Denílson Custódio Machado
Denílson Custódio Machado, mais conhecido como Denílson (Campos dos Goytacazes, 28 de março de 1943 – Rio de Janeiro, 1 de outubro de 2024), foi um futebolista brasileiro, que jogava como volante.[1] CarreiraQuando sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, Denílson fez um teste no Madureira. Aprovado, passou a treinar no clube, mas deixou-o depois de brigar com a diretoria por causa de salários atrasados.[2] Decidiu tentar a sorte no Fluminense, em 1960[3], de maneira pouco convencional: o porteiro do clube inicialmente barrou sua entrada, mas depois liberou-o, e ele foi direto falar com o técnico do profissional, Zezé Moreira. "Seu Zezé, eu sou jogador de futebol e quero treinar aqui", disparou.[2] Zezé acreditou no garoto e colocou-o para treinar com os juvenis. Denílson foi definitivamente lançado no time de cima pelo técnico Tim, em 1964, no mesmo ano que o time conquistou o Campeonato Carioca. Conquistaria o estadual outras três vezes pelo Fluminense (1969, 1971 e 1973), além de três Taças Guanabara (1966, 1969 e 1971) e de um Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1970). Disputou 435 partidas pelo Fluminense, com 199 vitórias, 11 empates e 125 derrotas, marcando dezessete gols.[4] Com quase 1,90 metro de altura, seu estilo era defensivo (ele próprio se considerava um "destruidor")[2], por isso é considerado o primeiro cabeça-de-área do Brasil[5]. No começo de sua carreira, dizia-se que ele "tomava a bola aqui para entregar ao adversário logo adiante", mas o técnico Telê Santana incentivou-o, em 1969, a treinar lançamentos e o volante passou a se destacar no fundamento[2]. Ganhou o passe livre em 1973, o que considerou, de certo modo, "uma decepção", com uma ressalva: "Para falar a verdade, é bem melhor jogar num time pequeno do que ficar na reserva de um novato."[3] Quando deu essa declaração, ele já estava defendendo o Rio Negro, de Manaus, pelo qual jogou o Campeonato Amazonense e o Brasileiro de 1973, com um salário de 18 mil cruzeiros, considerado alto para a época.[3] Antes de encerrar a carreira, em 1975, defendeu também o Vitória, time que também treinaria em 1976 e 1977. Pela Seleção Brasileira disputou nove partidas internacionais, marcando dois gols. Participou da Copa de 1966, e nela jogou duas partidas, contra a Bulgária e Portugal. Principais títulos
Referências
Ligações externas
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