Ilha da Moela
Ilha da Moela é um território insular costeiro situado no litoral do município brasileiro de Guarujá. Atualmente, está sob a administração da Marinha do Brasileira, que obteve concessão para operar o local, bem como o Farol da Moela, por meio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP). Seu nome deriva de seu aspecto geográfico, similar a moela de frango.[1][2] A ilha está localizada a cerca de 2,5 km da costa de São Paulo e tem servido como ponto de orientação de navegação para as embarcações que adentram ao Porto de Santos.[1][2] Moela abriga o mais antigo Farol do litoral paulista, inaugurado em 1830 e que contam com uma torre de 10 metros de altura. Desde 1953 ele é alimentado por energia de um gerador a diesel, que é fornecido de forma hidráulica. O farol fornece uma visibilidade de até 50 km e foi um dos primeiros construídos no litoral paulista e atualmente faz parte de uma lista de 206 faróis daquele litoral. Na ilha, também serve de local de pesquisa para o Centro de Hidrografia da Marinha no Rio de Janeiro, que lá mantém uma estação de meteorologia.[1][2] Também tem servido de referência para rotas em competições de velejadores realizadas no litoral do Guarujá, como a Regata "Volta da Ilha da Moela".[3] HistóriaA Ilha passou a ter importância a partir de 1820, quando o então Reino de Portugal passou a cobrar taxas dos navegantes que buscavam acesso ao porto de Santos pelo facho de acesso durante o período noturno. A arrecadação dessas taxas contribuiria para as obras de outros faróis do litoral de São Paulo, que era a cargo da Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, durante o Brasil Império. Anos depois, D. Pedro I nomeou como projetista e responsável pela obra o Chefe de Divisão Paulo Freire de Andrade, tendo a inauguração do farol e demais instalações ocorrido em 31 de julho de 1830.[4][5][1][2] O ponto culminante da ilha totaliza 100 metros acima do nível do mar. Lá foi construído o farol no formato de torre circular de alvenaria com 10 metros de altura e cujo aparelho era em luz catóptrico fixa e de cor branca. Anos depois, a lanterna foi substituída por uma em formato ampliado e de maior potência. Desde 1895, lanterna é no formato dióptrico de 1ª ordem BBT de luz branca e encarnada.[1][2] Há uma lenda associada à ilha, cuja história descreve que a noite nos feixes brancos do farol refletem vultos de pessoas mortas, as quais seriam antigos escravos que trabalharam nas obras do farol e que lá faleceram, e ainda assombrariam os visitantes da ilha na tentativa de retornar ao continente.[1][2][6] Durante a Revolução Constitucionalista, em 24 de setembro de 1932, nas proximidades de Moela, houve um combate entre uma esquadrilha de aviões paulistas e o cruzador Rio Grande do Sul. Em que 3 aviões liderados pelo major Lysias Augusto Rodrigues tentavam afundar o navio de guerra, o qual realizava o bloqueio do porto de Santos junto com outros navios da Marinha brasileira, buscando impedir suprimentos aos paulistas durante aquele conflito militar. Contudo, um Curtiss O1-E Falcon, tripulado pelos tenentes Mário Machado Bittencourt e José Ângelo Gomes Ribeiro durante um mergulho contra o navio entrou em chamas e se esfacelou no mar próximo à ilha, possivelmente por ter sido alvejado pela bateria antiaérea do navio de guerra. Os destroços e os corpos jamais foram recuperados.[7] Ver também
Referências
Ligações externasInformation related to Ilha da Moela |