos que os camaradas russos irão uivar por sangue da Metro-Goldwyn-Mayer. A imagem de camponesas loiras revirando os olhos e os cabelos para a Guarda Imperial e os ruidosos suspiros pelos gloriosos dias mortos... vão parecer acenos de uma bula papal diante da bandeira vermelha do The Daily Worker ("diário operário")." Também não se ignoram as limitações do filme: "...a duração é longa e a fórmula curta na originalidade...nove ou dez sequências tiveram exemplares pintados de azul antes" mas mesmo assim foi dado ao diretor Reinhold Schunzel crédito por um trabalho bem feito.[9] Referências
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