Fernando Jorge
Fernando Jorge (Petrópolis, 1928) é jornalista, escritor, historiador, biógrafo, crítico literário, dicionarista e enciclopedista brasileiro, autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. Durante a ditadura militar de 1964 foi considerado "subversivo", tendo muitas vezes sido levado a interrogatório pelo regime e seu trabalho censurado.[1] BiografiaFilho de Salomão Jorge e Albertina Alves Jorge, Fernando nasceu no Rio de Janeiro mas mudou-se para São Paulo quando tinha sete anos de idade; seu pai – natural da cidade de Petrópolis e descendente de sírios e libaneses,[2][3] era médico, poeta e escritor – na capital paulista entrou para a política elegendo-se deputado estadual, havendo sido líder do governo na Assembleia.[4] Fernando Jorge cursou a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo; mais tarde formou-se em biblioteconomia, profissão na qual foi diretor da divisão técnica da biblioteca da Assembleia Legislativa de São Paulo.[1] Seu trabalho como jornalista, um dos primeiros a integrar a Associação Brasileira de Imprensa com a carteira de número 88, durante o regime militar brasileiro foi processado quatro vezes por subversão; sobre esta passagem registrou Ângelo Henrique Ricchetti: "...estava na lista negra dos militares como um jornalista subversivo, mas não. Fernando não era um jornalista subversivo. Era muito mais. Usava duas armas para combatê-la: a primeira a inteligência, e a segunda, a sua caneta, ora escrevendo livros e ora escrevendo peças de teatro, diga-se de passagem, sempre proibidas."[1] Em 1987 publicou ""Cale a Boca, jornalista!", obra na qual registra os casos de tortura aos profissionais de imprensa durante a ditadura militar.[1] Como enciclopedista Jorge foi um duro crítico do trabalho de Antônio Houaiss; em sua obra "Chacrinha, Silvio Santos, Ibrahim Sued, Houaiss e Cia", de 1974, registrou como "dedicatória": "Ao Antônio Houaiss - que sendo o chefe da editoria da "Grande Enciclopédia Delta Larousse", a rainha das enciclopédias erradas, tornou-se o maior vendedor de erros do mundo, e por haver enriquecido o nosso léxico com a palavra houaissada, que significa: erros e disparates encontrados em dicionários e enciclopédias."[4] Obras publicadasAlém do Prêmio Jabuti, o autor já em 1957 recebeu a Medalha Koeler por sua contribuição à cultura brasileira e, em 1957, ganhou o Prêmio Clio da Academia Paulista de História por seu trabalho sobre a Era Vargas.[1] Dentre os livros do autor têm-se:
Referências
Ligações externas
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