Cláudio Olinto de Carvalho
Cláudio Olinto de Carvalho, mais conhecido como Nenê (Santos, 1 de fevereiro de 1942 — Capoterra, 2 de setembro[1] de 2016), foi um futebolista brasileiro, que atuava como atacante, e ex-treinador de futebol. É considerado um dos maiores jogadores da história do Cagliari.[2][3] CarreiraRevelado pelo Santos, mesmo clube pelo qual seu pai[4][5] Hermínio (que era lateral e de quem herdaria o apelido) jogou, atuou do juvenil ao time de aspirantes[6] e teve sua primeira chance na equipe principal em 1960, na goleada por 5×2 diante do Juventus da Mooca, quando entrou no lugar de Jair Rosa Pinto e marcou seu 1º gol com a camisa do clube. Atuou até 1963 no Alvinegro Praiano, com 54 partidas e 24 gols[7], sendo um coadjuvante na lendária equipe que tinha como astros Pelé, Pepe, Coutinho, Mengálvio, Zito e Dorval, conquistando 9 títulos com o Santos[6].[5] Em uma turnê do Peixe pela Europa, o time enfrentaria a Juventus no antigo estádio Comunale. A atuação de Nenê chamou a atenção de Giampiero Boniperti, ídolo da Juve e que trabalhava como diretor-esportivo, que pediu a contratação do atacante naquele ano.[6] Foi negociado em 1963 por 100 milhões de cruzeiros, um valor altíssimo naquela época.[4] Em sua primeira temporada, fez 11 gols em 28 jogos, terminando a temporada como o nono maior artilheiro da Serie A.[5][6] Porém, teve conflitos com o atacante argentino Omar Sívori, que era capitão da equipe, e foi negociado.[5][6] Porém, seria no Cagliari que Nenê faria história: entre 1964 e 1976, disputou 311 jogos e marcou 23 gols, sendo peça importante na conquista do Scudetto na temporada 1969-70[7][2]. Antes, a Juventus tentou recontratá-lo, mas a direção do Cagliari segurou o atacante. Durante o período, foi emprestado ao Chicago Mustangs, equipe formada pelos atletas do Cagliari para jogar o Campeonato Norte-Americano de 1967. Encerrou sua carreira como jogador em 1976, sendo o recordista de jogos disputados com a camisa do Cagliari (311)[2], até o volante Daniele Conti o superar em 2015.[3][6] Seleção BrasileiraApesar da boa fase que vivia na Itália, Nenê teve poucas chances na Seleção Brasileira, tendo participado apenas dos Jogos Pan-Americanos de 1963, onde ganhou a medalha de ouro[7][8]. Carreira de treinadorJá aposentado, Nenê virou técnico em 1978, comandando as categorias de base da Fiorentina até 1981. Treinou ainda a Paganese na temporada 1982-83 e o Sant'Elena Quartu entre 1983 e 1984, antes de voltar ao Cagliari para treinar a base do clube sardo[7]. Em 1988, regressou à Juventus, também como técnico das categorias de base da Vecchia Signora, função que exerceria até 2001, quando encerrou sua carreira no futebol. Pós-aposentadoria e morteApós deixar o futebol, Nenê entrou em crise financeira e adoeceu gravemente, sendo obrigado a passar por várias cirurgias. Após viver num lar para idosos em Pirri (Itália), mudou-se para Capoterra, onde morreu aos 74 anos[9], vitimado por problemas respiratórios.[5] Títulos
Referências
Ligações externas
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