O Brasil mandou 9 competidores para os Jogos Olímpicos de Inverno em 2006, em Turim, na Itália, quatro deles sendo da equipe masculina de bobsleigh.[2] Foi a segunda maior delegação da história do país nos Jogos de Inverno, perdendo apenas para Salt Lake City 2002.
Isabel Clark, praticante de snowboard, carregou a bandeira na Cerimônia de Abertura. Clark também é a atleta brasileira que alcançou o melhor resultado histórico de participação brasileira nos Jogos de Inverno, ficando em nono lugar no snowboard.[1]
Na equipe de Bobsleigh, o atleta substituto, Claudinei Quirino, é medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Verão, onde terminou em segundo em Sydney 2000 com a equipe brasileira de revezamento 4x100 m. Participando nos Jogos de Inverno, Quirino se torna o segundo atleta masculino brasileiro a ter participado tanto nos Jogos de Verão quanto de Inverno (o primeiro foi Matheus Inocêncio, que participou de Salt Lake 2002 e Atenas 2004). Por parte das mulheres, Jaqueline Mourão tornou-se a primeira brasileira a conseguir esse feito: ela participou da competição de Mountain Bike de Atenas 2004 e em Turim 2006, ela tomou parte na largada do Clássico 10 km feminino.[1]
Desempenho
Em 13 de fevereiro, o Comitê Olímpico Brasileiro anunciou que o teste antidoping preventivo em Armando dos Santos, que foi feito no Brasil antes do embarque para a Itália, foi positivo para a substância proibida nandrolona. Armando foi expulso do time, sendo substituído pelo ex-velocista Claudinei Quirino, o substituto da equipe. Em 19 de fevereiro, o Comitê Olímpico Australiano entrou com um pedido junto ao Comitê Olímpico Internacional alegando que a classificação da equipe brasileira para as Olimpíadas foi inválida, e portanto a equipe brasileira não deveria competir. A alegação do Comitê australiano girava ao redor das circunstâncias da classificação: os brasileiros ganharam seu lugar nos Jogos vencendo uma eliminatória que distribuiu dois lugares nas Olimpíadas. Este evento aconteceu duas semanas após o teste antidoping de Armando dos Santos que deu positivo foi feito, apesar de que o resultado foi apenas divulgado em 13 de Fevereiro. Naquela eliminatória, a Nova Zelândia chegou em segundo, o que lhe garantiu da mesma forma uma vaga nas Olimpíadas e a equipe australiana ficou em terceiro. Portanto, os australianos alegaram que o resultado do Brasil deveria ser cancelado, dadas as circunstâncias, não conhecidas na época, de um resultado positivo de doping de um atleta da equipe do Brasil. Isto removeria a equipe brasileira das Olimpíadas e daria à Austrália a vaga, já que o segundo resultado válido da eliminatória (a Nova Zelândia seria movida para a primeira colocação). Em 19 de Fevereiro, o COI decidiu em favor dos brasileiros, rejeitando a moção do Comitê Olímpico Australiano.[3]
- Snowboard Cross
Na disputa do 9º ao 12º lugares, após uma largada ruim, o que fez com que estivesse atrás de todas, Isabel foi beneficiada por um acidente envolvendo todas as outras três participantes em sua corrida, assim vencendo a disputa e terminando na 9ª posição, a melhor posição de um atleta latino-americano em Jogos de Inverno.[7]
- Legenda
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Recorde mundial (World record)
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Recorde africano (African)
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Q |
Classificado por posição (Qualified)
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Recorde olímpico (Olympic record)
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Recorde da América (Americas)
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q |
Classificado por melhor tempo (Qualified)
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Melhor marca do ano (World leading)
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Recorde asiático (Asian)
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DNS |
Não largou (Did not start)
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Recorde nacional (National record)
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Recorde europeu (European)
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DNF |
Não terminou (Did not finish)
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Recorde pessoal do atleta (Personal best)
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Recorde da Oceania (Oceania)
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DSQ / DQ |
Desclassificado (Disqualified)
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Recorde da temporada do atleta (Season best)
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Recorde sul-americano (South America)
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NM |
Sem marca (No mark)
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Referências
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África | |
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América | |
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Ásia | |
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Europa | |
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Oceania | |
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