Immanuel Estermann
Immanuel Estermann (em hebraico: עמנואל אסתרמן) (31 de março de 1900 – 30 de março de 1973)[1][2] foi um físico nuclear judeu nascido na Alemanha e professor na Carnegie Mellon University, na Universidade de Hamburgo e no Technion. Estermann é conhecido por sua colaboração de longa data com Otto Stern, que foi pioneira na pesquisa de feixes moleculares na década de 1920.[3] Com Stern e Otto Robert Frisch, ele também foi o primeiro a medir o momento magnético do próton.[4] BiografiaPrimeiros anosImmanuel Estermann nasceu em Berlim, Alemanha, em 1900, filho de Leo e Rachel Estermann. Estermann cresceu em Jerusalém, para onde seu pai havia se mudado com a família como um ativo sionista. No entanto, com o início da Primeira Guerra Mundial, sua família retornou à Alemanha.[2] Immanuel Estermann é o irmão mais velho do matemático Theodor Estermann.[2] CarreiraEstermann estudou físico-química na Universidade de Hamburgo. Lá, ele trabalhou em uma tese de doutorado bem-sucedida sobre o mecanismo de crescimento de cristais[5] sob a supervisão de Max Volmer. Ele recebeu seu diploma de doutorado em Hamburgo em 1921[1] e foi conferencista a partir de 1922, trabalhando de perto com Otto Stern na pesquisa de feixes moleculares.[1][2] Juntos, eles demonstraram com esse método que não apenas partículas elementares, como elétrons, possuem propriedades de onda (anteriormente demonstrado pelo experimento de Davisson–Germer), mas também moléculas, como o átomo de hidrogênio e o hélio.[6][2] Um segundo trabalho, que mais tarde foi citado na concessão do Prêmio Nobel de Física a Stern, foi a medição, em colaboração com Otto Robert Frisch, do momento magnético do próton em 1933.[4] Como judeu, ele perdeu seu cargo na Universidade de Hamburgo quando o Nazismo tomou o poder. Em 1933, Stern deixou a Universidade de Hamburgo antes de ser demitido e recebeu um convite para trabalhar no Carnegie Institute of Technology em Pittsburgh, Estados Unidos.[7] Stern ficou contente em aceitar, desde que também oferecessem um cargo a Estermann. Estermann chegou aos Estados Unidos com Stern, passando pela Inglaterra, o que também salvou a família de Estermann.[7] Em Pittsburgh, Estermann logo se tornou professor associado e, após a Segunda Guerra Mundial, professor.[2] Lá, Stern, Oliver C. Simpson e Estermann aprimoraram a precisão do momento magnético do próton.[4] Eles também mediram a seção de choque de césio no hélio.[4] Em 1941, tornou-se Membro da American Physical Society (APS).[8] Durante a Segunda Guerra Mundial, Estermann trabalhou com radares e, mais tarde, foi transferido para o Projeto Manhattan, programa secreto dos EUA que produziu a primeira bomba atômica.[7] Ele também trabalhou no National Defense Research Committee, realizando pesquisas sobre tubos de traço escuro.[9][5] Após a aposentadoria de Stern e sua mudança para a Universidade da Califórnia, Berkeley em 1950, Estermann começou a trabalhar no Office of Naval Research,[7] inicialmente como consultor e chefe do departamento de ciência dos materiais, e a partir de 1959 como seu diretor científico em Londres.[1][2] Vida posteriorEstermann tornou-se Professor Emérito da Universidade de Hamburgo em 1957. Mais tarde, ele se mudou para Israel, onde se tornou professor Lidow de física do estado sólido no Technion – Israel Institute of Technology. Estermann faleceu em Haifa em 1973.[1][2] Livros e avaliações
Referências
Information related to Immanuel Estermann |