Everything Sunny All the Time Always"Everything Sunny All the Time Always" é o 22.º episódio da quinta temporada da série de televisão de comédia de situação norte-americana 30 Rock, e o 102.° da série em geral. Foi realizado por John Riggi e teve o seu enredo co-escrito por Kay Cannon e Matt Hubbard. A sua transmissão original nos EUA ocorreu através da rede de televisão National Broadcasting Company (NBC) na noite de 28 de Abril de 2011. Dentre os artistas convidados, estão inclusos Margaret Cho, Adriane Lenox, Elizabeth Banks, e Ted Arcidi. O apresentador de televisão Thomas Roberts e a cientista política Condoleezza Rice também participaram desempenhando versões fictícias de si mesmos. No episódio, Tracy Jordan (interpretado por Tracy Morgan) finalmente regressa ao TGS with Tracy Jordan (TGS), e descobre que os membros da sua comitiva desenvolveram uma piada interna com o estagiário Kenneth Parcell (Jack McBrayer) da qual ele não faz parte. Entretanto, Avery Jessup (Banks), esposa de Jack Donaghy (Alec Baldwin), é capturada por Kim Jong-il enquanto filmava notícias para a NBC, e é forçada a apresentar o noticiário da Coreia do Norte e a se casar com o filho do Presidente, Kim Jong-un. Além disso, ao mesmo tempo em que tenta resolver a sua vida pessoal, Liz Lemon (Tina Fey) batalha com um saco de plástico pendurado na árvore em frente do seu apartamento. Em geral, "Everything Sunny All the Time Always" foi recebido com uma mistura de admiração e frustração pelos críticos especialistas em televisão do horário nobre. Apesar de elementos como o humor mordaz e absurdo, exemplificado pela representação de Kim Jong-il por Cho, a interação musical entre Jack e Rice, e ainda as conversas de Liz com o saco de plástico falante terem sido apreciados, o recurso a estereótipos étnicos foram repreendidos e considerados excessivos e ofensivos. O regresso de Tracy foi bem recebido, mas os críticos sentiram que a sua história de recriação de piadas internas não teve grande impacto. De acordo com o sistema de mediação de audiências Nielsen Ratings, foi assistido por uma média de 3,95 milhões de agregados familiares durante a sua transmissão original norte-americana, e foi-lhe atribuída a classificação de 1,9 e cinco de share entre os telespectadores pertencentes ao perfil demográfico dos dezoito aos 49 anos de idade. Esta foi a menor quantidade de telespectadores alguma vez reunida para a assistir a um episódio de 30 Rock. Produção e desenvolvimento"Everything Sunny All the Time Always" é o 22.º episódio da quinta temporada de 30 Rock. O seu enredo foi co-escrito por Kay Cannon e Matt Hubbard, Para Cannon, que assumia ainda o título de produtora no seriado e também fez três participações especiais, esta foi a sua décima e penúltima vez a trabalhar no guião de um episódio, enquanto para Hubbard, que assumia também o título de co-produtor executivo, foi a sua 13.ª vez. O episódio foi realizado por John Riggi, na sua oitava vez a trabalhar como realizador para o seriado. Riggi assumia também a função de produtor executivo e já havia redigido argumentos. A trama do episódio que envolve Liz a lutar para remover um saco de plástico pendurado na árvore em frente ao seu apartamento foi desenvolvida por Riggi, e inspirada por uma situação similar da vida de Tina Fey, criadora, produtora executiva, argumentista-chefe e atriz principal de 30 Rock. De acordo com o relatado por Riggi, Fey e o seu esposo Jeff Richmond compraram um apartamento novo. "A Tina estava a mostrar-me o local e tinha um saco do Gristedes [Supermercados] naquela janela — na árvore. Ela diz: 'Estás a ver aquele saco? Isto está a deixar o Jeff louco. Eu fiquei tipo 'A sério?' [Ela] ficou do tipo 'Ele já contacou a cidade. Ele tentou livrar-se daquilo." Riggi achou a história engraçada e decidiu elaborar um episódio inteiro acerca dela.[1][2] "Everything Sunny All the Time Always" marcou a estreia de Margaret Cho em 30 Rock. Uma fã assumida do seriado,[3] ela desempenhou uma versão fictícia de Kim Jong-il, Presidente da Coreia do Norte.[4] A equipa de 30 Rock já havia no passado contactado a atriz acerca de uma participação mas, na altura, nada se concretizou. Ela já havia trabalhado com Riggi nos anos 90 como comediantes de stand-up. A trama na qual a personagem de Cho está envolvida foi inspirada no historial de raptos e detenções da Coreia do Norte, inclusive Laura Ling em 2009. No episódio, Kim Jong-il afirma que Ling deixou o país porque "não consegue se divertir tanto como nós." Na vida real, o presidente era conhecido como um grande fã de cinema, tendo raptado cineastas para participarem e criarem filmes. Este aspeto faz parte do episódio, com Kim Jong-il a filmar o seu próprio tributo ao trabalho de Alec Baldwin, no qual a personagem Tracy Jordan também aparece. Este episódio foi transmitido antes do ator Dennis Rodman visitar a Coreia do Norte e fazer amizade com Kim Jong-un.[1][5] Em "Everything Sunny All the Time Always", de modo a tentar salvar a sua esposa, Jack contacta uma das suas ex-namoradas, Condoleezza Rice. O seriado já havia feito menção este namoro em "The Baby Show", na primeira temporada.[6] Rice teve a oportunidade de exibir as suas habilidades de pianista no episódio, sendo ela, na vida real, uma pianista de concerto. "Everything Sunny All the Time Always" marcou a aparição final de Elizabeth Banks nesta temporada; ela apenas regressaria ao seriado nos episódios finais da temporada seguinte. Devido à sua agenda preenchida, por causa do seu trabalho nos filmes The Hunger Games, os argumentistas decidiram criar esta trama acerca do rapto da sua personagem para justificar a sua ausência.[1] Outra participação especial em "Everything Sunny All the Time Always" foi do apresentador de televisão Thomas Roberts, que interpretou uma versão fictícia de si mesmo. Em entrevista para o blogue Towlerode, Roberts afirmou que "esperava ter um papel recorrente" no seriado, ansiando que "Liz Lemon desenvolva uma paixoneta por mim apenas para [mais tarde] descobrir que eu jogo para a outra equipa." Ele viria a participar de 30 Rock em cinco episódios da sexta temporada.[7][8] Judah Friedlander, intérprete do argumentista Frank Rossitano em 30 Rock, é conhecido pela sua coleção de chapéus de camionista adornados com vários slogans, frases e palavras. Esta caraterística não é apenas um adereço aleatório, mas sim uma parte integrante da personalidade de Frank e do humor da série. Segundo Friedlander, ele desenha e cria estes chapéus pessoalmente, tendo originado chapéus suficientes para usar um diferente em cada cena de 30 Rock, o que se traduz em cerca de três chapéus por episódio. O conteúdo dos chapéus de Frank reflete frequentemente a sua personalidade sarcástica, interesses peculiares ou referências à cultura popular. Alguns exemplos notáveis incluem erros ortográficos, frases nostálgicas e afirmações bizarras que dão uma ideia do carácter de Frank antes mesmo de ele falar. Ocasionalmente, os chapéus são incorporados no enredo, acrescentando uma camada extra de comédia. A personalidade de Friedlander na vida real também envolve o uso de chapéus semelhantes durante as suas atuações de comédia stand-up. Muitas vezes, ostenta nesses chapéus títulos ou capacidades ultrajantes, como "Campeão do Mundo" em diversas línguas, o que contrasta humoristicamente com o seu comportamento descontraído. Em "Everything Sunny All the Time Always", Frank usa bonés que leem "Nap Partner" e "Casual Flosser."[9][10] Friedlander afirmou que Frank é baseado em pelo menos dois guionistas com quem trabalhou durante o tempo de Fey no SNL. Embora a aparência de Frank, incluindo os seus chapéus, seja geralmente consistente ao longo da série, houve uma exceção notável na qual ele apareceu sem o seu boné caraterístico e barbeado, mostrando um aspeto drasticamente diferente.[11][12][13] EnredoJack Donaghy (Alec Baldwin) horrorizado ao tomar conhecimento que a sua espoa Avery Jessup (Elizabeth Banks) está detida na Coreia do Norte pelo presidente Kim Jong-Il (Margaret Cho). De princípio, Jack coloca a culpa em si mesmo, acreditando que o seu desejo pela ausência prolongada dela levou a isso. Ele contacta a sua ex-namorada Condoleezza Rice para tentar resgatá-la, mas, no final, Avery é forçada a se casar com Kim Jong-Un. Entretanto, Liz Lemon (Tina Fey) decide assumir o controlo da sua vida pessoal, tendo como objetivo transformar o seu lar e a sua vida com a mesma dedicação que usa no trabalho. Ela adota uma nova filosofia, o "Lizbeanismo", e decide arranjar o seu apartamento, mas depara-se com um problema ao notar um saco de plástico preso num dos ramos da árvore que dá de cara com a sua janela. Apesar de muitos esforços, o seu controlo sobre a situação desmorona-se quando uma frota de novos sacos enche o céu. Simultaneamente, Tracy Jordan (Tracy Morgan) sente-se inseguro com o laço que Kenneth Parcell (Jack McBrayer), Walter "Dot Com" Slattery (Kevin Brown) e Warren "Grizz" Griswold (Grizz Chapman) desenvolveram durante a sua ausência, inclusive o desenvolvimento de uma piada interna à qual denominam "Smooth move, Ferguson!" Intrigado, Tracy ordena-os a recriarem a piada para restaurar o equilíbrio, acabando por perceber que, na verdade, eles apenas formaram esse laço como uma maneira de lidarem com a sua ausência. No final, eles reconciliam-se com um abraço coletivo.[9] Referências culturaisO título do episódio é um tributo à série It's Always Sunny in Philadelphia, à qual 30 Rock é frequentemente comparada.[1] O monólogo cinematográfico que Kim Jong-Il faz no final do episódio é uma paródia do monólogo da personagem desempenhada por Alec Baldwin no filme Glengarry Glen Ross (1992). Além disso, o filme de propaganda do presidente incorpora diálogos do filme, tais como "coffee for closers only,"[3][14] e ainda faz menção ao filme Ghostbusters (1984).[15] Ao discutir com Jack, Condoleezza Rice afirma que o filme Mars Attacks! (1996) foi espetacular.[16] Quando Tracy termina o seu discurso sobre como piadas internas não o devem excluir, ele ordena Grizz para iniciar a sua análise semanal de DVDs. Grizz inicia declarando que "you wouldn’t expect a movie called 'Somewhere' to go absolutely nowhere...." Somewhere é um filme de 2010 escrito e realizado por Sofia Coppola.[17] Depois de Jack citar o poema Invictus, Liz afirma não se lembrar do nome do homem branco do filme Invictus (2009), uma referência a Matt Damon, que interpretou Carol, namorado de Liz em quatro episódios da série.[18][19] Em uma outra cena mais tarde, ela afirma que, um dia, o seu apartamento será um duplex como o da série Diff'rent Strokes.[15] Ao longo da sua transmissão, 30 Rock desenvolveu a tradição de incorporar numerosas referências à franquia de ficção científica Star Wars, começando com o episódio piloto, no qual Tracy é visto a proclamar ser um cavaleiro espacial Jedi.[20] Este tema recorrente surgiu organicamente devido a uma paixão partilhada pela equipa de argumentistas e os membros do elenco da série, em particular Tina Fey e o produtor executivo Robert Carlock. À medida que a série foi avançando, estas referências tornaram-se cada vez mais frequentes e foram sendo habilmente introduzidas em vários episódios. Ao invés de se basearem em citações óbvias ou em nomes de personagens, os argumentistas incorporam elementos mais subtis, como paralelismos de enredo, piadas visuais ou até mesmo pistas musicais que fazem lembrar a banda sonora de John Williams. Assim, criam oportunidades para um diálogo inteligente e humor situacional, uma vez que as analogias são frequentemente utilizadas para descrever situações no local de trabalho ou relações pessoais.[21] Fey, como criadora e estrela de 30 Rock, incorporou o seu gosto pessoal por Star Wars na série através de Liz, que é retratada como uma grande fã da franquia, usando frequentemente acontecimentos da trilogia original para explicar os seus sentimentos e ações na vida quotidiana, chegando ao ponto de vestir-se de Princesa Leia no Halloween por quatro anos consecutivos e ainda ao tentar se livrar do dever de jurado em Chicago e Nova Iorque.[22] Ela usou o vestido novamente para o seu próprio casamento, alegando este ser o único vestido branco no seu guarda-fato. A atriz Carrie Fisher, intérprete da Princesa Leia na trilogia original da franquia, já participou de um episódio de 30 Rock.[20] A opinião de Liz sobre a franquia reflete também alguns sentimentos comuns dos fãs, como ela considera Ataque dos Clones (2002) o seu menos favorito.[23] Em "Everything Sunny All the Time Always", a franquia foi referenciada quando num filme de propaganda, Kim Jong-il diz: "Luke, eu sou o teu pai," uma citação direta do filme O Império Contra-Ataca (1980), no qual Darth Vader afirma ser o pai de Luke Skywalker.[9] Foi estimado que as alusões à Star Wars aparecem em pelo menos metade do total de episódios de 30 Rock, com algumas temporadas a apresentarem várias referências por episódio. Alguns exemplos particularmente memoráveis incluem a comparação de Jack das suas lutas empresariais com a luta da Aliança Rebelde contra o Império Galáctico, a tentativa desajeitada de Liz de explicar o enredo de Star Wars a um grupo de crianças, e a má interpretação de Tracy da sintaxe de Yoda.[21][24] Transmissão e repercussãoNos Estados Unidos, "Everything Sunny All the Time Always" foi transmitido pela primeira vez na noite de 28 de Abril de 2011 através da NBC como o 102.° episódio de 30 Rock.[25] Este episódio foi emitido no horário das 22:30, ao contrário do seu horário habital das 22:00, pois versões estendidas dos episódio final do ator Steve Carell de The Office, bem como de Parks and Recreation, foram emitidas antes da sua transmissão.[26] Em Guam, "Everything Sunny All the Time Always" foi transmitido a 1 de Maio pela KUAM-TV, uma afiliada da NBC, devido ao Casamento de Guilherme de Gales e Catherine Middleton, que foi transmitido na manhã seguinte na maioria das demais estações da NBC.[27] A cena do episódio na qual a personagem Kim-Jong Un diz a frase "everything sunny all the time always" para descrever a previsão do tempo para a Coreia do Norte ganhou repercussão online, onde gerou memes e GIFs.[28][29][30] O papel de Margaret Cho foi tão popular que Cho regressou como Kim Jong-un quando Tina Fey e Amy Poehler apresentaram a cerimónia dos Prémios Globo de Ouro de 2015. Porém, apesar desta recepção positiva, houve também críticas feitas à série pelo seu retrato de personagens asiáticas. Acerca disto, Cho expressou agradecimento pela oportunidade muito rara que Fey lhe deu, e atribuiu o seu amor por interpretar este papel ao facto de não haver muitos papéis para atores asiáticos.[1][3] AudiênciaDe acordo com as estatísticas publicadas pelo serviço de mediação de audiências Nielsen Ratings, a transmissão original norte-americana do episódio foi assistida em 3 milhões e 950 mil agregados familiares. Além disso, foi-lhe atribuída a classificação de 1,9 e cinco de share no perfil demográfico dos telespectadores entre os dezoito aos 49 anos de idade, o que significa que 1,9 por cento de todas as pessoas dos 18 aos 49 anos de idade de todos os lares com televisão nos Estados Unidos estavam sintonizados ao episódio, e dentre todas as famílias que estavam ativamente a ver televisão no momento da transmissão, cinco por cento estavam a ver este episódio. O enfoque no grupo demográfico 18-49 é significativo porque este grupo etário é considerado o mais valioso para os anunciantes, representando um público-alvo fundamental para muitas redes. Uma classificação ou quota mais elevada neste grupo indica frequentemente um maior potencial de receitas publicitárias.[31] Assim, "Everything Sunny All the Time Always" estabeleceu a menor quantidade de telespectadores alguma vez reunidos para assistirem a um episódio de 30 Rock, uma posição anteriormente detida por "Lee Marvin vs. Derek Jeter", episódio da quarta temporada visto em quatro milhões e 216 mil domicílios.[32] No perfil demográfico dos telespectadores entre os 18 aos 34 anos de idade, 30 Rock foi o 19.° programa mais assistido da NBC naquela semana, uma posição na qual empatou com uma repetição da competição The Voice. Além disso, na sua noite de transmissão, dentre todos os outros send emitidos no horário das 22:30 daquela quinta-feira em todas as outras três emissoras principais dos Estados Unidos, 30 Rock foi o seriado mais assistido entre adultos e homens dos 18 aos 34 anos.[33] Análises da crítica
Em geral, a crítica especialista em televisão do horário nobre recebeu "Everything Sunny All the Time Always" com uma mistura de admiração e frustração, particularmente pelo seu apoio forte no absurdo e na sátira. Ao mesmo tempo em que os críticos apreciaram o humor mordaz e a escrita inteligente, também destacaram uma luta significativa com a coesão do enredo. Muitos deles teceram elogios aos cenários bizarros, como a representação de Kim Jong-il por Margaret Cho, mas criticaram o recurso a estereótipos étnicos, especialmente os relacionados com a cultura asiática, sugerindo que esse humor pode parecer excessivo e ofensivo em vez de engraçado. Momentos específicos, como a interação musical embaraçosa de Jack com Condoleezza Rice, assim como as interações de Liz com um saco de plástico falante, suscitaram reacções mistas; alguns acharam-nos divertidos, enquanto outros sentiramm que perturbaram o fluxo da narrativa e prejudicaram o desenvolvimento das personagens. Diversos redatores, no entanto, elogiaram a capacidade da série de misturar o absurdo com o comentário social, mas também notaram que a execução pode, por vezes, ofuscar o seu potencial cómico, levando a cenas que parecem arrastadas ou forçadas. No entanto, os críticos manifestaram o seu desapontamento quando o enredo girava em torno da recriação de piadas internas que não ressoam tão fortemente como pretendido, levando-os a expressar um desejo por uma narrativa mais ponderada que respeite a inteligência do público e se envolva com os seus temas sem cair em tropos cansados ou absurdos excessivos.[35] A gazetista Breia Brissey, no seu julgamento para a Entertainment Weekly, destacou como "Everything Sunny All the Time Always" explora o tema do controlo sobre a vida, revelando-o como uma ilusão, através de situações absurdas e humorísticas. Ela elogiou o humor surreal e exagerado, que funciona bem apesar da sua estranheza.[18] Um sentimento similar foi exprimido pelo jornalista Adam Frucci que, na sua dissertação para a coluna Vulture da revista New York, refletiu como o episódio aborda as tentativas falhadas das personagens de controlar as suas vidas, elogiando o uso do humor surrealista e os enredos ultrajantes típicos da série.[36] O seu colega Steve Kandell constatou que o episódio combina sátira política com humor absurdo, ao estilo de South Park.[37] Esta comparação a South Park foi também feita por Louisa Mellor, contribuinte do portal Den of Geek, que constatou também que "Everything Sunny All the Time Always" capitalizou o conforto de 30 Rock em ser um "queridinho da crítica" em vez de um sucesso de audiência.[14] O redator Ian McDonald, que já tinha sugerido que a série poderia estar a chegar ao fim nas suas análises para o periódico TV Overmind, reconsiderou essa opinião depois deste episódio, mas criticou alguns aspetos do enredo. McDonald enalteceu o humor surrealista da participação de Condoleezza Rice, porém considerou a sua atuação "pouco polida," apesar de reconhecer a sua falta de experiência profissional. Ele comparou a montagem com Liz e uma canção autoconsciente cantada por Tina Fey a cenas semelhantes em South Park e Team America, mas sugeriu que a versão de Fey se inclinava mais para o humor com um tom "fofinho," o que tornou a piada menos eficaz. A interpretação de Cho foi inicialmente confusa para o crítico, mas foi apreciada pelo seu absurdo, comparando o ridículo da personagem à personalidade pública de Charlie Sheen.[38] Para a colunista Meredith Blake, segundo o seu comentário para o jornal Los Angeles Times, o sucesso do episódio se deve ao empenho total da série em enredos bizarros e a participações inesperadas de convidados, tornando o episódio simultaneamente estranho e divertido. Embora tenha notado a "qualidade improvisada e descuidada do episódio," ela viu isto de forma positiva, sentindo que acrescentou "um tom lúdico e excêntrico" ao epiosódio. Blake achou que a trama de Liz, que inicialmente parecia demasiado ridícula para si, funcionou por puro absurdo e "evocou uma versão cómica e sombria" de Beleza Americana (1999). A participação de Rice foi vista por si como um ponto alto, descrevendo a atuação de Rice como admirável, apesar de alguma rigidez.[39] Kenny Herzog, para o jornal de entretenimento A.V. Club, analizou como "Everything Sunny All the Time Always" enfatiza a forma como as personagens de 30 Rock estão desligadas das consequências do mundo real, concentrando-se antes na sua própria necessidade de controlo e de pertença. Segundo ele, o contraste entre o autoritarismo exagerado de Kim Jong-Il e as crises internas das personagens contribui para o comentário social incisivo do episódio, tornando-o um exemplo clássico da capacidade de 30 Rock para misturar sátira, slapstick e escrita inteligente. Para Herzog, um dos momentos mais marcantes do episódio foi a frase de um agente da polícia que ameaçava dar um choque em Liz, "o que era hilariante, pois fazia lembrar um polícia com TOC que gosta de tratar da papelada. Esta parte, inserida num episódio que já está repleto de piadas, realça a capacidade do programa para encontrar humor nos sítios mais inesperados."[15] Em um tom menos positivo, um repórter do portal Hollywood.com observou "Everything Sunny All the Time Always" como um episódio no qual "a luta de longa data da série com a coesão do enredo torna-se evidente... Embora a equipa de argumentistas seja excelente na criação de diálogos humorísticos, o recurso a estereótipos étnicos, especialmente asiáticos, é excessivo e prejudica a experiência geral. O esforço de Jack para pedir a ajuda de Condoleezza Rice para salvar Avery [...] introduz uma subtrama musical que enfraquece em vez de elevar o episódio. Entretanto, a busca de Liz para recuperar a sua vida [...] oferece alguns momentos cómicos, mas acaba por ficar sem efeito quando o saco faz um monólogo longo. O regresso de Tracy e as suas tentativas de se reconectar com as piadas internas do elenco proporcionam uma pequena diversão, mas a execução geral não tem o impacto esperado da série. Apesar de algumas qualidades redentoras, o episódio sublinha a necessidade de um foco narrativo mais forte e de originalidade, deixando os espectadores a querer mais da talentosa equipa de escritores."[35] ReconhecimentoOs periódicos The Wrap e Yahoo! incluíram "Everything Sunny All the Time Always" nas suas listas dos episódios essenciais de 30 Rock,[29][40] enquanto a Penn State CommRadio, uma publicação da Universidade Estadual da Pensilvânia, considerou-o o 36.° melhor episódio da série.[41] O repórter Chris Morgan listou o episódio no 28.º posto da lista dos 100 melhores de 30 Rock, publicada pela revista Paste.[42] O blogue Collider considerou "Everything Sunny All the Time Always" o terceiro melhor episódio acerca de Liz Lemon.[43] O portal IndieWire enalteceu o desempenho de Margaret Cho, incluindo a actriz na sua lista das doze melhores estrelas convidadas de 30 Rock.[44] Na lista dos melhores episódios de 30 Rock, publicada pelo blogue Film School Rejects, o repórter Jacob Trussell posicionou "Everything Sunny All the Time Always" no 133.º lugar, criticando as tramas secundárias "desinteressantes," apesar da participação especial de Condoleeza Rice.[45] Um sentimento similar foi partilhado por Madison Lennon, do portal ScreenRant, que criticou a "falta de inspiração" e considerou-o um dos piores da série.[46] Referências
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