Holocausto (série de televisão) Nota: Para outros significados de Holocausto, veja Holocausto (desambiguação).
Holocausto é uma mini-série transmitida em quatro episódios em 1978 pela emissora de televisão norte-americana NBC. Apesar de ter ganhado vários prémios e ter sido aclamada pela crítica, foi criticada negativamente por alguns, incluindo o notório autor e sobrevivente do Holocausto Elie Wiesel, que a descreveu como "irreal, ofensiva (e) barata." Esta série foi exibida em Portugal na RTP2, entre 19 de janeiro[1][2] e 22 de fevereiro de 1979[3], às quintas-feiras, às 22 horas e 30 minutos, a seguir ao "Informação 2". SinopseHolocausto conta a história do Holocausto pela perspectiva da família Weiss, de judeus alemães, e do ponto de vista de um jovem membro da SS, que gradualmente se torna um impiedoso e sanguessuga criminoso de guerra. Holocausto ilustrou vários eventos importantes que ocorreram às vésperas e durante a II Guerra Mundial, tais como a Noite dos cristais, a criação de guetos judeus e posteriormente, o uso das câmaras de gás. A série basicamente tentou retratar aos espectadores a atrocidade deste genocídio. Episódios
ProduçãoHolocausto foi produzida por Robert "Buzz" Berger, e foi filmada com locações na Áustria e Berlim Ocidental. Foi transmitida em quatro episódios de 16 a 19 de abril. Conquistou grande popularidade, obtendo 49% de market share. Também foi popular na Europa e gerou um grande impacto quando foi exibida na Alemanha Ocidental em janeiro de 1979. O programa de nove horas e meia de duração teve como estrelas Fritz Weaver, Rosemary Harris, Meryl Streep, James Woods e Michael Moriartry, além de um numeroso elenco de apoio. Foi dirigido por Marvin J. Chomsky, um veterano, com muitos especiais de televisão, inclusive a mini-série de grande sucesso da ABC, Raízes, que foi ao ar pela primeira vez no ano anterior, em 1977. A série foi escrita pelo romancista e produtor Gerald Green, que posteriormente adaptou o roteiro para um romance. RecepçãoHolocausto ganhou o Prêmio Emmy de Séries Limitadas mais Marcantes. Também venceu Emmys com as estrelas Streep, Moriatry e Blanche Baker. Chomsky e Green também ganharam Emmys. A trilha sonora de Morton Gould foi indicada, mas não venceu. A trilha sonora também foi indicada para um Prêmio Grammy por Melhor Trilha Original para o cinema ou TV. Outras estrelas, David Warner, Sam Wanamaker, Tovah Feldshuh, Fritz Weaver e Rosemary Harris, também foram indicadas para Emmys, mas não venceram. Entretanto, Harris venceu um Globo de Ouro (melhor atriz de TV) por sua performance, assim como Moriartry (Melhor ator de TV - Drama). Na corrida pelo Emmy, venceu a minissérie da BBC I, Claudius. PolémicasAlguns críticos acusaram a minissérie de tratar o Holocausto de maneira trivial. O formato de TV significava calar o realismo da situação, enquanto o fato de a NBC ter lucrado alto com comerciais gerou acusações de que a tragédia estaria sendo comercializada. Os criadores de Holocausto defenderam-se com o argumento de que foi um importante fator no desenvolvimento e manutenção do conhecimento público sobre o Holocausto. O satirista e crítico de TV Clive James recomendou a produção. Em um artigo escrito para o The Observer (republicado na sua coleção The Crystal Bucket), ele disse: "Os judeus alemães foram os mais assimilados na Europa. Eles foram vitais para a cultura alemã - que, de fato, nunca se recuperou de sua extinção. Eles não conseguiam perceber que eram odiados proporcionalmente ao conhecimento, vitalidade e sucesso que possuíssem. A aridez das mentes nazistas foi o maior obstáculo que os autores tiveram de enfrentar. Ao criar Erik Dorf eles deram um grande avanço para superá-lo. Interpretado de forma fascinante por Michael Moriartry, Erik comete seus eufemismos de assassino com uma voz tão seca quanto os discursos de Hitler ou a arquitetura de Albert Speer. O sonho de Hitler de um futuro com uma raça pura em um cenário abstrato, expressado por prisioneiros acorrentados e crucificações com rodovias conduzindo caminhões de arianos, acelerando constantemente para um local indefinido. Dorf soou exatamente assim: seu 'olhar de peixe morto' era uma luz embaçada com uma visão ilimitada da banalidade." ElencoReferências
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