Mengálvio
Mengálvio Pedro Figueiró, mais conhecido como Mengálvio (Laguna, 17 de outubro de 1939)[1], é um ex-futebolista brasileiro que atuava como meia. Foi bicampeão da Copa Intercontinental (1962, 1963) e bicampeão da Libertadores (1962, 1963) pelo Santos FC. O jogador esteve com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1962[1] e foi o reserva de Didi, no Chile, quando o Brasil conquistou o bicampeonato mundial.[2] CarreiraInícioNascido no dia 17 de outubro de 1939, foi registrado apenas dois meses depois, em 17 de dezembro.[3][4][5] Revelado pelo Barriga Verde, um clube de sua cidade natal, Mengálvio começou sua carreira de jogador na equipe do Aimoré, da cidade de São Leopoldo, no final dos anos 50.[1][4][6] Jogando pela modesta equipe, o meio-campista foi vice-campeão estadual.[3][6] Em 1960, fez parte da Seleção Brasileira que disputou o Campeonato Pan-Americano na Costa Rica.[4][5] Santos FCPelo Santos, estreou em 19 de abril de 1960, no empate por 2–2 contra a Portuguesa de Desportos, uma partida do Torneio Rio-São Paulo.[4][5] Em sua passagem pelo clube, fez 371 partidas e marcou 28 gols, tendo sido seis vezes campeão paulista (1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967), cinco vezes vencedor da Taça Brasil, torneio mais tarde equiparado ao Campeonato Brasileiro pela CBF (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), entre outras conquistas.[4][5][7] Fez parte daquela que é considerada uma das maiores linhas de ataque do futebol mundial[8]: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.[9][3] De acordo com o livro Time dos Sonhos, do jornalista Odir Cunha, Mengálvio, por ser bonachão e desligado, era vítima constante de brincadeiras por parte de seus amigos de clube. No mesmo livro, o também ex-jogador Coutinho conta que, certa vez, o meia chegou a um hotel bastante cansado e acabou adormecendo sobre as malas que levava no elevador, permanecendo assim durante muito tempo. Outro amigo de clube de Mengálvio que também conta passagens interessantes sobre o meia[10] é o ex-ponta esquerda Pepe, em seu livro Bombas de Alegria. Na eliminação do Santos para o Peñarol na Copa Libertadores da América de 1965 foi um dos jogadores mais criticados da equipe. João Saldanha e Nelson Rodrigues acusaram Mengálvio de ser um jogador lento demais para o futebol competitivo.[11] Recebeu o passe livre do Santos no final de 1968[12] ("A liberação é um justo prêmio aos inestimáveis serviços que Mengálvio prestou à coletividade alvinegra, com dedicação, real valor e consciência profissional exemplar, tanto em campos brasileiros como no exterior", disse, à época, o então presidente do Santos, Athiê Jorge Coury. "Seus feitos e a sua participação marcante a serviço do Santos e do glorioso futebol brasileiro permanecerão inolvidáveis, e aqui permanecerão amigos e admiradores que, nesta oportunidade, com estima, lhe desejam votos de toda sorte de felicidade e de sucesso ímpar em sua consagrada carreira.").[13] A última vez em que vestiu a camisa do Alvinegro Praiano foi no dia 18 de maio de 1969, no empate em 1 a 1 contra a equipe do São Bento, no Estádio Humberto Reali, em Sorocaba.[4] Pelo Santos, jogou entre os anos de 1960 a 1969 em 369 partidas marcando 27 gols.[4][5] Outros timesApós sair do Santos, em 1968, foi emprestado Grêmio.[1][4][5] No seu retorno ao Santos foi novamente emprestado e em 1969, foi campeão do Torneo Finalización, jogando pelo Millonarios, da Colômbia.[4][5] Seleção BrasileiraPela Seleção, Mengálvio fez catorze partidas e marcou um gol, em 15 de março de 1960[14], em jogo válido pelo Campeonato Pan-Americano.[2] AposentadoriaDeixou o Santos em 1968 e chegou a trabalhar como supervisor de uma rede de cinemas, no litoral paulista.[3] Pai de três filhas e avô de dois netos, Mengálvio atualmente trabalha na cooperativa dos ex-atletas profissionais de São Paulo.[3] Títulos
Referências
Ligações externas
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