Eleito senador com a maior votação do estado, o advogado Ronaldo Cunha Lima nasceu em Guarabira e formou-se na Universidade Federal da Paraíba. Sua carreira política começou como vereador em e iniciou sua carreira política como vereador em Campina Grande e em 1962 foi eleito deputado estadual pelo PTB[19] e reeleito via MDB em 1966. Dois anos mais tarde foi eleito prefeito de Campina Grande, mas teve o mandato cassado pelo Ato Institucional Número Cinco. Radicado na cidade do Rio de Janeiro, voltou à política em 1982 ao se eleger prefeito de Campina Grande pelo PMDB. Sua chegada ao governo estadual aconteceu em 1990, mandato do qual se licenciou após efetuar dois disparos à queima-roupa contra Tarcísio Burity, seu adversário político, no final de 1993. Quatro meses depois Cunha Lima renunciou a fim de se eleger senador em 1994.[20][21]
Humberto Lucena
Condenado por crime eleitoral ao utilizar a gráfica do Senado Federal para imprimir material de campanha, o advogado Humberto Lucena aguardou até às vésperas da posse para usufruir do mandato que conquistara. Nascido em João Pessoa, formou-se em 1951 pela Universidade Federal de Pernambuco. Eleito deputado estadual via PSD em 1950 e 1954, elegeu-se deputado federal em 1958 e 1962. Por conta do bipartidarismo instituído pelo Regime Militar de 1964 foi reeleito pelo MDB em 1966. Derrotado na eleição para senador em 1970, conquistou um novo mandato de deputado federal em 1974 e foi eleito senador por uma sublegenda do MDB em 1978.[nota 3][22] Posteriormente filiado ao PMDB foi reeleito em 1986 e exerceu a presidência do Senado Federal por duas vezes.[nota 4][23] Eleito pela terceira vez em 1994, foi beneficiado por um projeto de anistia que favoreceu também outros parlamentares, mas faleceu no exercício do mandato.[24][25][nota 5][26][27]
Deputados federais eleitos
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.
Primeira eleição estadual disputada por PPS (atual Cidadania), PRP, PSTU, PPR e PP na Paraíba (também foi a única disputada pelos 2 últimos, que se fundiram em 1995 e deram origem ao PPB, atual Progressistas). O PPS lançou apenas Emília Correia Lima para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa (recebeu 4.482 votos, ficando como suplente) e o PSTU teve Ednaldo Leite (Câmara dos Deputados) e Sosthenes para a ALPB - ambos não tiveram sucesso nas urnas. O PRP apoiou a candidatura de Antônio Mariz, mas não lançou nenhuma candidatura ao Legislativo.
Vários nomes de destaque na política paraibana disputariam pela primeira vez uma eleição, como Aguinaldo Ribeiro, Cozete Barbosa e Luiz Couto. Porém, vários candidatos que tentaram um novo mandato ficaram de fora da ALPB, como Deusdete Queiroga Filho (deputado estadual mais votado em 1990, recebeu apenas 61 votos), Nilo Feitosa (10.489 votos), Lauri Ferreira (8.273 votos), Simão Almeida (7.615), enquanto Vital do Rêgo (8.861 votos) e Rivaldo Medeiros (26.891), quarto e quinto deputados federais com a maior votação na eleição anterior, não tiveram sucesso ao tentar a reeleição.
8 partidos ficaram de fora da disputa eleitoral: PTRB, PRONA, PSD e PTdoB.
O caso Gessner Caetano
Durante a campanha do primeiro turno, um caso mexeu com a disputa eleitoral faltando 17 dias para a eleição: o médico e empresário Gessner Caetano (candidato a deputado federal pelo PDT e coordenador da campanha de Lúcia Braga ao governo da Paraíba, falecido em 2020 após complicações da COVID-19) foi acusado de ter seu nome envolvido em um escândalo de carros roubados, que teriam sido entregues por ele a candidatos do PMDB e também a pedetistas. Considerado um dos favoritos à se eleger, obteve 15.553 votos (posteriormente anulados), e foi taxado como um dos culpados pela derrota de sua companheira de partido, não voltando a disputar outras eleições desde então. Seu envolvimento no caso nunca foi comprovado, e ele terminaria inocentado das acusações em 2016, aguardando também o julgamento de um recurso que pedia indenização de 36 milhões de reais, que não chegou a receber[32].
↑Para que pudesse assumir o cargo de vice-governador, José Maranhão renunciou aos últimos dias de mandato como deputado federal em prol de Robson Paulino.
↑Em 1978 Ivan Bichara disputou o mandato de senador como candidato único da ARENA e foi o mais votado, porém a vitória foi de Humberto Lucena graças aos votos de Bosco Barreto e de Ary Ribeiro que formavam a chapa do MDB.
↑Primeiro entre 1987/1989 e depois entre 1993/1995.
↑Com a morte de Humberto Lucena a representação paraibana na Câmara Alta do Parlamento recebeu Wellington Roberto. Nascido em São José de Piranhas, ele não concluiu o curso de Engenharia Civil preferindo estabelecer-se como empresário no setor sucroalcoleiro e no ramo da corretagem de veículos, dentre outros. Eleito suplente de senador via PMDB em 1994, assumiu após a morte do titular.
↑Renunciou ao mandato parlamentar em favor de Ricardo Rique ao ser eleito prefeito de Campina Grande em 1996.
↑Eleito vice-governador na chapa que reconduziu José Maranhão ao governo, Roberto Paulino renunciou ao mandato no fim da legislatura em prol de Vituriano de Abreu.
↑A nação frustrada! Apesar da maioria de 298 votos, faltaram 22 para aprovar diretas (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 26/04/1984. Capa. Página visitada em 24 de julho de 2017.
↑Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança (online). Folha de S. Paulo, São Paulo (SP), 16/01/1985. Primeiro caderno, p. 06. Página visitada em 24 de julho de 2017.
↑Governador da PB quer rejeição do FSE (online). Folha de S. Paulo, São Paulo (SP), 19/09/1995. Brasil, p. 1-5. Página visitada em 20 de julho de 2017.
↑Anistiados festejam na casa de Lucena (online).O Estado de S. Paulo, São Paulo (SP), 20/01/1995. Política, p. 05. Página visitada em 20 de julho de 2017.