Grupo Imagem Nota: Não confundir com Grupo Imagen (empresa de comunicação mexicana).
O Grupo Imagem foi uma empresa de televendas brasileira. Tornou-se conhecida por ser pioneira no formato da venda direta por telefone, sistema que começou a ser bastante utilizado durante a década de 1990.[2] A extensiva exposição em emissoras como Rede Bandeirantes e Manchete fizeram os infomerciais se tornarem clássicos da televisão brasileira.[3] A empresa era especializada em trazer produtos importados ao Brasil. Também eram trazidos do exterior os comerciais, que eram dublados em português.[3][4] Produtos como as facas Ginsu, as meias-calças Vivarina, os travesseiros Contour Pillow e os óculos de sol Ambervision tornaram-se célebres com as exibições na televisão.[3] Outra característica da empresa era o 1406, número de telemarketing dos Correios[2] usado para o público ligar e pedir pelos produtos.[4] HistóriaA empresa apareceu pela primeira vez em 1991, no intervalo do programa Jô Soares Onze e Meia, do SBT. Na época, o Grupo Imagem conseguiu um espaço de dois minutos para vender o produto Multicabide.[5] Em 1994, a empresa conseguiu ocupar um espaço de uma hora e meia na Rede Bandeirantes, na faixa da madrugada.[5] O Grupo Imagem não revelava números sobre faturamento, mas em 1995 a companhia recebia de 1.700 a 2.100 ligações por dia.[6] Nesse mesmo ano, a empresa contava com 40 pontos de venda em São Paulo, com uma equipe de 140 atendentes que se revezavam no atendimento diário.[7] O método da empresa era vender produtos que mostrassem um funcionamento eficaz.[2] As facas Ginsu cortavam diversos tipos de produtos e tinham uma garantia de 52 anos.[3][2] Já as meias Vivarina sempre eram mostradas como um produto que nunca desfiava.[2] Outra tática de vendas era mostrar que o consumidor poderia pedir o dinheiro de volta caso se arrependesse da compra em até sete dias.[2] A empresa também chegou a vender uma coleção de fitas cassetes contendo os livros completos de Paulo Coelho.[2] Em 1995, um consumidor disse ao Jornal do Brasil que as tais facas são "papo para boi dormir" e que não conseguiam cortar um coco.[7] A empresa permaneceu ativa até os primeiros anos da década de 2000, quando o foco passou a ser produtos de emagrecimento, como o suco Celebrity Juice Fast e os comprimidos Fybersan Plus.[8][9] Entre 2001 e 2003, a companhia foi alvo de 99 processos no Procon de São Paulo.[10] Os últimos registros das atividades do Grupo Imagem são do ano de 2004, quando a empresa tinha espaço na grade de programação da CNT.[11] Na época, a companhia enfrentava reclamações de consumidores por causa da demora na entrega dos produtos.[9][8] Grupo Imagem na cultura popular
Referências
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